Ana Luiza Petrik

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Ana Luiza Petrik (Andy Petrik)
Nome completo Ana Luiza Petrik Magalhães
Nascimento 11 de abril de 1944
Porto Alegre, RS
Morte 14 de abril de 2018 (74 anos)
Rio de Janeiro, RJ
Nacionalidade brasileiro
Alma mater Faculdade de Arquitetura da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Movimento Modernismo

Ana Luiza Petrik Magalhães, conhecida também pelo pseudônimo de Andy Petrik (Porto Alegre, 11 de abril de 1944[1]Rio de Janeiro, 14 de abril de 2018) foi uma arquiteta e urbanista brasileira. Foi diretora de Urbanismo da cidade do Rio de Janeiro.[2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Sendo gaúcha, nascida em Porto Alegre, estudou no Colégio Farroupilha, onde mais tarde, já como arquiteta, Ana Luiza Petrik desenvolveria o projeto da primeira biblioteca desta unidade de ensino que seria inaugurada em 1968.[3] Em 1967 Petrik graduou-se pela Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde conheceria o seu esposo Sérgio Ferraz Magalhães, que era seu colega de turma.[4][5]

Em 1968, Andy Petrik muda-se para a cidade do Rio de Janeiro, que era o então estado Guanabara, e seria aí que ela desenvolveria sua carreira de arquiteta.[2][5] No Rio de Janeiro passou a trabalhar no escritório de vários arquitetos, tais como Severiano Mário Porto. Em parceria com Silvia Pozzana e Clóvis de Barros e Sérgio Ferraz Magalhães, seu esposo, Ana Luiza Petrik criou o escritório de arquitetura "MBPP".[2]

Com o MBPP, Petrik teve vários projetos de arquitetura premiados; os de maior relevância foram a Cidade Operária Provisória (1975), edificada no Paraná para a construção da usina de Salto Santiago e o Conjunto Habitacional Mirante da Taquara (Conjunto Habitacional do Cafundá) (1977), em Jacarepaguá, bairro do Rio de Janeiro.[2][5][6][4]

Na Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, durante as administrações dos prefeitos Cesar Maia e Luiz Paulo Conde, Ana Luiza Petrik tornou-se diretora de urbanismo do Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos (IPP). Neste cargo coordenou o projeto Rio-Cidade e o consequente novo mobiliário urbano da cidade, também orientou a reurbanização do Morro da Conceição e da Praça XV;[2] desenvolve um plano de Recuperação da Zona Portuária da cidade.[7][8]

Petrik, além da arquitetura, dedicou-se em atuar na área de saúde ao se transferir para a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro nos anos de 1980. Realizou seu mestrado em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).[1]

Faleceu em 2018 vítima de um câncer, sendo sepultada no Cemitério Memorial do Carmo, Rio de Janeiro; deixando o marido Sérgio Magalhães, três filhos e quatro netos.[2][5][5] A Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) lamentou o seu falecimento.[5]

Homenagens[editar | editar código-fonte]

Andy Petrik recebeu como homenagem póstuma pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro a denominação de um logradouro público na cidade; desde 7 de maio de 2019 a antiga "Praça 7" passou a se denominar como Praça Ana Luiza Petrik, situada no bairro do Jardim Botânico;[9]

Em dezembro de 2019, a Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos do Estado do Rio de Janeiro (Seaerj), no evento da Semana de Arquitetura e Engenharia 2019, inaugurou a exposição “Mulheres da Arquitetura e Tecnologia” em homenagem à dez grandes profissionais femininas da área; entre as quais estava Ana Luiza Petrik (Andy Petrik), juntamente com Clara Perelberg Steinberg, Olga Verjovsky, Marília da Silva Pares Regali, Ana Margarida Maria da Costa Couto e Fonseca, Elizabeth Espírito Santo, Maria Helena Falabella, Adelaide Maria Vacani Paixão, Nina Maria de Carvalho Elias Rabha e Lysia Maria Cavalcante Bernardes.[10]

Referências

  1. a b «Ana Luiza Petrik Magalhães, arquiteta e urbanista, mais conhecida como Andy Petrik». O Explorador. 16 de abril de 2018. Consultado em 27 de abril de 2024 
  2. a b c d e f «Morre arquiteta e urbanista Ana Luiza Petrik Magalhães». jornal O Globo. 15 de abril de 2018. Consultado em 27 de abril de 2024 
  3. «Empréstimo de livros na Biblioteca Manoelito de Ornellas» (132). Revista Farroupilha. Março de 2019. p. 38. Consultado em 27 de abril de 2024 
  4. a b Clarissa Tonial (outubro de 2019). «Cafundá, uma oportunidade perdida» (PDF). Docomomo Brasil. Consultado em 27 de abril de 2024 
  5. a b c d e f «Pesar Pela Morte De Ana Luiza Petrik Magalhães». Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA). 15 de abril de 2018. Consultado em 27 de abril de 2024 
  6. «Conjunto Habitacional do Cafundá» (PDF). MOM: Morar de outras maneiras; Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais. 15 de abril de 2018. Consultado em 27 de abril de 2024 
  7. «El Proyecto de la Ensenada de Gamboa» (em espanhol). p. 9. Consultado em 27 de abril de 2024 
  8. PETRIK, Ana Luiza. "Ocupação de um terminal ferroviário desativado: Projeto da Enseada da Gamboa". (1999). International Seminar on Vacant Land: challenges and oportunities. Rio de Janeiro, 26-30 de Abril de 1999. (em inglês)
  9. «DECRETO RIO Nº 45.923, DE 6 DE MAIO DE 2019». Leis Municipais. 7 de maio de 2019. Consultado em 27 de abril de 2024 
  10. Clarissa Tonial (10 de dezembro de 2019). «Exposição marca abertura da Semana de Arquitetura e Engenharia 2019». Seaerj. Consultado em 27 de abril de 2024 
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