Syagrus macrocarpa

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Classificação científica
Superdomínio: Biota
Reino: Plantae
Sub-reino: Viridiplantae
Infrarreino: Streptophyta
Superdivisão: Embryophyta
Divisão: Tracheophyta
Subdivisão: Euphyllophyta
Ordem: Arecales
Família: Arecaceae
Subfamília: Arecoideae
Tribo: Cocoseae
Género: Syagrus
Espécie: Syagrus macrocarpa

Syagrus macrocarpa, também conhecido como baba-de-boi-grande ou maria-rosa, é uma espécie de planta do gênero Syagrus e da família Arecaceae. [1]

Espécie rara, com distribuição não muito ampla entre o leste de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro, sempre em populações pequenas ou indivíduos isolados. Assemelha-se com Syagrus romanzoffiana, porém, possui menor porte, folhas e inflorescências (80 vs. 167 cm); bem como frutos maiores (6-9 centímetros vs. 3-4 cm) e flores pistiladas muito maiores (22-35 milímetros vs. 4,5-7 mm). Além disso, em S. macrocarpa as ráquilas geralmente distribuem-se de forma unilateral na raque, enquanto que em S. romanzoffiana é sempre de forma helicoidal.[1]

Pode ser confundida com Syagrus cocoides, uma vez que esta espécie também possui pinas geralmente enroladas nas pontas e bainha bastante fibrosa, no entanto S. macrocarpa difere-se facilmente desta pela distribuição unilateral das ráquilas na raque (helicoidal em S. cocoides) e tamanho dos frutos maiores (6,5-9 centímetros vs. 3,5-5,8 cm). [1]

Taxonomia[editar | editar código-fonte]

Os seguintes sinônimos já foram catalogados: [1]

  • Barbosa getuliana (Bondar) A.D.Hawkes
  • Calappa procopiana (Glaz. ex Drude) Kuntze
  • Cocos getuliana Bondar
  • Cocos marocarpa (Barb.Rodr.) Barb.Rodr.
  • Cocos procopiana Glaz. ex Drude
  • Syagrus getuliana (Bondar) Glassman
  • Cocos macrocarpa (Barb.Rodr.) Barb.Rodr.

Forma de vida[editar | editar código-fonte]

É uma espécie terrícola e de palmeira. [1]

Descrição[editar | editar código-fonte]

Árvore de porte elevado ou moderado, com 4-10 metros de altura e estipe solitário, colunar, 3,1-9 x 0,1-0,25 m, com suaves cicatrizes deixadas pelas bainhas de folhas já caídas. Ela tem folhas dispostas em espiral ao redor do estipe, 8-20 contemporâneas, arqueadas; bainha, 50-90 centímetros de comprimento, margens densamente fibrosas; pecíolo de 70-130 centímetros de comprimento; raque, 122-2 metros de comprimento, arqueadas; pinas flexíveis, 90-160 de cada lado da raque, verdes, brilhantes, ápice assimétrico, distribuídas irregularmente e dispostas em vários planos ao longo da raque, ápice pendente e geralmente enrolados na extremidade, as da parte mediana da raque com 30-70 x 1-3 cm.[1]

Tem inflorescência andrógina, interfoliar; profilo 30-46 x 5-6 cm; bráctea peduncular sulcada, recoberta por tomento esbranquiçado, especialmente na extremidade, 70-120 centímetros de comprimento total, parte expandida 35-75 x 10-29 cm; pedúnculo coberto por um indumento esparso, de cor ferrugínea ou esbranquiçada logo após a antese, 30-60 x 1,5-3,5 cm; raque 25-50 centímetros de comprimento, ramificada ao nível de primeira ordem; ráquilas inseridas unilateralmente ao longo da raque, ocasionalmente em espiral (extremidade da raque), 23-80, as da parte mediana da raque 15-43 centímetros de comprimento Flores, estaminadas 9-10 milímetros de comprimento, pistiladas 22-35 x 7-15 mm. Frutos elipsoides, 6,5-9 x 3-4,5 cm; epicarpo verde-amarelado, glabro superficialmente, coberto por um tomento esbranquiçado apenas na extremidade. Possui endocarpo elipsoide, ósseo, superfície exterior levemente irregular, geralmente com 3 protuberâncias longitudinais 3,8-6,5 x 1,8-2,6 cm e endosperma regular, homogêneo. [1]

Caule[1]
superfície lisa
tipo solitário/aéreo
Folha[1]
pinada verde
bainha decídua/com disposição helicoidal no estipe/densamente fibrosa
pecíolo com margem inerme
raque foliar arqueada
pinas coriácea membranácea/inserida em diferente ângulo na raque/com disposição agrupada/flexível e enrolada no ápice/com ápice pendente/com ápice acuminado assimétrico/verde escura/verde/concolor
Inflorescência[1]
forma paniculada/pendente
infrutescência exposta interfoliar
espádice sulcada/glabra/pruinosa
raque esparsamente tomentosa
ráquila disposição unilateral na raque/disposição helicoidal na raque
Fruto[1]
formato fusiforme/elíptico
epicarpo verde amarelado/glabro/com indumento no ápice
mesocarpo fibroso suculento
endocarpo lenhoso/fusiforme/com 3 protuberância longitudinal
endosperma homogêneo

Conservação[editar | editar código-fonte]

A espécie faz parte da Lista Vermelha das espécies ameaçadas do estado do Espírito Santo, no sudeste do Brasil. A lista foi publicada em 13 de junho de 2005 por intermédio do decreto estadual nº 1.499-R. [2]

Distribuição[editar | editar código-fonte]

A espécie é encontrada nos estados brasileiros de Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.[1] A espécie é encontrada no domínio fitogeográfico de Mata Atlântica, em regiões com vegetação de floresta estacional semidecidual e floresta ombrófila pluvial.[1]

Notas[editar | editar código-fonte]

Contém texto em CC-BY-SA 4.0 de Soares, K.P. Syagrus in Flora e Funga do Brasil. [1]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m n «Syagrus macrocarpa Barb.Rodr.». floradobrasil2020.jbrj.gov.br. Consultado em 18 de abril de 2022 
  2. «IEMA - Espécies Ameaçadas». iema.es.gov.br. Consultado em 12 de abril de 2022 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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