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A Bolha: diferenças entre revisões

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Com a fama adquirida no show com Gal Costa e também no festival, são chamados por um produtor da CBS pra tocar no novo [[LP]] de [[Gileno|Leno]].<ref name="entrevista1"/> Este produtor era ninguém menos do que [[Raul Seixas]] que trabalhava na gravadora nesta época. Eles foram a banda da gravação do álbum [[Vida e Obra de Johnny McCartney]],<ref name="entrevista1"/> que teve várias faixas censuradas pelo governo militar, acabando sendo lançado na época apenas um compacto duplo com 4 faixas. Apenas em 1995, Leno lançou o álbum como fora previsto na época.<ref name="www.jovemguarda.com.br">http://www.jovemguarda.com.br/artigos-leno.php</ref>
Com a fama adquirida no show com Gal Costa e também no festival, são chamados por um produtor da CBS pra tocar no novo [[LP]] de [[Gileno|Leno]].<ref name="entrevista1"/> Este produtor era ninguém menos do que [[Raul Seixas]] que trabalhava na gravadora nesta época. Eles foram a banda da gravação do álbum [[Vida e Obra de Johnny McCartney]],<ref name="entrevista1"/> que teve várias faixas censuradas pelo governo militar, acabando sendo lançado na época apenas um compacto duplo com 4 faixas. Apenas em 1995, Leno lançou o álbum como fora previsto na época.<ref name="www.jovemguarda.com.br">http://www.jovemguarda.com.br/artigos-leno.php</ref>


Ainda em 1971, participam do [[Festival Internacional da Canção|VI Festival Internacional da Canção]] defendendo a música 18:30 de [[Eduardo Souza Neto]] e [[Geraldo Carneiro]].<ref name="entrevista1"/> Como era comum na época, era lançado um compacto com as músicas concorrentes no festival e a banda aproveitou e incluiu ''Sem Nada'' no lado A e ainda ''Os Hemadecons Cantavam em Coro Chôôôô'' no lado B. O compacto foi lançado pela gravadora [[Top Tape]].<ref name="SenhorF"/> Também participaram da gravação do compacto duplo de Gal Costa, Gal, em duas músicas: ''Zoilógico'' e ''Vapor Barato''.
Ainda em 1971, participam do [[Festival Internacional da Canção|VI Festival Internacional da Canção]] defendendo a música 18:30 (Parte 1)Os Hemadecons Cantavam em Coro Chóóóóóóó'', de [[Eduardo Souza Neto]] e [[Geraldo Carneiro]].<ref name="entrevista1"/> A música foi incluída no lado B de um compacto simples lançado pela Top Tape (número de catálogo 0100) e que tinha no lado A "Sem Nada", de Pedro Lima, disco este produzido por Ademir Lemos. Ambas as gravações foram incluídas na reedição em CD do LP de 1973, "Um Passo à Frente", originalmente lançado pela gravadora Continental e reeditado pelo selo paulista Progressive Rock, em 1993. Também participaram da gravação do compacto duplo de Gal Costa, Gal, em duas músicas: ''Zoilógico'' e ''Vapor Barato''.


===Gravações dos álbuns próprios e término===
===Gravações dos álbuns próprios e término===

Revisão das 00h44min de 3 de setembro de 2011

A Bolha
Informação geral
Origem Rio de Janeiro
País  Brasil
Gênero(s) Rock
Rock Progressivo
Hard Rock
Rock Psicodélico
Período em atividade 19651970 (como The Bubbles)
1970 - 1978 (como A Bolha)
2004 - 2006
Gravadora(s) Musidisc
Top Tape
Continental
Som Livre
Groovie Records
Afiliação(ões) A Cor do Som, Herva Doce, Roupa Nova, Hanói-Hanói, Bixo da Seda, Gal Costa, Leno, Márcio Greyck, Raul Seixas e Erasmo Carlos
Integrantes Arnaldo Brandão, Gustavo Schroeter, Pedro Lima e Renato Ladeira.
Ex-integrantes César Ladeira, Johnny, Lincoln Bittencourt, Marcelo Sussekind, Ricardo, Ricardo Reis, Roberto Ly e Sérgio Herval.

A Bolha é uma banda de rock brasileira formada em 1965 no Rio de Janeiro, com o nome The Bubbles. Participou ativamente do circuito de bailes, programas de rádio e de tv que existia na capital carioca naquela época.[1] No início tocavam apenas covers ou versões de canções e bandas de sucesso da Europa e dos Estados Unidos, mas, no início dos anos 70, passaram a compor canções próprias[1] e chegaram a gravar dois álbuns, em 1973 e 1977. Encerraram as atividades em 1978, mas voltaram a ativa em 2007, chegando a gravar um novo álbum, para então pararem novamente.

Tocaram como banda de apoio para Gal Costa, Leno, Márcio Greyck, Raul Seixas e Erasmo Carlos. Seus integrantes deram origens a várias bandas que fariam sucesso na década seguinte como Herva Doce, Roupa Nova e Hanói-Hanói.

Histórico

Jovem Guarda

Criada em 1965 pelos irmãos César e Renato Ladeira, filhos da atriz Renata Fronzi e do radialista César Ladeira,[2] que tocavam guitarra solo e ritmo, respectivamente, juntamente com Ricardo no baixo e Ricardo Reis na bateria. A participação de Ricardo no baixo durou apenas algumas semanas devido a diferenças de visão sobre a banda.[1] Lincoln Bittencourt foi recrutado para o baixo[1] e, com essa formação, são convidados pela gravadora Musidisc[3][2] a registrar um compacto simples com duas versões de músicas de sucesso: Não Vou Cortar o Cabelo, versão de "Break It All" da banda uruguaia Los Shakers, no lado A e Por Que Sou Tão Feio, versão do hit "Get Off Of My Cloud" dos Rolling Stones, no lado B. O convite se deu nos bastidores da gravação de um programa de tv e o compacto que se seguiu não fez muito sucesso devido a falta de divulgação por parte da gravadora e da banda.[1]

Em 1968, são convidados por seu amigo Márcio Greyck para serem a banda de apoio na gravação de um álbum.[2] O álbum é lançado em agosto de 1968[4] e abre portas para a banda, gerando o interesse da PolyGram em lançar um compacto com versões de duas canções dos Beatles extraídas do álbum branco, Ob-La-Di, Ob-La-Da e Honey Pie.[2] Esse compacto, assim como outros gravados entre 1966 e 1969 para as gravadoras Musidisc e PolyGram, não foi lançado na época, vindo a luz apenas em 2010 através de uma coletânea lançada no mercado europeu pela Groovie Records.[5]

Ainda em 1968, César decide deixar a banda para se dedicar aos estudos, abandonando a carreira artística.[2][1] Também Lincoln e, posteriormente, Ricardo deixariam a banda.[1] Para o lugar deles, entram na banda Pedro Lima na guitarra solo, Arnaldo Brandão no baixo e Johnny na bateria.[1] Com essa formação, o som da banda fica mais pesado, passeando por Cream, Jimi Hendrix, Led Zeppelin, Grand Funk Railroad e Black Sabbath[3] mas, ainda assim, continuam como uma das grandes sensações do circuito de bailes de fim de semana carioca, chegando a tocar para mais de cinco mil pessoas.[3][1]

César Ladeira, que havia deixado a banda em 1968, passou a estudar cinema e trabalhar junto com o avô, o diretor Adhemar Gonzaga, como assistente de direção.[1] César, então, chama o The Bubbles para tocar no filme Salário Mínimo, de 1970.[2] A banda participa com a canção de abertura do filme, dublando outra em uma cena e, ainda, com uma canção que toca numa boate em outra cena, todas de autoria do guitarrista Pedro Lima.[2] Em 1970 ainda ocorreria mais uma mudança de formação: Johnny sai e dá lugar a Gustavo Schroeter na bateria.[6]

Mudança de rumos

Em 1970, foram convidados por Jards Macalé para acompanhar Gal Costa em um show que ela iria fazer na boate Sucata.[2] O show tinha cenário de Hélio Oiticica, contava com a participação de um naipe de metais e de grandes músicos, como: Naná Vasconcelos, Márcio Montarroyos, Íon Muniz e Zé Carlos.[1] A recepção de público e crítica para a banda foi excelente, sendo classificada, anos depois, como "inesperada" por Renato Ladeira.[2]

Este sucesso renderia um convite para que Pedro, Arnaldo e Gustavo acompanhassem Gal em apresentações ao vivo e aparições na tv em Portugal, como o programa de Raúl Solnado gravado no teatro Monumental de Lisboa.[2][1][6] Depois do programa, os três acompanharam Gal Costa até Londres para visitar Caetano Velloso e Gilberto Gil que estavam exilados e morando na capital inglesa.[3] Ficaram uns dias na casa de um brasileiro que conheceram por lá, até se encontrarem todos de novo para participar do Festival da Ilha de Wight.[6] Foram todos para assistir aos shows, mas, no acampamento do local, faziam jams acústicas que chamavam a atenção de todos a volta.[6] Gustavo gravava tudo com um gravador de bolso e, um dia, Pedro pegou as fitas e mostrou para o pessoal da organização do festival.[6] Todos foram convidados para tocar em um dos palcos alternativos ao principal, de forma acústica mesmo.[6] Assistiram a The Who, The Doors, Sly and the Family Stone, Ten Years After (grupo de Alvin Lee), Chicago, Jethro Tull e Jimi Hendrix. Ainda passariam por Paris alguns dias depois e veriam Rolling Stones e Eric Clapton.[6]

Após essa experiência na Europa, os três voltam para o Brasil e contam para Renato a decisão de seguir outro caminho, fazer música própria, em português, e parar de fazer covers e versões já que, segundo Gustavo, "não dava para fazer igual" a esses caras.[6] Passam a compor e ensaiar um novo repertório, próprio, e mudam o nome para A Bolha.[2] Emblemático foi um show que fizeram logo que voltaram do festival (no ginásio do clube Tamoios em Niterói[6] ou no Clube Mauá em São Gonçalo[1]), no qual tocaram apenas o repertório próprio e o público foi saindo no decorrer do show. A partir desse evento decidem fazer uma mudança mais paulatina, inserindo músicas próprias no repertório antigo.[1][6]

O primeiro grande teste para o novo repertório foi a participação da banda no Festival de Verão de Guarapari, em fevereiro de 1971. A apresentação deles, assim como todo o festival, foi recheada de problemas.[1][2] A mesa de som foi instalada atrás do palco, houveram problemas com o governo militar da época e a banda experenciou problemas com os técnicos de som que desligavam o som toda vez que Renato Ladeira girava o microfone imitando o Roger Daltrey do Who.[1][2]

Com a fama adquirida no show com Gal Costa e também no festival, são chamados por um produtor da CBS pra tocar no novo LP de Leno.[2] Este produtor era ninguém menos do que Raul Seixas que trabalhava na gravadora nesta época. Eles foram a banda da gravação do álbum Vida e Obra de Johnny McCartney,[2] que teve várias faixas censuradas pelo governo militar, acabando sendo lançado na época apenas um compacto duplo com 4 faixas. Apenas em 1995, Leno lançou o álbum como fora previsto na época.[4]

Ainda em 1971, participam do VI Festival Internacional da Canção defendendo a música 18:30 (Parte 1)Os Hemadecons Cantavam em Coro Chóóóóóóó, de Eduardo Souza Neto e Geraldo Carneiro.[2] A música foi incluída no lado B de um compacto simples lançado pela Top Tape (número de catálogo 0100) e que tinha no lado A "Sem Nada", de Pedro Lima, disco este produzido por Ademir Lemos. Ambas as gravações foram incluídas na reedição em CD do LP de 1973, "Um Passo à Frente", originalmente lançado pela gravadora Continental e reeditado pelo selo paulista Progressive Rock, em 1993. Também participaram da gravação do compacto duplo de Gal Costa, Gal, em duas músicas: Zoilógico e Vapor Barato.

Gravações dos álbuns próprios e término

Após quase um ano sem tocar em lugar nenhum,[7] em 1973 lançam seu primeiro álbum, Um Passo à Frente, pela gravadora Continental. O álbum traz músicas com um toque mais progressivo, chegando algumas a ter dez minutos de duração. O álbum não foi bem recebido pelo público, tendo vendagem pequena.[1][2][6]

No ano seguinte, participam da gravação do primeiro compacto duplo de Raul Seixas com Não Pare na Pista, Trem das Sete, Como Vovó já Dizia e Se o Rádio Não Toca, tocando em Não Pare na Pista e Como Vovó já Dizia.[8] Como as coisas esfriaram e ficaram meio fracas, Gustavo Schroeter foi para o Veludo e Arnaldo Brandão saiu da banda. Entram Sérgio Herval, na bateria, e Roberto Ly, no baixo. Com esta formação, participam do festival Banana Progressiva, em 1975.[1] Ainda em 1975, Renato Ladeira deixa a banda para tocar no Bixo da Seda e para o seu lugar é escolhido Marcelo Sussekind.[2]

Em 1977 gravam o seu segundo disco, É Proibido Fumar cujo som marca uma volta ao rock clássico e ao hard rock, mais próximo do som da Jovem Guarda.[1] Renato Ladeira participaria do disco apenas como compositor.[2] A seguir realizam uma turnê abrindo para Erasmo Carlos sendo que, na sequência, tocavam como banda de apoio do artista.[2] Esta turnê contou com a volta de Renato Ladeira nos teclados, tornando a banda um quinteto.[2] Durante a turnê a banda grava o álbum novo de Erasmo, Pelas Esquinas de Ipanema, que sairia em julho de 1978. Logo após o fim da turnê, a banda encerra as suas atividades.

Vários componentes de A Bolha tocaram com músicos famosos da MPB, como Caetano Veloso e Raul Seixas. Além disso outros grupos surgiram a partir da desfragmentação, como A Cor do Som, Herva Doce, Outra Banda da Terra (que acompanhou Caetano Veloso), Roupa Nova e Hanói-Hanói, entre outros.

Lançamentos nos anos 2000

Em 2004, o diretor José Emílio Rondeau convidou Renato Ladeira para ser diretor artístico do seu novo filme, 1972.[2] Renato mostrou algumas músicas que haviam sido censuradas no início dos anos 70 e o diretor se interessou, então ele chamou seus velhos companheiros de banda para gravarem aquelas músicas para o filme.[6] Da reunião acabou surgindo a vontade de gravar um novo disco com aquele material e mais alguns covers, gerando o álbum É Só Curtir, de 2006, pela gravadora Som Livre. Apesar do lançamento do disco, a banda não chegou a sair em turnê.

Em 2010, saiu uma coletânea com todos os singles da banda no mercado europeu, tanto os dois lançados como outros que apenas foram gravados, The Bubbles - Raw and Unreleased, pela Groovie Records.[8]

Formações

Ver artigo principal: Lista de formações de A Bolha

Última formação

  • Pedro Lima: guitarra solo.
  • Renato Ladeira: guitarra ritmica e teclados.
  • Arnaldo Brandão: baixo.
  • Gustavo Schroeter: bateria.

Discografia

Estúdio

Compactos

  • 1966 - Não Vou Cortar o Cabelo ("Break It All") - Por que Sou Tão Feio ("Get Off of My Cloud")
  • 1971 - Sem Nada e 18:30 - Os Hemadecons Cantavam em Coro Chôôôô

Coletâneas

Trilhas sonoras

  • 1970 - Salário Mínimo com Get Out of My Land, The Space Flying Horse and Me e Flying on My Rainbow.
  • 2006 - 1972 com É Só Curtir e Sem Nada.

Participações

Ligações externas

Cliquemusic

Referências