Xavier Pinheiro

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Xavier Pinheiro
Informação geral
Nome completo Henrique Xavier Pinheiro
Local de nascimento Salvador, Bahia
 Brasil
Nacionalidade brasileira
Gênero(s) MPB
Ocupação(ões) compositor e violonista
Outras ocupações marinheiro
Gravadora(s) Parlophon, Odeon

Henrique Xavier Pinheiro (Salvador, Bahia) foi um compositor e violonista brasileiro.[1]

Foi marinheiro antes de ir para o Rio de Janeiro tentar a vida como artista.[1]

Carreira musical[editar | editar código-fonte]

Xavier Pinheiro foi um violonista muito solicitado para gravações, emissões de rádio e espetáculos, tocando exclusivamente música portuguesa.[1] Acompanhou no violão gravações de Carlos Campos (os fados "Duas almas" e "Variações em lá menor", em 1931, a valsa "Lágrimas de amantes" e o tango "Fernanda", em 1932), Manoel Monteiro (diversos fados em 1934 e 1937) e José Lemos (a marcha "Romaria ao Senhor da Pedra", 1937). Xavier Pinheiro costumava se apresentar em bailes e teatros junto do violonista português Antonio Francisco da Conceição, sendo reconhecido como "apreciado violinista",[2] "grande tocador",[3] "rei da viola",[4] "príncipe da viola"[5] e "exímio na sua arte".[6]

Suas composições foram interpretadas por Luiz Gonzaga (a polca "Segure a polca", em 1941, e a valsa "Yvonne", em 1943), Amílcar Nogueira (o fado "Os dois velhinhos", 1946), Jacob do Bandolim (a valsa "Elza", 1956) e Carim Mussi ("Elza", 1968).[1]

Xavier Pinheiro foi quem abriu as portas da carreira musical a Luiz Gonzaga, com quem formou uma dupla e realizou apresentações no início da década de 1930 no Mangue, zona de prostituição do Rio de Janeiro.[1][7]

Discografia[editar | editar código-fonte]

Uma lista de seus discos de 78 rotações inclui:[1]

  • Vasco da Gama/Elza (Parlophon, 1929)
  • Saudades de Portugal/Fado da Conceição (com A. F. da Conceição, Parlophon, 1929)
  • Minas Gerais/Alice (com A. F. da Conceição, Parlophon, 1930)
  • Estou sozinho (Parlophon, 1930)
  • Recordações de Helena (com A. F. da Conceição, Parlophon, 1931)
  • Fado tondella (Parlophon, 1931)
  • Lisboa-Rio/Choro dos navegantes (Odeon, 1934)
  • Marcha dos poveiros/Lenir (Odeon, 1935)
  • Campista/Esmeralda (Odeon, 1935)
  • Marcha triunfal/Bandeirante (Odeon, 1935)

Referências

  1. a b c d e f «Xavier Pinheiro». Cravo Albin da MPB. Consultado em 7 de dezembro de 2014 
  2. «Pelos clubs - Salão Theatro da Resistencia». A Noite. 11 de abril de 1928. Consultado em 19 de junho de 2023 
  3. «Palcos e salões - "As Pupillas do Sr. Reitor" e Zulmira Miranda no Theatro Republica». Jornal do Brasil. 11 de julho de 1929. Consultado em 19 de junho de 2023 
  4. «Theatro Republica». Jornal do Brasil. 13 de julho de 1929. Consultado em 19 de junho de 2023 
  5. «As brilhantes festas portuguezas de Santo Antonio, S. João e S. Pedro no campo da rua do Riachuelo». Jornal do Brasil. 1 de julho de 1930. Consultado em 19 de junho de 2023 
  6. «Outro conflicto no Mangue - Dois homens feridos a bala - Um delles é conhecido violonista». A Noite. 28 de julho de 1930. Consultado em 19 de junho de 2023 
  7. Aguiar, Ronaldo C. (2013). Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga - O Rei do Ritmo e o O Rei do Baião. Rio de Janeiro: Casa da Palavra. pp. 295–296. ISBN 9788577343980 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.