NRP Vouga (D334)

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NRP Vouga
NRP Vouga (D334)
 Marinha Portuguesa
Proprietário Marinha portuguesa
Fabricante Yarrow
Homônimo Rio Vouga
Lançamento 25 de janeiro de 1933
Comissionamento 24 de junho de 1933
Descomissionamento Década de 1960
Estado Desmontado
Características gerais
Tipo de navio Contratorpedeiro
Classe Vouga
Deslocamento 1.239 t
Comprimento 98,5 m
Boca 9,4 m
Calado 3,4 m
Propulsão 3 caldeiras Yarrow
- 33 000 cv (24 300 kW)
Velocidade 36 nós (67 km/h)
Autonomia 5.400 milhas náuticas (10.000 km) a 15 nós (28 km/h)
Armamento 4 canhões de 120 mm
3 canhões antiaéreos de 40 milímetros
2 tubos de torpedo quádruplos de 533 mm
2 lançadores de carga de profundidade; suprimento de 12 cargas
20 minas
Tripulação 147

O NRP Vouga foi um dos cinco contratorpedeiros da classe Douro construídos para a Marinha Portuguesa na década de 1930. Ele permaneceu em serviço até o começo dos anos 1960.

Design e características[editar | editar código-fonte]

Os navios da classe Vouga foram projetados pela construtora naval britânica Yarrow e foram baseados no Ambuscade, um protótipo de contratorpedeiro construído para a Marinha Real Britânica em 1926 pela Yarrow.[1] Tinham 98,45 metros de comprimento total e 93,57 metros entre perpendiculares, com boca de 9,45 metros e um calado de 3,35 metros. O navio deslocava 1 239 toneladas em carga padrão e 1 588 toneladas em plena carga.[2]

Os Vouga eram movidos por duas turbinas a vapor Parsons-Curtis, cada uma acionando um eixo propulsor usando vapor fornecido por três caldeiras Yarrow. As turbinas, com potência nominal de 33 mil cavalos, destinavam-se a dar uma velocidade máxima de 36 nós (67 quilômetros por hora). Os contratorpedeiros carregavam óleo combustível suficiente para dar a eles um alcance de 10 mil quilômetros a quinze nós (28 quilômetros por hora).[2]

O armamento era semelhante aos contratorpedeiros contemporâneos da Marinha Real, com um armamento de quatro canhões de 120 milímetros Vickers-Armstrong Mark G, e três canhões antiaéros Mark VIII de 40 milímetros. Eram equipados com dois tubos de torpedo quádruplos de 533 milímetros, enquanto dois lançadores de carga de profundidade e 12 cargas de profundidade constituíam o armamento antissubmarino dos navios. Até 20 minas podem ser transportadas. O complemento dos navios consistia em 147 oficiais e soldados.[2]

Serviço[editar | editar código-fonte]

Os cinco contratorpedeiros realizaram patrulhas para defender a neutralidade de Portugal durante a Segunda Guerra Mundial. Seu armamento antiaéreo foi revisado durante 1942-1943, com um canhão de 40 milímetros e um dos tubos de torpedos substituído por seis canhões de 20 milímetros.[3][4] Os navios foram reformados pela Yarrow de 1946 a 1949, com o maquinário reformado, o armamento antiaéreo foi novamente revisado para três canhões Bofors de 40 milímetros em suportes motorizados e três canhões de 20 milímetros. Sonar e radares britânicos Tipo 285 e Tipo 291 foram instalados.[5]

Referências

  1. Roberts, p. 397.
  2. a b c Whitley, p. 32.
  3. Whitley 1988, p. 222.
  4. Roberts 1980, p. 397.
  5. Lyon & Chumbley 1995, p. 317.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Griffith, Frank G. (1988). «Cover Photo and Miscellaneous comments». Warship International. XXV (2): 116. ISSN 0043-0374 
  • Roberts, John (1980). «Portugal». In: Chesneau. Conway's All the World's Fighting Ships 1922–1946. New York: Mayflower Books. pp. 396–398. ISBN 0-8317-0303-2 
  • Whitley, M. J. (1988). Destroyers of World War Two: An International Encyclopedia. Annapolis, Maryland: Naval Institute Press. ISBN 0-87021-326-1 
  • Blackman, ed. (1960). Jane's Fighting Ships 1960–61. London: Sampson Low, Marston & Co. 
  • Lyon, Hugh; Chumbley, Stephen (1995). «Portugal». In: Chumbley. Conway's All the World's Fighting Ships 1947-1995. Annapolis, Maryland: Naval Institute Press. pp. 317–322. ISBN 1-55750-132-7