Adutora do Algodão

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Adutora do Algodão
Localização
Localização Bahia, Brasil Editar isso no Wikidata
Tipo rede de abastecimento de água

Adutora do Algodão, oficialmente Sistema Integrado de Abastecimento de Água do Algodão (SIAA do Algodão), é o sistema de fornecimento hídrico a municípios do Alto Sertão do estado brasileiro da Bahia e que integram a sub-bacia do rio das Rãs a partir da captação de água no rio São Francisco.[1] Segundo a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) em informe publicitário, "é composto por uma estação de tratamento construída na localidade de Julião, no município de Malhada, com capacidade para tratar e distribuir 32,4 milhões de litros de água por dia ou 480 litros por segundo. O SIAA também conta com aproximadamente 350 quilômetros de tubulações de diversos diâmetros, nove grandes reservatórios e 15 estações elevatórias responsáveis por bombear a água desde a estação de tratamento até as cidades e localidades rurais atendidas".[2]

O projeto fez parte da fase II do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A primeira etapa do sistema começou a funcionar em 2012 com o objetivo de atender a 165 000 residências nas cidades de Candiba, Guanambi, Iuiu, Malhada, Matina, Palmas de Monte Alto e Pindaí através de 265 quilômetros de tubulações. Na segunda etapa, por meio de estações elevatórias efetivou-se o atendimento no segundo trimestre de 2016 a Caetité e aos povoados de Morrinhos (Guanambi) e Maniaçu (Caetité); possuía então uma vazão de 170 litros por habitante por dia. Na terceira, atendeu a Lagoa Real e ao distrito de Ibitira, em Rio do Antônio.[1][3] No discurso de inauguração, a então presidenta Dilma Rousseff ressaltou suas origens na região: "Meu bisavô, que chamava... o apelido dele era Dudu, saiu daqui de Caetité e foi para Minas Gerais, que é aqui pertinho, e foi morar lá em Paracatu, e aí nasceu o meu avô", e ressaltou a importância do desenvolvimento do estado: "a Bahia é o maior estado aqui do Nordeste, é um dos maiores estados do país. Sem a Bahia, o Brasil também não se desenvolve".[4]

No caso de Caetité, dada a sua localização na Serra Geral, com altitude a partir de 825 metros, a situação decorrente das mudanças climáticas levou, a partir de 2009, à adoção de racionamentos por parte da Embasa, fazendo com que o projeto fosse acelerado a fim de suprir a cidade do fornecimento que suas próprias reservas não eram mais capazes de sustentar.[3] Em 2021 o então gerente da Embasa em Caetité, Manuel Mateus, informou que o sistema requeria uma operação cuja complexidade exigia a presença de técnicos especializados, sendo "um marco para Embasa do ponto de vista dos investimentos realizados, bem como da engenharia envolvida na implantação e funcionamento”.[2]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b Carlos Magno Santos Clemente; Alecir Antônio Maciel Moreira (2022). «Vulnerabilidade natural a perda do solo no semiárido da Bahia». UNESP. Consultado em 12 de fevereiro de 2024. Cópia arquivada em 30 de maio de 2023 
  2. a b Embasa (2 de junho de 2021). «Adutora do Algodão garante água de qualidade para municípios do Sertão Produtivo (informe publicitário)». G1. Consultado em 13 de fevereiro de 2024. Cópia arquivada em 2 de junho de 2021 
  3. a b Vagner Santos Dantas de Almeida; Manoel Alves de Oliveira (2019). «Abastecimento de água na cidade de Caetité entre 2012 e 2016: influência de aspectos naturais e implantação da adutora do algodão» (PDF). GEOPAUTA, vol. 3, núm. 1, pp. 47-60. Consultado em 12 de fevereiro de 2024. Cópia arquivada (PDF) em 13 de fevereiro de 2024 
  4. Dilma Rousseff (9 de novembro de 2012). «Discurso da Presidenta da República, Dilma Rousseff, durante cerimônia de inauguração do sistema adutor da região de Guanambi - Adutora do Algodão». Presidência da República do Brasil. Consultado em 17 de fevereiro de 2023. Cópia arquivada em 17 de fevereiro de 2024 
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