Roberto Schiefler

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Roberto Schiefler
Roberto Schiefler
"Retrato de Roberto Schiefler"
Nome completo Roberto Angelo Augusto Schiefler
Nascimento 16 de abril de 1859
Rio de Janeiro
Morte 22 de abril de 1918
Laguna
Nacionalidade teuto-brasileiro
Ocupação Engenheiro
Roberto Angelo Augusto Schiefler (Rio de Janeiro, 16 de abril de 1859Laguna, 22 de abril de 1918)[1] foi um engenheiro teuto-brasileiro responsável pela construção e manutenção de importantes obras ferroviárias e portuárias no Sul do Brasil entre o final do século XIX e começo do XX.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Recibo referente à compra de vagões de lenha.[2]
Filho de Guilherme Henrique Theodoro Schiefler, Roberto Schiefler foi engenheiro com intensa atuação na Província e depois Estado de Santa Catarina, onde iniciou sua carreira contratado pela companhia inglesa que empreendia a construção da Estrada de Ferro Donna Thereza Christina (1880-1884), por falar fluentemente inglês e alemão. Participou ativamente da execução do projeto da ponte ferroviária sobre o canal de Laranjeiras, pelo que seria laureado com o título honorífico de coronel da Guarda Nacional. Segundo o pesquisador catarinense Walter Zumblick, Roberto Schiefler chegou a portar procuração com plenos poderes para representar a companhia inglesa, tendo exercido, por ainda mais tempo, a função de Engenheiro-Chefe do Tráfego da ferrovia.[3]
Foi posteriormente responsável por melhoramentos da navegação no litoral Sul na direção de Porto Alegre[4] e pela recuperação e ampliação do Porto de Itajaí a partir da grande enchente de 1911, com incorporação da praia de Cabeçudas à cidade[5], expansão urbana no sentido do que depois daria origem a Balneário Camboriú.[6]
Por sua irmã, Mathilde, era tio do militar e político Augusto Schiefler Thies e tio-avô do industrial e político joinvilense Oto Augusto Guilherme Urban.

Referências

  1. «CORONEL Roberto Schiefler. Jornal Folha do Sul, Tubarão, anno 5, n. 200, 25 abr. 1918. p. 2.» 
  2. TEIXEIRA, José Warmuth (2004). Ferrovia Tereza Cristina: uma viagem ao desenvolvimento. Tubarão: Edição do autor. p. 95 
  3. ZUMBLICK, Walter (1967). Teresa Cristina: a ferrovia do carvão. Tubarão: E.F.D.T.C. p. 163 
  4. FREITAS, Luiz Claudio de (2005). O canal de navegações Laguna a Porto Alegre. In: Livro de Resumos das Primeiras Jornadas de Economia Reginal Comparada. Porto Alegre: PUCRS. p. 753 
  5. LINHARES, Juventino (1997). O que a memória guardou. Itajaí: Univali. pp. 126–7 
  6. FAGUNDES, Thayse (2014). «Enseada de Cabeçudas: a formação sócio-espacial do balneário». Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. Enseadas de Cabeçudas: A Formação sócio-espacial do balneário (2014): pp. 95-6. Consultado em 23 de novembro de 2022 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

CORONEL Roberto Schiefler. Jornal Folha do Sul, Tubarão, anno 5, n. 200, 25 abr. 1918. p. 2.

FAGUNDES, Thayse. Enseada de Cabeçudas: a formação sócioespacial do Balneário. 2014. 350 f. Dissertação (Mestrado em Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2014. pp. 95-6.

FREITAS, Luiz Claudio de (2005). O canal de navegações Laguna a Porto Alegre. In: Livro de Resumos das Primeiras Jornadas de Economia Reginal Comparada. Porto Alegre: PUCRS. p. 753

JACKSON, W. M. Encyclopedia e diccionario internacional. 17. v. Rio de Janeiro/Nova York: 1920. p. 10.423.

LINHARES, Juventino. O que a memória guardou. Itajaí: Univali, 1997. pp. 126-7.

SACRAMENTO BLAKE, A. V. A. Diccionario bibliographico brazileiro. 3. v. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1895. pp. 196-7.

TEIXEIRA, José Warmuth. Ferrovia Tereza Cristina: uma viagem ao desenvolvimento. Tubarão: edição do autor, 2004. p. 95.

UNGARETTI, Norberto Ulysséa. Laguna: um pouco do passado. Florianópolis: edição do autor, 2002. p. 262/7/8.

ZUMBLICK, Walter. Teresa Cristina: a ferrovia do carvão. Tubarão: E.F.D.T.C., 1967. p. 163.