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Caio Salústio Crispo (86 a.C.34 a.C.) foi um dos grandes escritores e poetas da literatura latina.

Nasceu em Amiterno, na Sabina, em 86 a.C., em uma família interiorana, mas de posses, tendo uma formação requintada. Foi cedo para Roma, e recebeu apoio de pessoas de influência da sua família. Com o apoio de Júlio César, Salústio foi eleito questor, cargo que lhe assegurou uma cadeira no senado romano. Investiu contra adversários de César, e estes passaram a ser seus adversários, como Milão [necessário esclarecer] e Cícero.

A inimizade que Salústio tinha para com Cícero se encontra refletida em sua obra; por exemplo, nos episódios relativos à conjuração de Catilina, o autor se mostra hostil a Cícero, não entrando em muitos detalhes quanto à importante participação daquele durante o ocorrido, não reproduzindo nem mesmo os discursos de Cícero no senado romano, discursos estes que até hoje são lembrados pela historiografia política. Em compensação, Salústio descreve com riqueza de detalhes o discurso de Júlio César, com quem colaborava.

Salústio foi expulso do senado pelo censor Ápio Cláudio Pulcher, grande amigo de Cícero, sob a acusação de imoralidade, mas pouco depois foi reconduzido ao cargo pelo chefe e padrinho, Júlio César.

Durante a guerra civil, ele apoiou a causa de Júlio César, a quem prestou serviços e por quem foi nomeado governador da Numídia (África Nova), onde conseguiu acumular uma grande riqueza e passou a desfrutar da “angustiante fadiga romana”. No final de sua carreira política, passou a se dedicar à literatura. Já desiludido com a corrupção em Roma, escreveu sobre a decadência do povo romano e foi útil ao descrever dois grandes momentos do fim da república romana, a saber, a Conjuração de Catilina e a Guerra de Jugurta, episódios sobre os quais escreveu no período que vai da morte de Cícero, em 43 a.C., à guerra Purúgia, em 40 a.C., quando os grandes personagens da conjuração, Crasso, Pompeu, Catão, Júlio César, Cícero e o próprio protagonista, Catilina, já haviam desaparecido do cenário político.

Salústio usa de suas narrativas como um pretexto para criticar os erros políticos cometidos pelos que detiveram o poder em Roma, principalmente aqueles de Cícero, seu inimigo político e pessoal.

Encerrou sua vida pública em uma mansão adquirida com as riquezas arrecadadas durante o período em que foi governador da Numídia, escrevendo suas monografias em seu belo jardim. Deixou seu nome na história, sobretudo pelos relatos legados sobre momentos decisivos da política da República Romana.