Design de interação
Design de interação é uma área do design especializada no projeto de artefatos interativos, como websites, PDAs, jogos eletrônicos e softwares.[1]:xxxi,1 Autores e profissionais da área referem-se a este por meio dos acrônimos "iD" ou "IxD" (do inglês, Interaction Design) ou "DxI" (do português, Design de Interação).
O foco da pesquisa e do estudo em Design de Interação são as relações humanas tecidas através dos artefatos interativos, que funcionam também como meios de comunicação interpessoal.
O Design de Interação tornou-se motivo de estudos em grandes universidades dos Estados Unidos, como o MIT, a Carnegie Mellon University, a Savannah college of art and design, o Institudo Ivrea de design de interação, a Universidade de Iorque e o Royal College of Art. No Brasil, pós-graduações homônimas são oferecida pela PUC Minas (Belo Horizonte - MG), Instituto Faber-Ludens de Design de Interação (Curitiba - PR) e Universidade Positivo (Curitiba - PR). Já a PUC-SP(São Paulo) é a primeira instituição a oferecer a primeira graduação de Bacharelado em Design com linha de formação em Design de Interação no Brasil.
Definição
[editar | editar código-fonte](A definição de trabalho abaixo foi baseada na lista de discussão Interaction Designers.)
Design de Interação é uma vertente do design cuja filosofia prega o desenvolvimento de projetos a partir da aplicação de conceitos construídos com base na observação das experiências e de testes com usuários.
Sua aplicação visa a melhoria da relação homem-máquina, já que o sucesso de um produto no mercado depende muito da experiência interativa que ele pode proporcionar.
Estes são alguns benefícios:
- Adequar respostas do sistema às entradas do usuário
- Balancear interação e funcionalidade
- Prevenir erros do usuário
Aplicando estes conhecimentos, os designers de interação criam produtos e serviços de maior (usabilidade) sob o conceito do Design Centrado no Usuário, levando em conta os objetivos, funções, experiências, necessidades e desejos destes.
Visando o equilíbrio entre os anseios dos usuários, os negócios dos clientes e as possibilidades tecnológicas, os designers de interação superam desafios complexos e criam produtos e serviços inovadores.
Estes designers quase sempre trabalham em conjunto com especialistas em design gráfico, design de informação (ou arquitetura da informação), design industrial baseando-se em pesquisas sobre usuários (usabilidade), podendo atuar em mais de uma dessas atividades simultaneamente. Mas seu principal objetivo sempre é proporcionar a máxima interatividade do produto.
Designers de interação avançam explorando paradigmas e tirando proveito dos avanços tecnológicos. Enquanto a capacidade e complexidade dos dispositivos evoluem, estes profissionais tem um papel importante na consolidação da tecnologia como um grande benefício para as pessoas.
Perfil do Profissional
O designer de interação, na visão de Dan Saffer (USA), deve possuir sete atitudes:
- Focar sempre no usuário – Saber entender o usuário é a chave do sucesso no design de interação, e a melhor forma de entendê-lo é questionando suas escolhas e observando suas ações.
- Encontrar boas soluções – Desenvolver novos produtos e serviços implica criar as escolhas. Quando se tem duas opções, deve-se buscar sempre uma terceira.
- Gerar muitas ideias e buscar uma prototipação rápida – Designers encontram suas soluções através da geração de muitas ideias. Para tangibilizar essas ideias, devem procurar montar protótipos rápidos, pois assim péssimas ideias são descartadas rapidamente após os primeiros testes.
- Saber trabalhar de forma colaborativa – O design como ciência não está só, ele dialoga com vários campos do conhecimento humano. E o designer, da mesma forma, não deve se isolar. Ele deve trabalhar de forma colaborativa e utilizando vários recursos tecnológicos de comunicação.
- Criar soluções apropriadas – O designer deve criar soluções apropriadas para determinado contexto em que os usuários estão inseridos. O contexto de uso do objeto ou do serviço deve estar em conformidade com o contexto histórico-social em que o indivíduo está inserido.
- Desenvolver com um amplo campo de influências – A interdisciplinaridade deve fazer parte do dia a dia do designer de interação e com isso ele deve se inspirar na busca por novas soluções.
- Saber incorporar a emoção para seus projetos – O aspecto emocional dentro do desenvolvimento de um produto é o elo entre as pessoas e os aparatos tecnológicos. Produtos sem o componente emocional estão desconectados das pessoas e são produtos sem vida.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ Cooper, Alan; Reimann, Robert; Cronin, Dave (2007). About Face 3: The Essentials of Interaction Design. Indianapolis, Indiana: Wiley. 610 páginas. ISBN 978-0-470-08411-3. Consultado em 18 de julho de 2011