Muriel Spark

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Muriel Spark
Nome completo Muriel Sarah Camberg
Nascimento 1 de fevereiro de 1918
Edimburgo, Escócia
Morte 13 de abril de 2006 (88 anos)
Florença, Itália
Residência Arezzo
Nacionalidade Escócia Escocesa
Cônjuge Sidney Oswald Spark (1937 - 1940, 1 filho)
Ocupação Escritora
Prémios James Tait Black Memorial Prize (1965)
Magnum opus The Mandelbaum Gate

Dame Muriel Spark (1 de fevereiro de 1918 em Edimburgo, 13 de abril de 2006 em Florença) foi uma romancista escocesa premiada. Em 2008, o jornal The Times inclui-a na lista dos 50 maiores escritores britânicos desde 1945.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Muriel Sarah Camberg, filha de pai judeu e mãe anglicana - viveu com a família em Bruntsfield, área de Edimburgo, até 1937 -, educou-se pela James Gillespie's High School, escola só para mulheres, e ensinou Inglês por um breve tempo para, a seguir, trabalhar como secretária em uma loja de departamento.

Em 3 de setembro de 1937, casou-se com Sidney Oswald Spark, mudando-se para a Rodésia (atual Zimbábue), onde nasceu seu filho Robin, em julho de 1938.

Em 1940, Muriel separou-se de Sidney - por este ser maníaco depressivo e propenso a explosões violentas - abandonando Robin, que acabou criado por seus avós maternos, na Escócia. Contudo, manteve financeiramente o filho ao longo dos anos, mesmo já estando ele adulto.

Em 1944, vivendo no Reino Unido, trabalhou para os serviços secretos britânicos durante a Segunda Guerra Mundial. Após a guerra, Spark tornou-se escritora profissional e assinava, tanto os poemas, como as críticas literárias, com o nome de casada.

Em 1947, trabalhou como editora da Review Poesy.

Em 1954, converteu-se do judaísmo ao catolicismo, religião que considerou crucial para seu desenvolvimento como romancista. Em seu primeiro romance, The Comforters, publicado em 1957, já apareciam referências ao catolicismo e a sua própria conversão.[1]

De suas obras, Primavera de Miss Jean Brodie (1961) foi a mais bem sucedida. Neste romance, Spark exibiu originalidade tanto no tema como na narrativa, utilizando-se de um narrador onisciente. Para essa obra - adaptada para o teatro e para o cinema, onde foi exibida com os títulos Primavera de uma Solteirona, no Brasil e Quando a Primavera Acaba, em Portugal -, a autora inspirou-se em sua adolescência e em quando estudou no James Gillespie High School, utilizado como modelo para descrever a Escola Marcia Blaine.

Depois de viver em Nova York por alguns anos - onde surgiram rumores frequentes de relacionamentos lésbicos, constantemente negados por Spark e seus amigos - mudou-se para Roma em 1968, quando conheceu o artista e escultor Penelope Jardine, com quem conviveu maritalmente na vila de Civitella della Chiana, região de Toscana.

Em vida, Spark recusou-se a concordar com a publicação de uma biografia escrita por Martin Stannard. Em julho de 2009, porém, com a aprovação de Penelope Jardine, ela foi publicada.

Ao morrer, em 2006, por meio de medidas legais, deixou toda sua herança material e literária para Jardine, assegurando que o filho Robin - com quem teve uma relação bastante tensa - nada herdasse.

Entre seus prêmios destacamos: o James Tait Black Memorial Prize, em 1965, pelo romance The Mandelbaum Gate, e o David Cohen Prize, em 1997. Spark recebeu, também, o título de Dame da Ordem do Império Britânico em 1993, em reconhecimento aos seus serviços à literatura e, em duas oportunidades, foi finalista do Booker Prize (1969 e 1981).[2]

Principais obras traduzidas[editar | editar código-fonte]

  • Memento Mori - Companhia das Letras - Brasil
  • Uma Escola Para A Vida – Ediouro - Brasil
  • O Banquete – Ed. Rocco- Brasil
  • Realidade e Sonhos – Ed. Rocco- Brasil
  • Razão de Deus – Círculo do Livro - Brasil
  • Um Eco Muito Distante – Ed. Rocco - Brasil
  • A Primavera da Srta. Jean Brodie – Ed. Rocco - Brasil
  • O Apogeu de Miss Jean Brodie - Ed. Ahab - Portugal

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Outros Trabalhos[editar | editar código-fonte]

  • Tribute to Wordsworth (edited with Derek Stanford) (1950)
  • Child of Light (a study of Mary Shelley) (1951)
  • The Fanfarlo and Other Verse (1952)
  • Selected Poems of Emily Brontë (1952)
  • John Masefield (biography) (1953)
  • Emily Brontë: Her Life and Work (with Derek Stanford) (1953)
  • My Best Mary (a selection of letters of Mary Shelley, edited with Derek Stanford) (1953)
  • The Brontë letters (1954)
  • Letters of John Henry Newman (edited with Derek Stanford) (1957)
  • The Go-away Bird (short stories) (1958)
  • Voices at Play (short stories and plays) (1961)
  • Doctors of Philosophy (play) (1963)
  • Collected Poems I (1967)
  • Collected Stories I (1967)
  • The Very Fine Clock (children's book, illustrations by Edward Gorey)(1968)
  • Bang-bang You're Dead (short stories) (1982)
  • Mary Shelley (complete revision of Child of Light) (1987)
  • Going Up to Sotheby's and Other Poems (1982)
  • Curriculum Vitae (autobiography) (1992)
  • Complete Short Stories (2001)
  • All the Poems (2004)

Referências

  1. The Muriel Spark Papers at Washington University in St. Louis
  2. http://www.themanbookerprize.com/prize/authors/122 Arquivado em 6 de janeiro de 2009, no Wayback Machine. publisher = The Man Booker Prizes.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Wikiquote
Wikiquote
O Wikiquote possui citações de ou sobre: Muriel Spark