Antonio José Ferreira Braga

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Antonio José Ferreira Braga
Nascimento 30 de dezembro de 1845
Morte 1908
Cidadania Brasil
Ocupação político

Antonio José Ferreira Braga (Macaé, Estado do Rio de Janeiro, em 30 de dezembro de 1845 - São Paulo a 18 de agosto de 1908) foi um advogado, jornalista e político brasileiro.[1]

Formou-se em Direito em São Paulo, na turma de 1869, passando em seguida a atuar como advogado. Paralelamente, atuou como jornalista, redigindo o “Ipanema”, em que Ubaldino do Amaral era colaborador (1875-1881). Foi promotor público em Brotas (1875) e voltou a Sorocaba.

Era republicano e desejava democracia à maneira da Suíça, com a consulta ao povo a todos os propósitos.

Em 1875 voltou a ser monarquista e entrou no Partido Liberal. Residia, então, à Rua das Flores, em Sorocaba, em casarão antigo de porta e oito janelas. Foi, várias vezes, Presidente da Câmara Municipal e deputado provincial. Deputado Geral na última legislatura da Monarquia, de onde o tiraram para presidir a Província do Pará, que governou durante alguns meses em 1889.

Esteve em Sorocaba de volta, a 16 de novembro de 1889. Na noite de 17 devia haver em sua honra uma grande festa, mas a companhia do teatro transformou essa homenagem em festa dedicada a honrar a República recém proclamada.

Aí Ferreira Braga aderiu, e ainda teve privilégio local como presidente da Câmara.

Levado à Constituinte Estadual de São Paulo, foi ameriquista e contrário à derrubada dos deodoristas por Floriano.

Deputado à primeira legislatura republicana (1891-92), tendeu a reagir contra o governo do marechal.

Fora deputado à Assembléia Provincial de São Paulo nas legislaturas 24ª (1880-81 – 1º Distrito), 25ª (1882-83 – 4º Distrito), 26ª (1884-85), 27ª (1886-87 – 4º Distrito), 28ª (1888-89 - 4º Distrito) e não era pequeno o seu prestígio.

Com a revolução, aparentemente, vitoriosa no Sul, veio para Curitiba oito ou dez dias antes de tomar posse no governo federalista, o que se deu a 5 de abril de 1894. Seu governo durou até primeiro de maio, o último do ciclo rebelde. Saíra às escondidas de Sorocaba por Piedade e Apiaí, contornando Pilar, S. Miguel Arcanjo e Capão Bonito.

Fora atraído ao Paraná pelo Dr. Manoel Lavrado Ferreira Braga, que era dono do jornal “A voz do Povo”. Assumiu o governo revolucionário quando este já se encontrava nos estertores, por puro idealismo político.

Após a vitória de Floriano, voltou a São Paulo e asilou-se em casa de seu genro, médico influente; pressionado pelos adversários que lhe desejavam a prisão.

Um telegrama de Pereira da Rocha e Manoel Fernandes, em 1896, explica a situação ulterior: “Supremo Tribunal Federal anulou processo do Dr. Ferreira Braga que está completamente livre”.

Assim chegou a Sorocaba, os florianistas empastelaram-lhe o jornal.

Retirou-se, então, para São Paulo, pobre e desiludido e, mais tarde, como fiscal do governo federal junto ao Ginásio de S. Bento, viveu os últimos tempos de sua vida. Escusado dizer que passou em extrema pobreza e angustiado ceticismo.

Faleceu em São Paulo, depois de haver vivido no hospital de isolamento, junto ao leito de um netinho, alguns dias amargos e angustiosos.

Referências

  1. www.casacivil.pr.gov.br. «Antonio José Ferreira Braga». Consultado em 19 de junho de 2018 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • História biográfica da república no Paraná, de David Carneiro e Túlio Vargas, 1994.