Usuário(a):Licenciatura Univesp/Testes

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A música no processo de ensino-aprendizagem escolar [editar | editar código-fonte]

Atualmente, a educação encontra-se em um processo onde necessita-se de atividades diferenciadas, que ampliem o desenvolvimento da inteligência e pensamento crítico. A partir desse contexto, trabalharemos as atividades ligadas à música, que podem tornar o dia-a-dia do aluno e professor mais prazeroso. A música passa historicamente pelo desenvolvimento da humanidade, ela influencia-nos em vários aspectos, desperta emoções, sensações. No ambiente escolar, não seria diferente. A música quando bem trabalha dentro das disciplinas e assuntos interdisciplinares, ajuda no desenvolvimento dos alunos, como sua criatividade, concentração, percepção, visão de mundo, imaginação. [1]O professor portanto, deve criar situações de aprendizagem, onde os alunos possam estar em constante interação com os mais variados estilos musicais. Atualmente, segundo pesquisa do IBOPE [2], o sertanejo tem sido o estilo musical mais ouvido entre 2012 e 2013, sabemos que esse fenômeno continua, e os jovens, sempre conectados, não dispensam uma boa música. Partindo do que os alunos conhecem e gostam, o professor consegue desenvolver atividades dentro de suas possibilidades, envolvendo a música sertaneja, por exemplo, dentro de várias matérias, como leitura e produção de texto, inglês, cultura brasileira, explorando e utilizando a música sertaneja como um instrumento facilitador de seu trabalho. A música sertaneja é brasileira, fala de nossos costumes, culturas, interesses, abrindo um leque de opções para ajudar o professor a ser um mediador, com aulas abertas a todas as formas de expressão, contribuindo para a construção de uma sociedade com respeito à criatividade.


A música na escola brasileira[editar | editar código-fonte]

Desde a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96, no final de 1996, o Brasil começou adotar novas condutas educacionais. Podemos dizer que para a música então abre-se uma discussão do que é ou não apropriado nas escolas. É evidente a necessidade de estabelecer a identidade da disciplina e do professor com a música. Teca Alencar de Britto, professora de música da USP, alerta: "Sempre se busca um porquê para estudar uma forma de arte". Para ela, a importância da música está em si mesma: "Primeiro de tudo deve-se ter a música pela música: o conhecimento de mundo, o ritmo, a sensibilidade. Depois, os benefícios que ela traz, como maior atenção, coordenação motora e disciplina", enumera. A professora Clélia Craveiro, conselheira da Câmara de Educação Básica do CNE (Conselho Nacional de Educação) explica, "Antigamente, música era uma disciplina. Hoje não. Ela é apenas uma das linguagens da disciplina chamada artes, que pode englobar ainda artes plásticas e cênicas. A ideia é trabalhar com uma equipe multidisciplinar e, cada escola tem autonomia para decidir como incluir esse conteúdo de acordo com seu projeto político-pedagógico". Apesar de ser uma boa iniciativa, o trabalho com equipes multidisciplinares para o ensino de música não tem acontecido de forma satisfatória nas instituições de ensino. [3]Segundo Sonia Regina Albano de Lima, diretora regional da Associação Brasileira de Ensino Musical, (ABEM) e diretora dos cursos de graduação e pós-graduação lato sensu em Música e Educação Musical da FMCG (Faculdade de Música Carlos Gomes): "A música contribui para a formação integral do indivíduo, reverencia os valores culturais, difunde o senso estético, promove a sociabilidade e a expressividade, introduz o sentido de parceria e cooperação, e auxilia o desenvolvimento motor, pois trabalha com a sincronia de movimentos. O trabalho com música desenvolve as habilidades físico-cinestésica, espacial, lógico-matemática, verbal e musical. Ao entrar em contato com a música, zonas importantes do corpo físico e psíquico são acionadas - os sentidos, as emoções e a própria mente. Por meio da música, a criança expressa emoções que não consegue expressar com palavras. A música fez bem para a autoestima do estudante, já que alimenta a criação". O MEC recomenda que, além das noções básicas de música, dos cantos cívicos nacionais e dos sons de instrumentos de orquestra, os alunos aprendam cantos, ritmos, danças e sons de instrumentos regionais e folclóricos para, assim, conhecer a diversidade cultural do Brasil. [4]


A influência da música nas aulas de leitura e produção de texto[editar | editar código-fonte]

Presente no dia-a-dia das crianças e adolescentes, a música pode ser trabalhada de uma maneira multidisciplinar. Atualmente, um dos ritmos mais ouvidos pelos brasileiros é o sertanejo, que está dentro do cenário do jovem. Trabalhando com as preferências, podemos desenvolver habilidades de leitura através de letras de música, estimulando o prazer pela leitura e escrita. Além disso, o trabalho com esse gênero textual possibilita trabalhar dicção, entonação de voz, expressividade. É possível abordar temas que proporcionarão aos alunos a oportunidade de questionar, conhecer outras culturas e abrir espaços para conversar e narrativas. Com a inserção da música nas aulas, o aluno trabalhará a prática de leitura, compreenderá a música como produto cultural e histórico e praticará a produção de textos. A proposta de aprendizagem desenvolvida com a música nas aulas de leitura e produção de texto, é de aproximar os alunos de sua própria história de vida, para que tenham uma visão mais ampla e crítica sobre determinados assuntos. No caso da música, a oralidade acompanhada da forma escrita, faz uma interação diferenciada na aprendizagem, quando utilizamos a música como instrumento pedagógico o resultado das aulas é muito positivo, sendo que ela despertará o interesse e curiosidade dos educandos, aumentando seu desejo pela leitura. [5]


O Ensino da Cultura Brasileira através da Música Sertaneja[editar | editar código-fonte]

Já sabemos há algum tempo que a música ajuda e muito no desenvolvimento intelectual de uma pessoa, e segundo a matéria “Um dom de gênio” da revista Super Interessante de Maio de 2000 escrito por Nelson Jobim, de Londres[6], se uma criança recebe estímulo musical correto desde cedo, partes do seu cérebro fica maior fisicamente e com mais conexões cerebrais. Essa relação de interação e transformação ocorre ao contrário também, a música sofre transformações de acordo com a nossa cultura, ao longo do tempo. Vamos estudar essa relação utilizando como parâmetro a cultura brasileiro e a música sertaneja, que é o estilo musical mais tocado, segundo pesquisa do IBGE.


O início da música sertaneja e a valorização da cultura brasileira[editar | editar código-fonte]

O termo sertanejo, originalmente se referia ao sertão do nordeste, mas assim como a cultura brasileira, ela foi modificada com o tempo e hoje música sertaneja é sinônimo de música caipira com roupagem moderna. Há um consenso de que a música sertaneja surgiu em 1929, quando Cornélio Pires começou a gravar cantos tradicionais da roça. Como podemos notar, o início da música sertaneja se deu alguns anos depois da Semana da Arte Moderna de 1922, talvez não por coincidência, já que, no final de século XIX e início do século XX, havia uma certa inquietude por parte de alguns artistas dos mais variados segmentos. Esses artistas (Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Oswald de Andrade, dentre outros) estavam incomodados com a forma de arte produzida na época, que consideravam muito conservadora, e trouxeram de fora algumas tendências que culminaram na Semana da Arte Moderna de 1922. Nessa época, alguns artistas começaram a retratar o cotidiano do Brasil e seu povo, e não o ambiente sóbrio e artificial da aristocracia da época. Essa mudança ocorreu de forma gradual e ao som de protestos dos mais conservadores da época, talvez sendo a primeira vez que produziu-se arte brasileira, e que passou-se a ter orgulho dessa mistura cultural, pois antes disso, a cultura brasileira era cópia fragmentada da cultura de outros países: nos casarões, prevalecia a cultura europeia, nas senzalas, a cultura africana e nas colônias de imigrantes, a cultura própria de seus países de origem. Essa valorização do que é genuinamente brasileiro abriu as portas para o surgimento, em 1929, da música caipira que mais tarde viria a ser conhecida como música sertaneja. [7]

O sucesso da música caipira e o êxodo rural[editar | editar código-fonte]

A música caipira traz entre seus expoentes, as duplas Pena Branca e Xavantinho e Tonico e Tinoco. Esta última, em 1946, gravou o primeiro grande sucesso, “Chico Mineiro”. Na época, utilizava-se tradicionalmente a viola caipira, um tipo de violão com cordas duplas, para acompanhar a cantoria. Mesmo não sendo o gênero mais tocado no interior, a música caipira é muito apreciada pelas pessoas saudosas, eis que as letras das músicas remetem ao passado, quando a vida era mais tranquila e ao mesmo tempo difícil, são músicas que retratam a vida do campo. Na década de trinta, portanto antes do primeiro grande sucesso caipira, começou uma grande movimentação de pessoas, oriundas das regiões do nordeste, rumo ao sul do país. Foi a industrialização da região sudeste que culminou na intensificação desse êxodo rural. No entanto, essas pessoas simples sentiam saudades do sertão, do campo que deixaram para trás quando se aventuraram nos grandes centros. A música caipira entra na vida dessas pessoas trazendo um alento para a alma, tão saudosa da vida no campo, e tão sofrida na vida da cidade. Isso ocorre porque a música reflete nossa alma, traduzindo a essência do que realmente somos, e essas músicas, suscitavam a memória afetiva dessas pessoas. A música “Chico Mineiro”, sucesso naquela época, continua sendo regravada e tocada até hoje. O êxodo rural também perdura até os dias atuais, embora em ritmo menor, e segundo o IBGE, o fenômeno vai terminar por volta do ano de 2020, quando mais de 90% da população estará vivendo nas cidades. [8]


Música sertaneja atual[editar | editar código-fonte]

A música sertaneja de hoje, é bem diferente da música caipira que a originou; a viola caipira deu lugar a guitarra elétrica e uma infinidade arranjos e instrumentos musicais dos mais variados. Essa nova fase começou no final dos anos 60, mas ganhou fôlego no final dos anos 80 e começo dos anos 90, com o sucesso de duplas como Chitãozinho e Xororó, Leandro e Leonardo e Zezé di Camargo e Luciano. Hoje, a música sertaneja não está restrita a duplas, existem inúmeros cantores solos (Luan Santana, Gusttavo Lima) e duplas com um dos integrantes do sexo feminino (Thaeme e Thiago, Maria Cecília e Rodolfo). Nessa nova fase, algumas cantoras solo também fizeram sucesso como foi o caso de Roberta Miranda e Sula Miranda, e mais recentemente, a Paula Fernandes. O apreço pela música sertaneja se explica pelo fato de que muitas pessoas da cidade vieram do campo, ou seus pais vieram, e estão acostumados a ouvir música caipira desde criança e ficou marcado dentro de nós essa memória afetiva. Outro ponto importante são as letras utilizadas, quando apela-se para as músicas “chiclete”, refrões repetitivos que fazem a música fixar na memória dos ouvintes. Gírias e até palavras de baixo calão também são frequentes, sendo reflexo do atual momento de liberdade de expressão que vivemos. Já as palavras estrangeiras são constantes devido à globalização que a internet e outros meios possibilitam. A música sertaneja possibilita uma maior integração da vida do campo na vida urbana. Assim, permite-se às pessoas que vivem na cidade, reproduzir a vida rural como experiência urbana. O campo é reproduzido no cotidiano urbano dessas pessoas, na forma de música. É interessante que, até a classe elitizada dos universitários apreciam tanto, que chegaram a criar uma vertente do sertanejo, conhecido como “sertanejo universitário”. Todo o exposto nos leva a crer que esse tipo de música ainda está em evolução e tem tudo para continuar nas paradas de sucesso no futuro. Assim, concluímos que a música sertaneja é produto de uma cultura genuinamente brasileira, e que está em constante evolução. [9]

A influência da música nas aulas de inglês[editar | editar código-fonte]

O inglês hoje se apresenta com uma ferramenta de comunicação de suma importância, haja vista a sua abrangência mundial. A língua inglesa é a língua mais falada entre os não nativos, nos negócios, na ciência, na tecnologia e no desenvolvimento. O avanço tecnológico fez com que o inglês se tornasse a porta de entrada para o mundo, que hoje utiliza das TDICS (tecnologias digitais de informações e comunicação), para integrar a nação mundial com uma comunicação diversificada, facilitando a leitura e entendimento do leitor com o uso de imagens, vídeos, áudios e textos escritos, tudo em uma só ferramenta. Sua utilização no meio acadêmico não é menos importante que nos itens mencionados acima, porém neste cenário, considera-se, que ela exige a construção e o compartilhamento de conhecimentos para fins específicos, além da sua estruturação básica. Assim como toda disciplina, os educadores devem primeiramente entender a estrutura de seus alunos, suas vivências, seus conhecimentos prévios e após problematizar o tema para entender as características da turma. Deste modo, poderá avançar nos temas que serão abordados. Existe inúmeras formas de se trabalhar o aprendizado da língua inglesa. A princípio é essencial o desenvolvimento da prática voltado a leitura e escrita. [10]

As práticas destas atividades podem ser direcionadas com o uso de cognatos e predição. O uso dessas ferramentas certamente virão ao encontro das práticas exercidas pelas disciplinas de abrangem a leitura e a produção de textos, pois faz com que o aluno desenvolva habilidades para poder interpretar, relacionar e produzir o contexto envolvido nos textos trabalhados. Os métodos que relacionam a oralidade e a audição, não são menos importantes, porém ficam para segundo plano. É neste momento, que a música tem a sua participação. Como ela também envolve o lado emocional, pois faz com que as pessoas se libertem e descontraiam, é ideal a utilização das mesmas porém não de forma habitual. [11]

O uso da música no aprendizado da língua inglês já é bastante comum, todavia, em escolas particulares, específicas de línguas. O uso nas escolas estaduais e municipais não são comuns. É neste âmbito que iremos entrar.Em pesquisa realizada pelo Ibope, obteve-se o percentual de habitantes, brasileiros, por tipos de músicas mais ouvidas. Em primeiro lugar ficou o sertanejo com 58%. Direcionando este fato ao nosso objetivo, e também há estudos que afirmam que pronuncia de palavras de outras línguas por pessoas não nativas, são mais claras e audíveis. Devendo levar em conta também um comunicação oral de quem já tem domínio total da língua, para que a turma perceba por que é fundamental compreender o que é dito e se fazer entender para estabelecer uma comunicação de fato. Desta feita, segue como sugestão as músicas interpretadas pela dupla Lu e Robertinho que mistura a música internacional (rock e o country) com o sertanejo. Ele trabalham com a técnica “Mashup”, ela uni duas música distinta em um só ritmo. A junção da tecnologia e dos ritmos músicas mais ouvidos, diversificará a aula e com certeza atingirá a expectativa do aluno século XXI. Outros trabalhos como: a produção de gravações da próprio áudio também auxiliará na pronuncia correta das palavras, propiciando a correção e ajustes da oralidade.


Considerações finais[editar | editar código-fonte]

A importância da música, nas mais diversas áreas, dos mais diferentes pontos de vista, já é pacífica. Existem povos que não possuem uma escrita elaborada, porém é incomum uma cultura não possuir nenhum tipo de manifestação musical. Mesmo no reino animal, existem animais que apresentam algum tipo de sonoridade semelhante à música, como os das aves e das baleias, que ajudam na comunicação e socialização. No âmbito escolar, a música é importante no desenvolvimento intelectual de uma criança, e pode auxiliar positivamente no aprendizado. A música pode ser um instrumento facilitador no ensino de diferentes áreas do conhecimento, bem como pode ser utilizada para promover a integração social dos alunos. No ensino da leitura e produção de texto, podemos trabalhar a leitura, a dicção, entonação de voz e expressividade, através das letras das músicas.

Considerando a importância da língua inglesa na atualidade, tanto no meio acadêmico como no profissional, torna-se interessante proporcionar ao aluno, método mais agradável de estudo, utilizando-se da música como um catalizador para acelerar o processo de aprendizagem. No entanto, o emprego da música no ensino de língua estrangeira vem sendo pouco utilizado no ensino público regular. Há diversos estudos tratando do assunto, mas a música não está sendo utilizada de forma efetiva, mesmo com leis e estudos a favor. Quando o assunto é educação, a música tem relevância apenas no ensino infantil, quando das brincadeiras lúdicas e cantigas de roda, depois, ela é colocada em segundo plano ou mesmo abandonada como método de ensino. Embora haja dispositivo legal prevendo a obrigatoriedade da música, inserida na disciplina de artes, no currículo escolar dos ensinos fundamental e médio, o que se questiona não é a eficácia desse dispositivo. Tampouco se defende o estudo da música em si, como forma de arte. O que se busca, na verdade, é a sua aplicabilidade prática em outras disciplinas, como instrumento de despertar do interesse do aluno. Para tanto, o professor pode estimular esse interesse através da música de maior preferência e aceitação dos jovens, que regionalmente, é a música sertaneja. Lembrando que a música sertaneja já promove a integração de culturas, quando faz com que o mundo rural transponha os limites das fazendas e chegue nas cidades, influenciando as pessoas a ponto de adotarem no cotidiano urbano o rural, seja no vestuário, seja frequentando rodeios. Empregado com originalidade, o uso desse estilo musical em específico, haveria de ser mais um instrumento aliado do professor na difícil tarefa de estimular o interesse e alcançar a receptividade dos alunos.

Utilizar uma música apreciada pelos alunos ajuda a quebrar a resistência em algumas matérias classificadas como “chatas”. A música então, está de forma intrínseca relacionada com a cultura e o modo de viver de uma sociedade, em determinado tempo e local, havendo infinitas possibilidades, do ponto de vista pedagógico, na análise da letra de uma música que retrata os costumes, pensamentos e cultura de uma época, tanto do ponto de vista histórico, cultural, geográfico, como ortográfico, semântico, interpretativo. A música, segundo Carlos Dorlass, nos ensina a escutar. Hodiernamente, existe um certo egoísmo que nos faz querer expor nossas ideias, esquecendo dessa atitude tão importante na comunicação: escutar. Como se não bastasse, a música possui o dom de unir as pessoas, quebrando barreiras de preconceitos, fator muito importante em um país como o Brasil, caracterizado por sua diversidade social e cultural. Desse modo, vivendo em um país multicultural, em que a sociedade sofre transformações dinâmicas e a cultura está em constante evolução, a educação, inevitavelmente, precisa adaptar-se também a essas mudanças, daí a importância de elucidar os educadores da força que a música emana e das possibilidades de estudo que pode ser desempenhado através da música, fazendo com que o ensino-aprendizagem seja mais dinâmico e prazeroso para professores e alunos, tornando o estudo diferenciado.


Referências[editar | editar código-fonte]