Ponte aérea Rio–São Paulo

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A Ponte Aérea, mais conhecida como Ponte Aérea Rio-São Paulo, foi originalmente um acordo firmado em 5 de julho de 1959, pelas empresas Varig, Cruzeiro do Sul e VASP que ofereciam várias frequências diárias entre os aeroportos Santos Dumont no Rio de Janeiro e Congonhas em São Paulo.[1]

Atualmente o termo Ponte Aérea se refere ao trecho, que é operado pela LATAM, Gol e Azul, com mais de 120 voos diários partindo das duas cidades, em média a cada 15 minutos, entre 6h10 até por volta das 21h30, porém, sem acordo entre as empresas.[2]

História[editar | editar código-fonte]

Aeroporto Santos Dumont no Rio de Janeiro.

Originalmente, esses voos não eram regulares e muitas vezes saíam quase juntos, com um ou outro lotado ou vazio. A partir deste questão, as principais empresas aéreas do país na época, Varig, Vasp e Cruzeiro, assinaram um acordo e começaram a voar entre Rio e São Paulo com voos escalonados alternadamente a cada 60 minutos, com livre circulação dos passageiros entre as companhias. Com um bilhete embarcava-se na primeira aeronave disponível, independendo de qual empresa pertencia.

Nas décadas de 70 e 80, restrições ao tamanho de aeronaves nos dois aeroportos centrais do Rio e de São Paulo, fez com que o único avião autorizado a voar no trecho fosse o Lockheed Electra, da Varig. O primeiro prejuízo deste pacto ocorreu na década de 90, quando a TAM, que não fazia parte do acordo, ingressou na rota ao conseguir autorização para o uso do Fokker 100, uma aeronave a jato mais moderna, confortável e veloz. A VASP, já sem interesse, deixou a parceria, seguida das outras duas.

Atualidade[editar | editar código-fonte]

Aeroporto de Congonhas em São Paulo.

Hoje em dia o termo "ponte aérea" é usado simplesmente para designar a rota Rio-São Paulo, sendo esta a nona mais movimentada do mundo em número de passageiros, com cerca de 7 milhões de passageiros por ano.[3]

Entre 1975 e 1991, o serviço foi operado exclusivamente pelos quadrimotores turboélice Lockheed L-188 Electra pertencentes à Varig, que se notabilizaram pelos altos índices de segurança e disponibilidade apresentados durante os anos de operação.[carece de fontes?] O último voo do avião na rota, em janeiro de 1992, foi motivo de cobertura jornalística pelos principais meios de comunicação.[4]

Em 10 de fevereiro de 2007, a companhia aérea Gol, maior usuária de Boeing 737 na América Latina, inseriu o Boeing 737-800 Short Field Performance (SFP) na rota. A configuração foi feita a seu pedido para utilização na Ponte Aérea, uma vez que o aeroporto Santos Dumont dispõe de uma pista curta, com 1.323 metros de extensão.[5]. Estas aeronaves têm freios de carbono ao invés de aço, que são mais leves e geram uma frenagem maior.[6]

Referências

  1. «Ponte Aérea Rio-São Paulo 60 Anos». Infraero. Consultado em 10 de maio de 2022 
  2. «Beting, Gianfranco. Jetsite - Ponte Aérea - Uma grande ideia brasileira». Consultado em 13 de setembro de 2010. Arquivado do original em 16 de abril de 2011 
  3. «List of busiest passenger air routes». Wikipedia (em inglês). 17 de março de 2018 
  4. «ELECTRA, SÍMBOLO DA PONTE AÉREA RIO-SÃO PAULO». Autoentusiastas. 25 de junho de 2016. Consultado em 10 de maio de 2022 
  5. Revista Flap Internacional - Gol anuncia o primeiro voo do Boeing 737-800SFP na ponte aérea
  6. Gol compra avião mais leve e com freio melhor para levar mais gente na Copa, economia.uol.com.br, 7 de abril 2014

Ver também[editar | editar código-fonte]

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