Afonso de Castelo Branco
Afonso de Castelo Branco | |
---|---|
Bispo da Igreja Católica | |
Retrato de D. Afonso de Castelo Branco | |
Ordenação e nomeação | |
Ordenação episcopal | por Cardeal D. Henrique |
Brasão episcopal | |
Dados pessoais | |
Nascimento | Santiago do Cacém, Portugal 1522 |
Morte | Coimbra, Portugal 12 de maio de 1615 (-66 anos) |
Progenitores | Mãe: Guiomar Dias Pai: António de Castelo Branco, Deão da Capela Real |
Funções exercidas | Bispo do Algarve (1581-1585) Bispo de Coimbra (1585-1615) |
dados em catholic-hierarchy.org Bispos Categoria:Hierarquia católica Projeto Catolicismo |
Afonso de Castelo Branco (Santiago do Cacém, 1522 - Coimbra, 12 de Maio de 1615) foi um prelado português.[1]
Biografia
[editar | editar código-fonte]D. Afonso de Castelo Branco era filho sacrílego de D. António de Castelo Branco, Deão da Capela Real, e de Guiomar Dias, e neto paterno de D. Martinho de Castelo Branco, 2.º Senhor de juro e herdade e 1.º Conde de Vila Nova de Portimão, e de sua mulher Mécia de Noronha.[1]
Doutor em Teologia pela Faculdade de Teologia da Universidade de Coimbra.[1]
O Cardeal-Infante D. Henrique de Portugal, então 1.° e 3.° Arcebispo de Évora, nomeou-o Arcediago de Penela e seu Esmoler e Capelão-Mor.[1]
Foi 35.º Bispo do Algarve, 2.º em Faro, em 1581, e 41.º Bispo de Coimbra - 6.º Conde de Arganil de juro e herdade em 1585, sendo a sua acção muito notável. Erigiu em Faro o Palácio Episcopal de Faro e a Casa da Misericórdia, mandou reconstruir a respectiva Igreja da Misericórdia, para instalação da Irmandade, no ano de 1583, e, em Coimbra, reedificou o Palácio Episcopal de Coimbra da sua residência, o Convento de Freires de Santo Agostinho em 1593, ergueu a Igreja dos Jesuítas em 1598, hoje Sé Nova de Coimbra, e fundou, também, o Convento dos Carmelitas Descalços em 1606. Ainda fez o Coro e outras obras no Mosteiro de Celas. Nesta cidade, reuniu um Concílio Diocesano em 1591, que aprovou as Constituições Sinodais por ele instituídas.[1]
Em 1603 foi nomeado 5.° Vice-Rei de Portugal por D. Filipe II de Portugal, exonerando-se do cargo no mesmo ano, e em 1604 foi novamente nomeado 7.° Vice-Rei de Portugal pelo mesmo Rei até 24 de Maio de 1605.[1]
Foi, ainda, Professor do Real Colégio de São Paulo e Deputado da Mesa da Consciência e Ordens e Comissário da Bula da Santa Cruzada.[1]
Praticando largamente a caridade, foi, também, conhecido pelo nome de Bispo-Esmoler, tendo sido um dos que mais contribuíram para que o Túmulo da Rainha Santa Isabel fosse de prata, deixando, por sua morte, 30.000 cruzados para a Canonização da Rainha Santa Isabel e 20.000 cruzados para reparação de estradas coimbrãs, além de grandes legados para o Hospital e a Santa Casa da Misericórdia de Coimbra.[1]
Deixou manuscritos vários sermões, pastorais, etc.[1]
Protegeu grandemente homens de letras, imprimindo-lhes as obras, como fez a D. Diogo Soares de Santa Maria, Bispo Sagiense em França, a Lippomano em Itália, a Baronio, etc.[1]
Está sepultado na Sé Velha de Coimbra.[1]
Referências
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Provisão do Bispo de Coimbra, Dom Afonso de Castelo Branco, sobre a realização e custos dos ofícios de defuntos..., 1608, na Biblioteca Nacional de Portugal
Precedido por Jerónimo Osório |
Bispo do Algarve 1581 — 1585 |
Sucedido por Jerónimo Barreto |
Precedido por Gaspar do Casal |
Bispo de Coimbra-Conde de Arganil 1585 — 1615 |
Sucedido por Afonso Furtado de Mendonça |
Precedido por Cristóvão de Moura e Távora 1.º marquês de Castelo Rodrigo |
Vice-Rei do Reino de Portugal 1603 |
Sucedido por Cristóvão de Moura e Távora 1.º marquês de Castelo Rodrigo |
Precedido por Cristóvão de Moura e Távora 1.º marquês de Castelo Rodrigo |
Vice-Rei do Reino de Portugal 1604 - 1605 |
Sucedido por Pedro de Castilho Bispo de Leiria |