Vespasiano Ramos

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Joaquim Vespasiano Ramos
Nascimento 13 de agosto de 1884
Caxias,  Maranhão
Morte 26 de dezembro de 1916 (32 anos)
Porto Velho,  Rondônia
Nacionalidade brasileiro
Ocupação Poeta
Magnum opus Coisa Alguma (1916)

Joaquim Vespasiano Ramos (Caxias, 13 de agosto de 1884Porto Velho, 26 de dezembro de 1916) foi um poeta brasileiro.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Joaquim Ramos nasceu na cidade maranhense de Caxias em 1884 no contexto do Império do Brasil (1822–1889),[1] no então largo da igreja de São Benedito (atual praça Vespasiano Ramos), sendo filho do capitão Antônio Augusto Ramos e de Leonília Caldas Ramos.[2]

De família humilde, desde os 13 anos começou a trabalhar no comércio local, como caixeiro em uma loja.[2] Mas sempre buscando sempre o saber, foi um estudante compusivo e autodidata muito interessado pela literatura; lêu vários livros nos momentos de folga na loja, época em que escreveu os primeiros versos em papel de embrulho.[2]

Aos 16 anos já participava dos saraus e das tertúlias em companhia dos intelectuais da cidade.[2] Tornou-se um viajante compulsivo, que levaria o conhecimento a outros povos. Durante a sua vida fez viagens periódicas por quase toda a região norte e também a então capital do Brasil (1889-atual), a cidade do Rio de Janeiro.[2]

Ainda durante a juventude apaixonou-se por uma moça da família Bitencourt em Caxias, porém com esta teve uma desilusão amorosa, que o fez ir definitivamente para a poesia e para o alcoolismo.[2] Tendo assim, a angústia e o passionalismo presente em seus poemas.[2]

Publicou sua obra poética em diversos jornais e revistas de seu tempo. É autor do livro “Cousa alguma”,[1][3] publicado no ano de sua morte no Rio de Janeiro e bastante repercutido no Região Norte do Brasil.

É considerado o precursor da literatura em Rondônia e aparece no Mapa Brasileiro de Literatura como representante de Rondônia.

Em sua homenagem foi criada a medalha “Vespasiano Ramos”, como a principal insígnia outorgada pela Academia Rondoniense de Letras.

Em Porto Velho há uma rua com o seu nome. No Maranhão, uma das praças da capital recebe o seu nome, além de haver uma estátua em sua homenagem em Caxias (Maranhão), terra natal do poeta.

É patrono nas seguintes academias de letras: cadeira n° 32 da Academia Maranhense; cadeira n° 40 da Academia Paraense, e; cadeira n° 2 da Academia Rondoniense.[2]

Foi retratado em diversas biografias, sendo a mais recente lançada em 2016, ano do centenário de sua morte. Trata-se do livro “O poeta que morreu de amor”, autoria de Júlio Olivar.

Faleceu em dezembro de 1916 na cidade rondonense de Porto Velho, sendo sepultado no Cemitério dos Inocentes.[2] Em homenagem ao centenário de sua morte, seu jazigo foi restaurado e reinaugurado, sob iniciativa do então presidente da Academia Rondoniense de Letras, Júlio Olivar, em 06 de junho de 2016.[3]

Obras[editar | editar código-fonte]

Título Gênero Ano Ref
Antologia maranhense poemas 1937 [1]
Coisa alguma poemas 1916 [1]
Glorificação a Gonçalves Dias poemas; crítica, teoria; antologia [1]
Sonetos maranhenses poemas 1923 [1]

Referências

  1. a b c d e f «Vespasiano Ramos. informações sobre o escritor». Biblioteca Digital de Literatura de Países Lusófonos - Universidade Federal de Santa Catarina. Consultado em 30 de novembro de 2023 – via Núcleo de Pesquisa em Informática, Literatura e, Linguística (NUPILL-UFSC) 
  2. a b c d e f g h i Alves, Davidson Martins Viana; das Graças, Nicollas Gomes (1 de janeiro de 2021). "As Letras das Favelas: Construções e identidades insurgentes". «Estudos Linguísticos e Literários: Produção Científica de Estudantes de Letras do Brasil». XL Encontro Nacional dos Estudantes de Letras (XL ENEL). Consultado em 30 de novembro de 2023 
  3. a b «Major Amarante e Vespasiano Ramos são homenageados pela Setur com recuperação de jazigos». Tudo Rondônia. 6 de junho de 2016. Consultado em 8 de junho de 2016 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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