Argirópolis (Creta)
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Localidade | ||||
Vista parcial de Argirópolis | ||||
Localização | ||||
Localização de Argirópolis em Creta | ||||
Localização de Argirópolis na Grécia | ||||
Coordenadas | 35° 17′ 09″ N, 24° 20′ 06″ L | |||
País | Grécia | |||
Região | Creta | |||
Unidade regional | Retimno | |||
Município | Retimno | |||
Unidade municipal | Lapa | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 6,124 km² | |||
População total (2001) | 398 hab. | |||
Densidade | 65 hab./km² | |||
Altitude | 260 m |
Argirópolis (em grego: Αργυρούπολη; romaniz.: Argiroupoli ou Argyroúpolis), no passado chamada Lapa, Lampa, Stimboli, Stimpolis ou Pólis, é uma aldeia do interior de Creta, Grécia, pertencente à unidade municipal de Lapa e município de Retimno. Situa-se 5 km a sul de Episkopi, 8 km a sul da costa do mar Egeu e 20 km a sudoeste de Retimno (distâncias por estrada).
A aldeia ocupa parte da encosta noroeste do monte Azonas, que se ergue sobre o vale do rio Mouséllas (em grego: Μουσέλας), que tem as suas 10 nascentes na aldeia, chamadas Agia Dynami. Esta tem duas partes distintas, uma situada mais abaixo e outra mais acima. A parte mais alta ocupa o local da antiga cidade de Lapa, que alcançou grande prestígio durante o período greco-romano. A parte mais baixa cresceu em volta de nascentes célebres desde a Antiguidade, que dão origem a várias cascatas existentes na aldeia e abasteciam as termas romanas das quais ainda se podem ver alguns restos. A água é de tal forma abundante que abastece toda a cidade de Retimno.[1]
Entre as atrações turísticas de Argirópolis, além da beleza natural do local e arredores, densamente florestado, com belas vistas sobe o vale e propício a caminhadas na natureza, destacam-se, na parte alta, a Igreja veneziana de Áyios Ióannis (São João) datada do século XVII e um mosaico romano, e na parte baixa vários antigos moinhos de água, uma grande árvore com vários séculos de idade, uma pequena capela e a necrópole da antiga cidade, onde há centenas de túmulos. Entre os moinhos destaca-se um excecionalmente bem preservado, de construção veneziana do século XVII, com uma rara máquina hidraúlica de madeira, onde era fabricado tecido.[1]
História
[editar | editar código-fonte]A antiga Lapa é de origem dórica (final do 2º milénio a.C.[1] e é possível que antiga Lapa tivesse sido fundada como uma colónia de Tarra, uma cidade situada perto da garganta de Samária e da atual Agia Roumeli que foi um importante centro religioso dedicado a Apolo Tarraios.[carece de fontes] Em 221–219 a.C. Lapa foi uma das cidades aliadas de Licto na guerra contra Cnossos e os seus aliados pelo controlo de Creta. Em 67 a.C. opôs-se tenazmente contra a invasão romana, mas foi conquistada de surpresa e quase completamente destruída. Mais tarde, apoiou Otaviano Augusto nas guerras contra Marco António; como recompensa, Augusto permitiu que Lapa fosse reconstruída, concedeu-lhe o direito de cunhar moeda e ofereceu uma cisterna em 27 a.C. que ainda hoje abastece a localidade. A cidade antiga só recentemente começou a ser escavada, principalmente a sua necrópole, situada mais a norte, no vale.[1]
Na Idade Média a aldeia passou a chamar-se Stimpolis ou Stimboli, que significa algo como "na cidade" e é o mesmo termo que deu origem ao nome da maior cidade da Turquia, Istambul. O nome evoluiu depois para simplesmente Pólis. O nome atual data do século XIX e significa cidade (em grego: ποληpoli) da prata (Αργυρούargiroú).[2] O nome da atual unidade municipal, Lapa, provém da antiga cidade.
História eclesiástica
[editar | editar código-fonte]Com o advento do cristianismo, Lapa ou Lampa tornou-se uma sé episcopal sufragânea de Gortina. Michel Le Quien faz menção aos seguintes bispos de Lampa:[3][4]
- Pedro, que participou no Primeiro Concílio de Éfeso em 431;
- Denélcio, que participou no Concílio de Calcedónia em 451;
- Prosdócio, em 458;
- João, que apelou para Roma contra o seu metropolita Paulo e participou num Concílio de Constantinopla em 667;
- Epifânio, que participou no Segundo Concílio de Niceia em 786.
A sé episcopal é mencionada nos Notitiae Episcopatuum até aos séculos XII e XIII. Foi restabelecida pela Igreja Ortodoxa no fim do século XIX, residindo o bispo no mosteiro de Preveli.[4] Lapa é uma sé titular da Igreja Católica que anteriormente tinha o nome de Lampa.[5][6]
Notas e referências
[editar | editar código-fonte]Partes do texto foram inicialmente baseados na tradução do artigo «Argyroupoli, Rethymno» na Wikipédia em inglês (acessado nesta versão).
- ↑ a b c d Fisher, John; Grvey, Geoff (2007), The Rough Guide to Crete, ISBN 978-1-84353-837-0 (em inglês) 7ª ed. , Nova Iorque, Londres, Deli: Rough Guides, pp. 231–232
- ↑ Rackham, Oliver; Moody, Jennifer Alice (1996), The Making of the Cretan Landscape, ISBN 9780719036460, p. 104
- ↑ Oriens Christianus, II, 268
- ↑ a b Knight, Kevin (ed.). «Lampa». New Advent (em inglês). Nova Iorque: Robert Appleton Company, New Advent Catholic Encyclopedia. Consultado em 4 de janeiro de 2014
- ↑ Annuario pontificio (2013), ISBN 9788820990701, Libreria Editrice Vaticana
- ↑ Cheney, David M. «Lappa (Titular See)». www.catholic-hierarchy.org (em inglês). Consultado em 4 de janeiro de 2014
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]Lampa na Catholic Encyclopedia (1913) no Wikisource em inglês.
- Página pessoal sobre Argyroúpolis (em inglês). homepages.pathfinder.gr/argyroupolis. Página visitada em 4 de janeiro de 2014