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Participantes Olímpicos Independentes

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Atletas competiram como Atletas Olímpicos Independentes nos Jogos Olímpicos por várias razões, incluindo transição política, sanções internacionais e suspensões de Comitês Olímpicos Nacionais. Atletas independentes vieram da Macedônia do Norte, Timor-Leste, Sudão do Sul e Curaçao após mudanças geopolíticas nos anos anteriores aos Jogos Olímpicos, da República Federativa da Iugoslávia (atual Montenegro e Sérvia) como resultado de sanções internacionais, da Índia e do Kuwait devido às suspensões de seus Comitês Olímpicos Nacionais, e da Rússia por violações em massa das regras antidoping e pelas consequências da invasão da Ucrânia, desrespeitando a trégua olímpica.

As medalhas foram conquistadas por atletas olímpicos independentes nas Olimpíadas de 1992 e 2016, ambas no tiro. As convenções de nomenclatura e código de país para esses atletas olímpicos independentes não foram consistentes. Nos Jogos Paralímpicos de 1992 e 2000, também houve paralímpicos independentes que competiram pelas mesmas razões que os olímpicos independentes.

Barcelona 1992

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A primeira vez que essa permissão aconteceu foi em 1992, nos Jogos de Barcelona. Doze dos 15 países da ex-União Soviética competiram sob a bandeira olímpica e o nome de "Equipe Unificada", mas no pódio tocava o hino de cada ex-república soviética. Ainda em 1992, a Iugoslávia (sem Croácia, Eslovênia e Bósnia e Herzegovina), foi proibida de competir por causa de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU (757) em virtude da guerra civil. Mas, após negociações, o COI conseguiu que os atletas iugoslavos de esportes individuais participassem sob a bandeira olímpica como "Participantes Olímpicos Independentes" (IOP).

Em 2000, o Timor-Leste, país recém independente da Indonésia e na época, sob administração das Nações Unidas, conseguiu permissão do COI para participar dos Jogos de Sydney como "Atletas Individuais Olímpicos" (IOA), e enviou quatro atletas para a Olimpíada.

Quatro atletas competiram como Atletas Olímpicos Independentes nos Jogos Olímpicos de 2012. Após a dissolução das Antilhas Neerlandesas e o posterior desmantelamento de seu Comitê Olímpico Nacional, três atletas do país que se classificaram para os Jogos foram autorizados a competir de forma independente.[1]

O Comitê Olímpico Nacional (CON) do Sudão do Sul não foi estabelecido entre a formação do novo Estado africano e as qualificações olímpicas para 2012. Um atleta do Sudão do Sul se classificou para os Jogos, e foi autorizado a competir como independente.[2]

Atletas do Kuwait foram originalmente autorizados a competir como atletas olímpicos independentes porque o seu CON estava suspenso. No entanto, o CON foi restabelecido pouco antes dos Jogos, permitindo aos atletas competir sob sua própria bandeira.[3]

Com a suspensão do Comitê Olímpico Nacional da Índia em dezembro de 2012,[4] três atletas indianos foram autorizados a competir de maneira independente nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014, em Sóchi.[5]

As novas eleições para a Associação Olímpica da Índia foram realizadas a 9 de fevereiro de 2014, dois dias depois da cerimônia de abertura, o que não daria para suspender a punição em tempo hábil.[5] Em 11 de fevereiro o COI reconheceu como o novo presidente da AOI, Narayna Ramachandran da Federação Internacional de Squash, e suspendeu a punição ao CON da Índia. Com isso os atletas que ainda não competiram foram autorizados a representar a bandeira indiana. Pela primeira vez na história um Comitê Olímpico Nacional foi restabelecido durante os Jogos Olímpicos.[6]

Apenas o luger Shiva Keshavan chegou a competir como "Participante Olímpico Independente" nos dias 8 e 9 de fevereiro.

Atletas do Kuwait foram autorizados a competir como atletas olímpicos independentes porque o seu CON estava suspenso pela segunda vez em cinco anos.[7] O atirador Fehaid Al-Deehani se tornou o primeiro atleta independente a conseguir uma medalha de ouro.[8]

Em ocasião da invasão da Ucrânia, as delegações da Rússia e da Bielorrússia tiveram seus Comitês Olímpicos Nacionais suspensos por tempo indeterminado, ampliando a punição dada aos russos em 2015 por conta do escândalo antidoping. Ao contrário de Tóquio 2020, em que a Rússia participou como ROC (atletas do Comitê Olímpico Russo), o país não poderá fazer nenhuma menção ao seu nomes e nem utilizar sua bandeira e hino nacional, além de não poder se classificar em esportes coletivos. Pelo apoio aos russos na invasão do país vizinho, os atletas bielorrussos também competirão sobre as mesmas restrições.[9]

Referências

  1. «Curtain comes down on 123rd IOC Session». COI. 9 de julho de 2011. Consultado em 21 de agosto de 2012 
  2. «IOC Executive Board meets ahead of London Games». COI. 21 de julho de 2012. Consultado em 21 de agosto de 2012 
  3. «All 204 NOCs to compete in London». COI. 16 de julho de 2012. Consultado em 21 de agosto de 2012 
  4. «IOC bans India from Olympics». CBC Sports. 4 de dezembro de 2012. Consultado em 19 de janeiro de 2014 
  5. a b «Sochi Games: Four Indian skiers to go as independent athletes». Zee News. 31 de dezembro de 2013. Consultado em 19 de janeiro de 2014 
  6. «International Olympic Committee reinstates India at Sochi after ban» (em inglês). CNN. 11 de fevereiro de 2014. Consultado em 13 de fevereiro de 2014 
  7. «Olympics-Kuwait ban remains in force as ties with IOC deteriorate». Yahoo Sports. Consultado em 2 de abril de 2017 
  8. «Kuwaiti becomes first independent athlete to win gold with men's double trap win». Stuff.co.nz. 10 de agosto de 2016. Consultado em 2 de abril de 2017 
  9. «Olhar Olímpico: COI autoriza russos a competirem como "atletas neutros" em Paris-2024». UOL. 8 de dezembro de 2023. Consultado em 8 de fevereiro de 2024 

Ligações externas

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