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História[editar | editar código-fonte]

Teve origem com o casamento de Dona Leopoldina de Bragança, princesa do Brasil, filha do imperador D. Pedro II do Brasil, com o príncipe Luís Augusto de Saxe-Coburgo-Gota, celebrado em 15 de dezembro de 1864[1]. Desta união foram gerados quatro filhos; entretanto, somente os dois mais velhos, Pedro Augusto e Augusto Leopoldo, permaneceram com a nacionalidade brasileira (enquanto José Fernando, de nacionalidade alemã, morreu na Áustria, aos 19 anos de idade, e Luís Gastão, também alemão, casou-se com Matilde, princesa da Baviera. Pedro Augusto não teve descendência e passou a chefia do ramo aos descendentes de seu irmão, Augusto Leopoldo, que já era falecido quando D. Pedro Augusto morreu.

Augusto Leopoldo, exilado em Viena, no Império Austro-Húngaro, casou-se em 1894 com Carolina Maria, arquiduquesa da Áustria e neta do grão-duque Leopoldo II de Toscana. Dessa união, nasceram oito filhos, dos quais a princesa Teresa Cristina (nascida em 1902) foi a única que permaneceu com a nacionalidade brasileira, bem como seus filhos.[2]

Teresa Cristina casou-se em Salzburgo com Lamoral de Taxis, barão de Bordogna e Valnigra, radicado na Itália e pertencente à família principesca de Thurn und Taxis. O barão permitiu que seus filhos fossem registrados como brasileiros,[2] para que pudessem permanecer na linha sucessória dos Braganças brasileiros. Esse casal deixou como herdeiro de seus nomes e tradições Carlos Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança.

Há que se salientar que entre os membros deste ramo não manteriam a dignidade de Dom, visto que, pelas regras nobiliárquicas luso-brasileiras, tal título não é transmitido pela via materna, no caso D. Leopoldina Teresa. Entretanto, após a morte de Dona Leopoldina, princesa do Brasil casada com o príncipe Luís Augusto de Saxe-Coburgo-Gota, seus dois primeiros filhos varões, Pedro Augusto e Augusto Leopoldo, foram levados ao Brasil para serem criados como herdeiros do trono imperial brasileiro, haja vista a dificuldade da princesa imperial, D. Isabel, para gerar filhos. Os príncipes Augusto Leopoldo e Pedro Augusto passaram a receber o tratamento de Alteza e de Dom, sendo, para todos os efeitos, príncipes do Brasil. Entretanto, tal condição fragilizou-se com o nascimento de Dom Pedro de Alcântara, primeiro varão de D. Isabel e do Conde d'Eu, e de seus irmãos. Contudo, mesmo que Pedro Augusto e Augusto Leopoldo fossem tratados como tais por aquele breve período, oficialmente, eram príncipes de Saxe-Coburgo-Gota, sem o tratamento de Dom, somente de Alteza.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. https://gw.geneanet.org/cepatri?lang=en&pz=franz+joseph&nz=von+habsburg+lothringen&ocz=0&p=leopoldina+teresa&n=de+braganca
  2. a b Lessa, Clado Ribeiro de (1951). «O Segundo Ramo da Casa Imperial e a nossa Marinha de Guerra». Revista do Instituto Historico e Geografico Brasileiro. 211: 118-133. ISSN 0101-4366