NRP Tejo (D335)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
NRP Tejo
NRP Tejo (D335)
 Marinha Portuguesa
Proprietário Marinha portuguesa
Fabricante Yarrow
Homônimo Rio Tejo
Lançamento 14 de maio de 1935
Comissionamento 12 de outubro de 1935
Descomissionamento 9 de fevereiro de 1965
Estado Desmontado
Características gerais
Tipo de navio Contratorpedeiro
Classe Vouga
Deslocamento 1.239 t
Comprimento 98,5 m
Boca 9,4 m
Calado 3,4 m
Propulsão 3 caldeiras Yarrow
- 33 000 cv (24 300 kW)
Velocidade 36 nós (67 km/h)
Autonomia 5.400 milhas náuticas (10.000 km) a 15 nós (28 km/h)
Armamento 4 canhões de 120 mm
3 canhões antiaéreos de 40 milímetros
2 tubos de torpedo quádruplos de 533 mm
2 lançadores de carga de profundidade; suprimento de 12 cargas
20 minas
Tripulação 147

O NRP Tejo foi um dos cinco contratorpedeiros da classe Douro construído para a Marinha Portuguesa na década de 1930. Ele permaneceu em serviço até 1965.

Design e características[editar | editar código-fonte]

Os navios da classe Vouga foram projetados pela construtora naval britânica Yarrow e foram baseados no Ambuscade, um protótipo de contratorpedeiro construído para a Marinha Real Britânica em 1926 pela Yarrow.[1] Tinham 98,45 metros de comprimento total e 93,57 metros entre perpendiculares, com boca de 9,45 metros e um calado de 3,35 metros. O navio deslocava 1 239 toneladas em carga padrão e 1 588 toneladas em plena carga.[2]

Os Vouga eram movidos por duas turbinas a vapor Parsons-Curtis, cada uma acionando um eixo propulsor usando vapor fornecido por três caldeiras Yarrow. As turbinas, com potência nominal de 33 mil cavalos, destinavam-se a dar uma velocidade máxima de 36 nós (67 quilômetros por hora). Os contratorpedeiros carregavam óleo combustível suficiente para dar a eles um alcance de 10 mil quilômetros a quinze nós (28 quilômetros por hora).[2]

O armamento era semelhante aos contratorpedeiros contemporâneos da Marinha Real, com um armamento de quatro canhões de 120 milímetros Vickers-Armstrong Mark G, e três canhões antiaéros Mark VIII de 40 milímetros. Eram equipados com dois tubos de torpedo quádruplos de 533 milímetros, enquanto dois lançadores de carga de profundidade e 12 cargas de profundidade constituíam o armamento antissubmarino dos navios. Até 20 minas podem ser transportadas. O complemento dos navios consistia em 147 oficiais e soldados.[2]

Serviço[editar | editar código-fonte]

Os cinco contratorpedeiros realizaram patrulhas para defender a neutralidade de Portugal durante a Segunda Guerra Mundial. Seu armamento antiaéreo foi revisado durante 1942-1943, com um canhão de 40 milímetros e um dos tubos de torpedos substituído por seis canhões de 20 milímetros.[3][4] Os navios foram reformados pela Yarrow de 1946 a 1949, com o maquinário reformado, o armamento antiaéreo foi novamente revisado para três canhões Bofors de 40 milímetros em suportes motorizados e três canhões de 20 milímetros. Sonar e radares britânicos Tipo 285 e Tipo 291 foram instalados.[5]

Referências

  1. Roberts, p. 397.
  2. a b c Whitley, p. 32.
  3. Whitley 1988, p. 222.
  4. Roberts 1980, p. 397.
  5. Lyon & Chumbley 1995, p. 317.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Griffith, Frank G. (1988). «Cover Photo and Miscellaneous comments». Warship International. XXV (2): 116. ISSN 0043-0374 
  • Roberts, John (1980). «Portugal». In: Chesneau. Conway's All the World's Fighting Ships 1922–1946. New York: Mayflower Books. pp. 396–398. ISBN 0-8317-0303-2 
  • Whitley, M. J. (1988). Destroyers of World War Two: An International Encyclopedia. Annapolis, Maryland: Naval Institute Press. ISBN 0-87021-326-1 
  • Blackman, ed. (1960). Jane's Fighting Ships 1960–61. London: Sampson Low, Marston & Co. 
  • Lyon, Hugh; Chumbley, Stephen (1995). «Portugal». In: Chumbley. Conway's All the World's Fighting Ships 1947-1995. Annapolis, Maryland: Naval Institute Press. pp. 317–322. ISBN 1-55750-132-7