Wikipédia:Artigos destacados/arquivo/Noite das Facas Longas

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Hitler desfilando com a nova SA, agora liderada por Victor Lutze
Hitler desfilando com a nova SA, agora liderada por Victor Lutze

A Noite das Facas Longas foi um expurgo que aconteceu na Alemanha Nazista na noite do dia 30 de junho para 1 de julho de 1934, quando a direção do Partido Nacional Socialista Alemão dos Trabalhadores (o Partido Nazista) decidiu executar dezenas de seus membros políticos, sendo a maioria da Sturmabteilung (SA), uma organização paramilitar do partido.

Adolf Hitler revoltou-se contra o líder das SA, Ernst Röhm, pois este ansiava em transformar seus liderados (que já contavam com três milhões de integrantes, chamados de camisas pardas) no embrião do futuro exército da Alemanha Nazista e via o uso da violência nas ruas como melhor modo de disciplina, algo totalmente contra o regime que Hitler queria impor na sociedade alemã. Além disso, os interesses de Röhm iam de encontro aos da Reichswehr, o exército alemão do período entre-guerras, cujos oficiais — em especial o marechal Paul von Hindenburg, presidente da nação na época — não toleravam a figura de Röhm, em razão de sua homossexualidade, fraqueza a vícios e o medo de que Röhm viesse a tentar derrubar o regime nazista, podendo assim criar uma revolta no povo alemão e conseqüentemente a queda de Hitler.

Com isso, Hitler, chanceler da Alemanha nomeado por Hindenburg, decidiu não entrar em choque com o poder político dos militares e, ao invés disso, fazer um expurgo contra as autoridades máximas da SA e seus inimigos políticos. Antes do seu acontecimento, o evento foi classificado com o codinome "colibri" (em alemão: Kolibri), que se tornou palavra-chave para iniciar a operação. A frase "Noite das facas longas" origina-se de um verso de uma canção das SA, e significa massacre. (leia mais...)