Congos
O povo Bakongo (do quicongo ba'kongo: o mesmo que kongo com o prefixo ba-, que indica plural [1][2]) ou bacongo[1] é um grupo étnico banto que vive numa larga faixa ao longo da costa atlântica de África, desde o Sul do Gabão até às províncias angolanas do Zaire e do Uíge, passando pela República do Congo, pelo enclave de Cabinda e pela República Democrática do Congo. Em Angola são o terceiro maior grupo étnico.
História
Os Bakongo, cuja língua é o kikongo, ocupavam o vale do rio Congo em meados do século XIII, e formaram o reino do Kongo, que, até à chegada dos portugueses, no fim do século XV, era um reino forte e unificado, cuja capital M´banza Kongo, ficava na actual província angolana do Zaire.
Durante a guerra colonial, muitos Bakongo fugiram para o então Zaire, levando a uma considerável diminuição da presença dessa etnia em solo angolano. No entanto, após a independência de Angola, muitos refugiados (ou seus filhos e netos) retornaram a Angola. Mesmo assim, não se chegou mais a atingir os valores demográficos de 1960, quando os Bakongo representavam 13,5% da população angolana, contra os actuais 8,5% (estimativa). Importa salientar que os regressados do Zaire (hoje República Democrática do Congo) muitas vezes não voltaram a fixar-se no seu habitat original, mas foram viver nas grandes cidades - sobre tudo em Luanda, mas também mais a Sul, inclusive no Lubango [2].
Do ponto de vista político, a FNLA representou, de certo modo, os Bakongo angolanos, durante a luta pela independência e a primeira parte da guerra civil de Angola]]. Depois das eleições parlamentares de 1992, 2008 e 2012, a FNLA passa a desempenhar este papel apenas de maneira apenas residual. Ao mesmo tempo, por iniciativa de grupos Bakongo, foram criados vários pequenos partidos políticos sem expressão significativa.
Referências
Bibliografia
- Karl Laman, The Kongo Uppsala: Alqvist & Wilsells, 1953–1968