Antônio Joaquim Pereira de Magalhães

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Antônio Joaquim Pereira de Magalhães
Nascimento 24 de abril de 1784
Cidadania Brasil
Ocupação jornalista

António Joaquim Pereira de Magalhães (Cabo Verde, Minas Gerais, 24 de abril de 1784 - ?) foi um tenente-coronel da Guarda Nacional, Juiz de Paz, jornalista, proprietário rural e um dos fundadores das cidades de Machado e Muzambinho, ambas em Minas Gerais.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho de José Pereira de Magalhães e Leonor de Siqueira Gaia Pereira de Magalhães, descendia, por parte de sua mãe, do bandeirante Lourenço Castanho Taques, do Capitão-mor governador Pedro Vaz de Barros e de Luzia Leme, esta, tia do bandeirante Fernão Dias Pais. Era, ainda, pelo ramo de seus bisavós paternos - Antônio de Oliveira Setúbal e Isabel de Oliveira Colaço - primo em terceiro grau de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.

Casou-se em 1808, em Caeté, com Maria Joaquina Feliciana e foi um dos fundadores da Freguesia de São José da Boa Vista, hoje Muzambinho, conforme relata o "Almanaque Sul Mineiro" de 1874 em sua pagina 390.

Na área em que hoje se situam os municípios de Muzambinho e Guaxupé, desmembrados de Cabo Verde, Magalhães formou sua fazenda Passa Quatro, tornando-se abastado proprietário por muitos anos.[1] O censo de 1831 lhe atribuía a propriedade de 23 escravos, em Machado, e 24 em Alfenas, cidade onde, em 1817, nascera seu filho, o professor major Joaquim Leonel Pereira de Magalhães, o qual viria a casar-se, em segundas núpcias, com Ana Custódio de Moraes Navarro, irmã do Barão de Cabo Verde

Em 1º de Dezembro de 1812, o governo de Minas Gerais o nomeou capitão de ordenanças do Distrito de Machado, mais tarde denominado Santo Antônio de Machado, em sua homenagem [2]. Em 1829, o Bispado de São Paulo o autorizou a construir em Douradinho, uma capela sob a invocação do Divino Espirito Santo, sendo também de sua iniciativa a construção dos edifícios da câmara municipal e da cadeia pública de Jacuí.

Após haver atuado em dois jornais da região - o Universal e o Astro de Minas, (Arq. Pub. Mineiro, DF da Vila de S. Carlos do Jacuí - SP 1 - SP 33, cx 96, nº 79) - muda-se para as imediações de Cabo Verde e, já patenteado tenente-coronel, exerce o cargo de juiz de paz daquela cidade entre 1838 e 1839.

Encontrando-se viúvo, vende em 1858 parte de suas propriedades e, em 1865, idealiza e sugere à municipalidade de Formosa (Alfenas) a construção de um novo caminho em direção ao rio Sapucaí, doando parte de suas terras para viabilizar o projeto.

Antonio Joaquim Pereira de Magalhães era trisavô paterno de Tarcísio de Magalhães Sobrinho (o ator Tarcísio Meira), do empresário e mecenas Oscar Americano. Foi, também, trisavô materno do médico sanitarista da Rockefeller Foundation Adhemar Paoliello - que, por sua vez, era bisneto do Barão de Cabo Verde - e bisavô materno do cientista Vital Brazil.

Referências

  1. Carvalho, Adilson de A Freguesia de Nossa Senhora da Assumpção do Cabo Verde e sua História[ligação inativa].
  2. Arquivo Publico Mineiro - DF 690, fls. 148 e DF da vila de São Carlos do Jacui - SP 1 - SP 33, cx. 96, nº 79.
  • BRAZIL, Lael Vital Vital Brazil Mineiro da Campanha, uma genealogia brasileira p.130, § II.
  • Almanaque Sul Mineiro de 1874 , p. 390.
  • SOARES, Moacyr Bretas - "Muzambinho, sua história e seus homens".