Banco de Poupança e Crédito

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Banco de Poupança e Crédito
Banco de Poupança e Crédito
Instituição financeira pública
Atividade Serviços financeiros
Fundação 24 de janeiro de 1956 (68 anos)
Sede Luanda,  Angola
Pessoas-chave Cláudio Pinheiro (presidente do conselho de administração)[1]
Produtos Banco
Website oficial https://www.bpc.ao

O Banco de Poupança e Crédito (BPC) é uma instituição financeira angolana, sob a forma de empresa pública, com patrimônio próprio e autonomia administrativa com sede em Luanda, e com filiais em todo o território nacional. É vinculado ao Ministério das Finanças.[2]

Seu capital é formado por participações do Estado angolano (que tem como representante o Ministério das Finanças), do Instituto Nacional de Segurança Social e da Caixa de Segurança Social das Forças Armadas Angolanas.

É o maior dos bancos de Angola, tendo também a maior rede de agências do país.

História[editar | editar código-fonte]

Fundação[editar | editar código-fonte]

O BPC surgiu de uma instituição chamada "Banco Comercial de Angola SARL" (BCA) tornando-se a primeira instituição financeira com vocação estrita para banco comercial na colónia, em 24 de janeiro de 1956.[3] Seu capital era constituído por uma participação majoritária do Banco Português do Atlântico (atual Banco Comercial Português) e uma minoritária do Banco Belga de África, uma filial do Banco de Bruxelas (atual ING Belgique, subsidiário do ING Group).

No princípio teve a sua sede administrativa em Lisboa, na avenida Fontes Pereira de Melo, 19-2º, e a sede operacional em Luanda, na rua Rainha Ana de Sousa Ginga, onde actualmente se encontra a funcionar o Centro de Imprensa Aníbal de Melo. O BCA transferiu definitivamente sua sede para Luanda em 28 de janeiro de 1967, por ocasião da comemoração do seu décimo aniversário.[3]

Em 1971, o Banco Português do Atlântico e o britânico Barclays fizeram uma comutação de ações, com o primeiro recebendo a totalidade das agências do Barclays Bank de Moçambique, que passariam a operar sob a bandeira Banco Comercial de Angola (a representação moçambicana do BCA posteriormente foi fundida com várias instituições para constituir o Banco de Moçambique), enquanto que o segundo receberia parte das ações do BCA.[3]

Nacionalização[editar | editar código-fonte]

Antes da expropriação e nacionalização de qualquer banco em Angola, a ação de 14 de agosto de 1975, conhecido como a "tomada da banca", colocou sob controlo direto da administração portuguesa em Angola a banca privada. Isso ocorreu após as alterações do cenário político operado em Portugal, com o movimento dos capitães do 25 de Abril de 1974, que culminou com a queda do regime do Estado Novo, produzindo mudanças significativas nas colónias; em Angola houve a proclamação da independência, em 11 de novembro de 1975. Como consequência da iminência deste importante acontecimento, antes da proclamação, houve fuga e evasão de capitais monetários para o estrangeiro.[3]

Face à situação em que se vivia foi criado, pelo despacho conjunto nº 80/75 dos Ministérios do Planeamento, das Finanças e da Economia, a "Comissão Coordenadora da Actividade Bancária" (CCAB), passando os bancos comerciais a serem geridos por comissões de gestão. A CCAB dirigiu os destinos da banca até que foram confiscados os activos e passivos do Banco de Angola (BdA) e transformado em Banco Nacional de Angola (BNA). Após esse curto, porém cauteloso, período de transição, a lei nº 70/76, de 10 de novembro de 1976, nacionaliza e transforma o BCA em "Banco Popular de Angola" (BPA).[3]

Abertura financeira[editar | editar código-fonte]

O decreto nº. 47/91, de 16 de agosto de 1991 mudou a denominação do BPA, que passou a chamar-se de "Banco de Poupança e Crédito" (BPC).[3]

A partir de 11 de julho de 1997, por intermédio da lei nº 5/97, chamada "lei cambial e da das instituições financeiras", houve o fim monopólio do Estado no sector financeiro, havendo a abertura comercial.[3] Assim, o sistema bancário nacional, a partir de 1997, passou a ser composto por um banco central e dois bancos comerciais angolanos constituídos sob forma de sociedades anónimas de capitais públicos - o BPC e o Banco de Comércio e Indústria (BCI).[3]

Referências

  1. «BPC com novo Conselho de Administração». novojornal.co.ao. 21 de junho de 2019. Consultado em 30 de novembro de 2019 .
  2. «Banco de Poupança e Crédito de Angola vai fechar balcões e despedir funcionários». Observador. 11 de agosto de 2018. Consultado em 30 de novembro de 2019 
  3. a b c d e f g h História. Banco de Poupança e Crédito. 2020.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]