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Historia de Ilhéus[editar | editar código-fonte]

Na década de 1920, Ilhéus fervilhava de pessoas, de dinheiro, de luxo e riqueza, o comercio se expandia. Neste contexto foi construído o prédio do "Ilhéos Hotel", o primeiro com elevador no interior do Nordeste, uma obra ainda hoje imponente, e o Teatro Municipal, na época, considerado um dos mais bem aparelhados do interior do Nordeste e fora das capitais. Ilhéus era o porto e entreposto comercial da região cacaueira, sempre primou pelo bom gosto e pelo requinte, e tendo muita ligação com a então Capital Federal, a cidade do Rio de Janeiro, e também com a Europa. Em 1921, quando inaugurou sua casa, o coronel Misael Tavares ofereceu um banquete, com o cardápio do jantar em francês. Era comum as famílias possuírem pianos, muitas vezes até de cauda, em suas casas e até fazendas. Tudo vinha da Europa em navios.[1]

A exportação de cacau era um problema, pois era realizada pelo porto de Salvador, dificultando o embarque, e acarretando perdas na qualidade e no peso. Em 1924, os cacauicultores iniciaram a construção do porto de Ilhéus com recursos próprios, e em 1926 a exportação do cacau começou a ser realizada na cidade, atraindo com isso a presença de estrangeiros e um intercâmbio cultural com países da Europa. Nesta época, vinham dançarinas, mágicos e também aventureiros para divertir as pessoas que possuíam dinheiro.[1]

No dia 15 de fevereiro de 1928 foi inaugura a Usina Vitoria de Hugo Kauffman&Co, primeira indústria de beneficiamento do cacau da região. Neste mesmo ano, foram inauguradas a rodovia Ilhéus-Itabuna (em 1º de março), com a presença do Governador Góes Calmon, e a primeira agência do Banco do Brasil (15 de outubro). Embora, o preço do cacau tenha começado a cair, a cidade de Ilhéus continuava a prosperar. Em 1931 por decreto têm-se a criação do Instituto do Cacau com o objetivo de amparar a lavoura cacaueira.

A cidade era movimentada, Uma época de muito dinheiro, luxo e desmandos. Haviam cabarés, clubes noturnos, casinos: o mais famoso o Bataclan, período retratado em alguns dos romances de Jorge Amado. O grande fluxo financeiro originado pela produção e exportação do cacau, deu origem a peculiaridades no desenvolvimento da região da Costa do Cacau, região geoestratégica da Bahia. O desenvolvimento da produção e a busca por melhor qualidade desta commodity levaram as lideranças regionais e os produtores a criar a Comissão Executiva de Desenvolvimento da Lavoura Cacaueira, hoje órgão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, com um importante centro de pesquisa, o Centro de Pesquisas do Cacau.

A demanda regional por educação superior, buscada nas década de 1940 e 1950 em Salvador, principalmente pelos filhos dos "coronéis do cacau", gerou o anseio pela implantação de faculdades e instituições de ensino superior na região.Em 1940 a 15 de dezembro diplomava no Ginásio Municipal a primeira turma de bacharéis em ciências e letras. A Universidade Estadual de Santa Cruz é fruto desta demanda. Sendo, hoje, referência nordestina na formação de nível superior, firma-se como importante instituição de produção científica no nordeste, a segunda da Bahia, somente superada pela Universidade Federal da Bahia. Em 1943 a companhia Viação Sul Baiano inicia as obras de retificação da rodovia Ilhéus- Itabuna construindo uma variante entre Fundão-Banco da Vitoria (o Banco da Vitoria foi criado em 1830).

Com a presença do Governador Lomanto Junior em 31 de Julho de 1964 inaugura a central automoatica da companhia telefônica sulbaiana (TeleSul).Em março do mesmo ano já entrava em funcionamento o terminal marítimo da Petrobras.Nesta década Ilhéus já provinha de Faculdade de Direito , subdelegacia regional de departamento da Policia Federal e diversos bancos.[1]

Em 1951 é inaugurada a maternidade Santa Isabel , obra de mais alta significação no setor de assistência social.Em 1955 a reabertura do porto a navios grandes depois de realizados trabalhados de drenagem no canal da Barra.Nos primeiros meses de 1958 ampliava-se a luta em busca de uma solução definitiva ao porto que a apesar da drenagem não comportava navios de grande porte.Inicia-se a luta pela construção de um novo porto que iniciou obras junto com as obras do aeroporto.

Em 15 de agosto de 1966 uma das maiores festas ocorria: a inauguração da ponte Ilhéus - Pontal , reivindicação de mais de cinquenta anos .No final da década de 1960 e inicio da década de 1970 a CEPLAC permitia a cacauicultura alcança excelentes resultados mas o aumento dos preços internacionais as melhorias não provocam reflexos positivos na vida econômica de Ilhéus devido aos compromissos acumulados em consequência das pequenas colheitas de vários anos.

A cidade de São Jorge dos Ilhéus fica situada em local privilegiado. Recortada por muita água, sua chegada por avião é muito bonita e emocionante podendo ser pelo lado do rio ou da praia. O centro da cidade fica localizado numa ilha formada pelos rios Almada, Cachoeira e Itacanoeira (ou Fundão) e ainda pelos canais Jacaré e Itaípe. Este último, construído no final do século XVIII pelo engenheiro naval François Gaston Lavigne, oficial do exército de Napoleão. Este canal foi construído para facilitar a passagem das canoas que traziam cacau da região do rio Almada para o embarque no porto. Este último rio tem seu início em uma lagoa, a Lagoa Encantada, de beleza natural ímpar e elevado nível de preservação ambiental.[1]s

A partir de meados da década de 1980, a cultura cacaueira iniciou seu declínio, deixando de apresentar seu principal atrativo, o de gerar muita riqueza em pouco tempo e sem muito trabalho. A seca constante provocada pelo fenômeno El Niño, os baixos preços internacionais e, por último, uma praga denominada vassoura-de-bruxa fizeram da cacauicultura uma atividade menos rentável. Se, para uns, isto representou tristeza e angústia, para a região, oportunizou o surgimento de atividades outras que não as exclusivamente vinculadas à monocultura cacaueira, como alternativas economicamente rentáveis. Gradativamente, a atividade econômica da cidade de Ilhéus deixou de basear-se exclusivamente na agricultura, despertando sua vocação para o turismo, lazer e o setor de serviços. Paralelamente, como alternativa de desenvolvimento, foi implantado um polo industrial para a produção de equipamentos de informática, situa-se nele a Login indústria de computadores.[1]

Apesar de a infraestrutura da cidade ainda não ser a ideal, tem-se caminhado para o desenvolvimento de ações que proporcionem uma base sólida para o surgimento de uma atividade turística sustentável a médio e longo prazo. Pontos turísticos como as praias dos Milionários, Havaizinho e Olivença, os rios do Engenho e Almada com seus manguezais, a Lagoa Encantada e o próprio Centro Histórico da cidade (dentre outros) justificam plenamente uma visita a Ilhéus.[1]

  1. a b c d e f Brandão e Rosario, Arthur e Milton (1970). estórias e historias de Ilhéus. Ilhéus: Edição SBS. pp. 76 a 86