The Housemartins

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The Housemartins
Informação geral
Origem Hull, Inglaterra
País  Reino Unido
Gênero(s) Indie pop, jangle pop
Período em atividade 1983 - 1988
Gravadora(s) Go! Discs, Elektra
Afiliação(ões) The Beautiful South
Fatboy Slim
Ex-integrantes Paul Heaton
Stan Cullimore
Norman Cook
Dave Hemingway
Ted Key
Chris Lang
Hugh Whitaker

The Housemartins foi uma banda inglesa de Indie rock formada em 1983 na cidade inglesa de Hull. Tornou-se mundialmente conhecida pelos hits "Build" e "Caravan of Love".

História[editar | editar código-fonte]

1983-87: Formação[editar | editar código-fonte]

Formada originalmente em 1983 pelo guitarrista e vocalista Paul Heaton e o guitarrista Stan Cullimore, além do baixista Ted Key e o baterista Hugh Whitaker, se autodenominaram ironicamente como a "quarta melhor banda de Hull". Apesar da brincadeira e modéstia, foram verdadeiros mestres em compor grandes canções. No ano seguinte entraria Norman Cook no lugar de Ted. Pausa para mais um ano de trabalho duro. Assinam com a independente Go! Discs Records[1] (a mesma gravadora de Billy Bragg) e meses depois conseguem um sucesso nas paradas com o terceiro single, "Happy Hour". Intitulada originalmente "French England", a canção chegou a ser número 3 na parada britânica, fazendo com que o disco de estréia, London 0 Hull 4 alcançasse a mesma posição.

Começava a comparação com o grupo de Morrissey & Marr, com quem chegaram a excursionar, como banda de abertura. Embora houvesse semelhanças nos vocais e até nas guitarras acústicas, a proposta do Housemartins era muito mais acessível, tendo como característica notável os arranjos a cappella, ou seja, harmonizações vocais, sem instrumentos. Um dos grandes momentos do primeiro disco é uma versão arrepiante do clássico de Curtis Mayfield, "People Get Ready" (incluindo apenas na versão CD). E foi exatamente uma versão neste estilo que deu o primeiro e único número 1 nas paradas: "Caravan of Love", dos compositores Ernie Isley, Chris Jasper e Marvin Isley. Apesar de não ter escrito nenhum grande sucesso do grupo (a dupla de compositores mais consistente era Cullimore e Heaton), Norman Cook era o grande arranjador, tocando piano e chamando alguns músicos extras para as sessões de gravações. O disco vendeu a respeitável marca de 500 mil cópias na Inglaterra e o mesmo número no resto do mundo.

O estilo a cappella de "Caravan of Love" não foi para o gosto de todos os fãs do Housemartins e foi até ridicularizado por alguns como um sell-out. No entanto, um material a cappella sempre fez parte do repertório da banda. "Caravan of Love" foi o primeiro realizado pela banda em sua segunda "John Peel session" em abril de 1986, anterior ao seu sucesso inicial. Por sugestão de Peel, a banda então gravou outra sessão (sob o nome The Fish City Five), composta exclusivamente de performances a cappella, e em pelo menos uma ocasião "abriram" seu próprio show com este nome alternativo. O single "Caravan of Love" incluía quatro canções gospel a cappella em seu lado B.

Com tanto sucesso foram eleitos em 1987 a melhor banda jovem do país. Apesar disso, Hugh deixa a bateria para Dave Hemingway. Influenciados por Billy Bragg, abraçaram a causa do grupo trabalhista "Red Wedge" e promovem alguns concertos no intuito de angariar fundos para o partido. Outro artista que ficaria famoso pela sua adesão ao movimento era Paul Weller, já com seu Style Council. Voltam a se reunir em estúdios e produzem mais um trabalho, o single "Five Get Over Excited", novamente um sucesso de público e crítica.

1988: O fim da banda[editar | editar código-fonte]

Mas os problemas já existiam. Paul havia feito "Me and the farmer" inspirado nas lutas das classes operárias. Para o segundo disco, ele preferia dar mais ênfase aos arranjos vocais, enquanto Norman queria trabalhar um pouco mais a parte experimental, testando loops e sequenciadores nos arranjos, e Stan desejava colocar mais camadas de guitarras. Paul começou a tomar atitudes dignas de um ditador, chegando ao cúmulo de editar sílabas de diferentes takes para compor uma canção, digitalmente. Simplesmente ignorava as ideias de seus companheiros, sendo o ápice da discórdia durante as gravações do vídeo para Build. A única opinião comum era que a banda estava se esgotando. Ironicamente escreveram na parede do estúdio onde gravaram o clipe os dizeres "Housemartins R. I. P." (Housemartins, descansem em paz).

Para irritar ainda mais os outros integrantes, Paul disse em uma carta ao semanário New Musical Express, que "em uma época liderada por Rick Astley, Shakin' Stevens e Pet Shop Boys, eles (os Housemartins) não eram bons o suficiente”. Após isso, o fim era a única saída. Os músicos se separaram, sendo Norman Cook o que obteve maior sucesso, com seu projeto Fatboy Slim. Como despedida, editaram uma coletânea de compactos, Now That's What I Call Quite Good em 1988.

Rumores de um reencontro[editar | editar código-fonte]

Em agosto de 2009, a revista de música MOJO[2] reuniu os membros originais dos Housemartins para uma entrevista e uma sessão fotográfica pela primeira vez em muitos anos. No entanto, na entrevista todos os membros sustentaram que a banda não seria retomada.

Novos rumores de uma reunião surgiram em 2014, quando Paul Heaton fez um apresentação em homenagem aos 30 anos do lendário The Adelphi Club,[3] palco onde os próprios Housemartins assinaram seu primeiro contrato com a Go! Discs.[4]

Destino dos membros após o fim da banda[editar | editar código-fonte]

Exceto Ted Key, que saiu da banda logo em seu início, a maioria dos ex-integrantes prosseguiu com projetos musicais.[5]

  • Stan Cullimore - o ex-guitarrista teve uma experiência no setor comercial, abrindo um restaurante vegetariano que infelizmente não deu certo. Mais adiante, Stan percebeu um talento inato para escrever histórias infantis. Em dezembro de 2009, ele coescreveu canções e fez parte da banda da série The Bopps, do canal infantil Nick Jr., que foi transmitida no Reino Unido em abril de 2010. Hoje Stan é dono de uma produtora.
  • Dave Hemingway - o ex-baterista e vocal de apoio continuou sua carreira com Paul Heaton na The Beautiful South até o final da banda em 2007. Lançou um álbum solo: Hello Cruel World.

No Brasil[editar | editar código-fonte]

No Brasil canção "Build" fez muito sucesso e ficou conhecida como "Melô do Papel", sendo um exemplo de virundum,[6] já que o refrão ba-ba-ba-ba-build,, era entendido como 'pa-pa-pa-papel.[7]

Discografia[editar | editar código-fonte]

Videografia[editar | editar código-fonte]

  • "Sheep"
  • "Happy Hour"
  • "Think for a Minute"
  • "Caravan of Love"
  • "Five Get Over Excited"
  • "Me and the Farmer"
  • "Build"
  • "Always Something There to Remind Me"
  • "We're Not Deep"

Biografia[editar | editar código-fonte]

  • THE HOUSEMARTINS Now That's What I Call Quite Good por Nick Swift (1988) ISBN 0-71191-517-2

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. The Pink Noise Page: Other Crap Hull Bands Página visitada em 11 de maio de 2010.
  2. «Revista MOJO — edição 190 (agosto de 2009)». 2009. Consultado em 6 de junho de 2015 
  3. Danny Longhorn (2 de outubro de 2014). «Fans dreaming of The Housemartins reunion as Paul Heaton plays Adelphi 30th anniversary gig». Hull Daily Mail. Consultado em 6 de junho de 2015 
  4. «The Adelphi Club: Heritage». Consultado em 6 de junho de 2015 
  5. «TheHousemartins.co.uk: Where Are They Now?». Consultado em 6 de junho de 2015 
  6. «O Hino e os Virunduns: "o virundum Ipiranga às margens plácidas"». Consultado em 17 de junho de 2021 
  7. «Eu pensava que era música romântica». Palpite Digital. Consultado em 17 de junho de 2021 

Ligações Externas[editar | editar código-fonte]