Archimedes Messina

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Archimedes Messina
Nascimento 6 de junho de 1932
São Paulo, SP
Morte 31 de julho de 2017 (85 anos)
São Paulo, SP
Nacionalidade brasileiro
Profissão Jornalista e radialista

Archimedes Messina (São Paulo, 6 de junho de 1932São Paulo, 31 de julho de 2017[1][2]) foi um compositor, jornalista, publicitário e radialista brasileiro.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho de Serafim Messina e Conceição Cafisso, nasceu no bairro da Liberdade na capital paulista.

Começou como radioator e depois compositor de radionovelas, chegando a ser diretor da Rádio São Paulo em 1950. Mais tarde, passou a escrever programas de rádio. A primeira foi para o drama "Aqueles olhos azuis". Em 1957, fez a marchinha de carnaval "Faz um quatro aí", que o colega de rádio, o humorista Chocolate, gravou. Um amigo dos corredores das radionovelas, Jorge Adib, percebendo o gosto pela música e a facilidade com que compunha canções rápidas, o convenceu a sair da rádio para trabalhar com ele na Multi Propaganda. Só que Archimedes, querendo um pouco mais, aceitou o desafio proposto por Adib e foi para a agência compor jingles. Três anos depois, integrava o elenco de compositores da Sonotec, onde durante 15 anos compôs os jingles da Varig, como Urashima Tarô e do Seu Cabral além de ter composto o jingle para o Café Seleto.

Destacou-se como compositor de jingles, além de ter também feito sucessos como compositor. Messina compunha através de uma caixinha de fósforos já que não era músico profissional.[3]

Tema do Programa Silvio Santos[editar | editar código-fonte]

Em 1965, Silvio Santos procurou Messina para compor a música de abertura de seu programa. Uma semana depois Messina apresentou a gravação da música para o apresentador que iria estrear na Rádio Nacional de São Paulo.[4].[5] A música com arranjo de Renato Oliveira tornou-se tema de abertura do Programa Silvio Santos. Messina porem não recebeu os direitos autorais da música. A música-tema também serviu para embalar a rápida candidatura de Silvio Santos nas Eleições 1989. Messina entrou com ação da Justiça em novembro de 2001 contra o SBT e teve ganho de causa.[4] O SBT ficou oito anos sem tocar a música-tema de Silvio até que em 2009 voltou a tocar a música. Em 2010, o caso novamente é levado a Justiça e o SBT é condenado a pagar R$ 1.400.000,00 de indenização ao compositor e novamente o SBT não tocou mais a música-tema tendo que recorrer as outras trilhas.[6]. Em 2013 Silvio chegou a um acordo com Archimedes e em março voltou a tocar a música-tema.[7]

Morte[editar | editar código-fonte]

Archimedes faleceu em 31 de julho de 2017, aos 85 anos, após não resistir a uma ruptura no vaso do fígado.[8]

Referências

  1. Marcelo Duarte (1 de agosto de 2017). «Archimedes Messina: a morte do criador da música "Silvio Santos Vem Aí" e dos jingles do Café Seleto e da Varig». Guia dos Curiosos. Consultado em 1 de agosto de 2017 
  2. Duh Secco e Thell de Castro (1 de agosto de 2017). «Morre compositor de "Silvio Santos vem aí" e outros jingles inesquecíveis». TV Historia. Consultado em 1 de agosto de 2017 
  3. «Mestre Archimedes, com sua caixinha de fósforos». Estadão. 24 de julho de 2003. Consultado em 1 de agosto de 2017 
  4. a b Laura Mattos (16 de novembro de 2001). «SBT recorre no caso "Silvio Santos Vem Aí"». Folha. Consultado em 1 de agosto de 2017 
  5. «SBT é condenado a indenizar autor de "Silvio Santos vem aí"». Estadão. 12 de novembro de 2001. Consultado em 1 de agosto de 2017 
  6. Redação (31 de julho de 2017). «SBT terá que indenizar autor de "Silvio Santos vem aí"». Exame.com. Consultado em 1 de agosto de 2017 
  7. Mauricio Stycer (11 de março de 2013). «Silvio Santos faz acordo com autor e volta a usar o jingle de seu programa». UOL. Consultado em 1 de agosto de 2017 
  8. Felipe Pinheiro (1 de agosto de 2017). «Morre o criador do jingle "Silvio Santos vem aí" aos 85 anos». UOL. Consultado em 1 de agosto de 2017