Tumbaga

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Uma gorjeira peitoral de tumbaga da cultura Quimbaya; 300–1600 d.C.

Tumbaga é o nome para a liga metálica não específica de ouro e cobre dado pelos conquistadores espanhóis aos apetrechos metálicos encontrados em uso difundido na Mesoamérica pré-colombiana e na América do Sul.

Acredita-se que o termo seja um empréstimo linguístico, oriundo do termo malaio tembaga, que significa "cobre" ou "latão", oriundo por sua vez da Prácrito.

Composição e propriedades[editar | editar código-fonte]

Tumbaga é uma liga metálica composta principalmente por ouro e cobre. Seu ponto de fusão é significativa menor que o do ouro ou do cobre isolados. É mais duro que o cobre, mas mantendo a ductilidade após a forja.

Tumbaga também pode ser tratada com um ácido simples, tal como o ácido cítrico, para dissolver o cobre da superfície, permanecendo uma camada brilhante de ouro quase puro no topo de uma camada mais dura e durável de uma liga de cobre e ouro.

Uso e função[editar | editar código-fonte]

A tumbaga era amplamente usada pelas culturas pré-colombianas da América Central para fazer objetos religiosos. Tal como ocorre com muitas ligas de ouro, a tumbaga era versátil e podia ser fundida, martelada, soldada, chapeada, endurecida, recozida, polida, gravada e embutida.

A proporção de ouro e cobre cobre nos artefatos variava muito; certos itens foram encontrados com 95% de ouro enquanto outros, por sua vez, continham 95% de cobre[1]. Alguns itens tumbaga também tinham outros metais além de ouro de cobre, chegando a até 18% do peso total do item.

O naufrágio "Tumbaga"[editar | editar código-fonte]

Em 1992, aproximadamente 200 barras prateadas de tumbaga foram encontradas nos destroços de um naufrágio ocorrido por volta da década de 1520[2] próximo à ilha de Grande Bahama. Elas eram compostas em sua maior para de prata, cobre o ouro saqueados pelos espanhóis durante as conquistas de Hernán Cortés e apressadamente fundidas em barras de tumbaga para transporte através do Atlântico. Tais barras depois eram novamente fundidas para separação dos metais constituintes na Espanha.[3]

Referências

  1. «Tumbaga». Antique Jewelry University. Consultado em 1 de junho de 2019 
  2. SEDWICK, Daniel Frank. «"Tumbaga wreck," sunk ca. 1528 off Grand Bahama Island». Daniel Frank Sedwick LCC Numimatists. Consultado em 1 de junho de 2019 
  3. The"Tumbaga" Saga: Treasure of the Conquistadors 1st ed. 2010

Ligações externas[editar | editar código-fonte]