Músculo psoas maior

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Músculo Psoas Maior
The psoas major and nearby muscles
Horizontal disposition of the peritoneum in the lower part of the abdomen. (Psoas major labeled at bottom left.)
Latim m. psoas major
Gray's pág.467
Origem Corpos vertebrais de T12 a L5 e processos transversos de L1 a L5
Inserção    No trocânter menor do fêmur
Vascularização Ramo lombar da artéria iliolombar
Inervação Via ramos ventrais diretos do plexo lombar, através dos nervos L1-L3
Ações Flexão e rotação lateral da coxa
Antagonista m. Glúteo Máximo

Músculo psoas maior (do grego: ψόας - psóās: 'dos lombos') é um músculo que se origina na coluna vertebral, sendo equivalente ao lombo. É um longo músculo fusiforme localizado no lado da região lombar da coluna vertebral e borda da pélvis menor. Junta-se ao músculo ilíaco para formar o iliopsoas. Localizado ventralmente (anteriormente) ao psoas maior encontra-se, frequentemente, o músculo psoas menor.

Estrutura[editar | editar código-fonte]

O psoas maior é dividido em uma parte superficial e uma parte profunda. A parte profunda origina-se dos processos transversos das vértebras lombares I-V. A parte superficial origina-se das superfícies laterais da última vértebra torácica, vértebras lombares I-IV e discos intervertebrais vizinhos. O plexo lombar está entre as duas camadas.[1]

Inervação[editar | editar código-fonte]

A inervação do psoas maior é através dos ramos anteriores dos nervos L1 a L3.

Variação[editar | editar código-fonte]

Em menos de 50% dos seres humanos,[1] o psoas maior é acompanhado pelo psoas menor.

Em animais[editar | editar código-fonte]

Em camundongos, é principalmente um músculo do tipo II de contração rápida,[2] enquanto que em humanos combina fibras lentas e de contração rápida.[3]

Função[editar | editar código-fonte]

O psoas maior une a parte superior e a parte inferior do corpo, o axial ao esqueleto apendicular, o interior ao exterior e o dorso à frente.[4] Como parte do iliopsoas, o psoas maior contribui para a flexão da articulação do quadril. Na coluna lombar, a contração unilateral inclina o tronco lateralmente, enquanto a contração bilateral eleva o tronco de sua posição supina.[5] Além disso, a fixação no trocanter menor, localizada na face póstero-medial do fêmur, causa rotação lateral e adução fraca do quadril.

Faz parte de um grupo de músculos chamados de flexores do quadril, cuja ação é principalmente levantar a parte superior da perna em direção ao corpo quando o corpo está fixo ou puxar o corpo em direção à perna quando a perna está fixa.

Por exemplo, ao fazer um abdominal que afaste o tronco (incluindo a parte inferior das costas) do chão e para a frente da perna, os flexores do quadril (incluindo o iliopsoas) flexionarão a coluna sobre a pélvis.

Devido à fixação frontal nas vértebras, a rotação da coluna alongará o psoas.

Significado clínico[editar | editar código-fonte]

A contração do psoas pode resultar em espasmos ou dor lombar, comprimindo os discos lombares.[6] Um psoas hipertônico e inflamado pode levar à irritação e ao aprisionamento dos nervos ilioinguinais e iliohipogástricos, resultando em uma sensação de calor ou água correndo pela parte anterior da coxa.

O psoas pode ser apalpado com flexão ativa do quadril. Um teste positivo de contratura do psoas e dor à palpação relatada pelo paciente indicam significância clínica. Cuidados devem ser tomados em torno dos órgãos abdominais, especialmente o cólon quando apalpar profundamente.

A aparência de uma barriga protuberante pode indicar visualmente um psoas hipertônico, que puxa a coluna para a frente enquanto empurra o conteúdo abdominal para fora.[7]

Variação étnica[editar | editar código-fonte]

Um estudo usando dados de autópsia descobriu que este músculo é substancialmente mais espesso em homens de ascendência africana do que em homens caucasianos, e que a ocorrência do psoas menor também é variante, estando presente na maioria dos brancos e ausente na maioria dos negros.[8]

Veja também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b Platzer, W. (2004). Color Atlas of Human Anatomy. [S.l.: s.n.] 
  2. Nunes, MT; Bianco, AC; Migala, A; Agostini, B; Hasselbach, W (1985). «Thyroxine induced transformation in sarcoplasmic reticulum of rabbit soleus and psoas muscles». Zeitschrift für Naturforschung C. 40 (9–10): 726–34. PMID 2934902 
  3. Arbanas, Juraj; Starcevic Klasan, Gordana; Nikolic, Marina; Jerkovic, Romana; Miljanovic, Ivo; Malnar, Daniela (2009). «Fibre type composition of the human psoas major muscle with regard to the level of its origin». Journal of Anatomy. 215 (6): 636–41. PMC 2796786Acessível livremente. PMID 19930517. doi:10.1111/j.1469-7580.2009.01155.x 
  4. Earls, J., Myers, T (2010). Fascial Release for Structural Balance. Chichester, England: Lotus Publishing. 130 páginas. ISBN 9781905367184 
  5. Thieme Atlas of Anatomy (2006), p 422
  6. Akuthota, et all(2008). p 40
  7. Corbo, & Splittberger (2007). Your Body, Your Responsibility. Arizona: Wheatmark Inc, Amazon. 88 páginas 
  8. Hanson, P.; Magnusson, S. P.; Sorensen, H.; Simonsen, E. B. (1999). «Anatomical differences in the psoas muscles in young black and white men». Journal of Anatomy. 194 (Pt 2): 303–307. doi:10.1046/j.1469-7580.1999.19420303.x 
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