Capela de São Bartolomeu (Aljustrel)

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Capela de São Bartolomeu
Nomes alternativos Ermida de São Bartolomeu
Tipo Capela
Inauguração Século XV
Geografia
País Portugal Portugal
Região Alentejo

A Capela de São Bartolomeu, igualmente conhecida como Ermida de São Bartolomeu, foi um edifício religioso na vila de Aljustrel, na região do Alentejo, em Portugal.

Descrição e história[editar | editar código-fonte]

Em 1982, durante trabalhos arqueológicos, foram encontradas as ruínas de um edifício religioso cristão, que de acordo com a documentação da época poderá ser a capela de São Bartolomeu.[1] Nesta área existiu uma povoação durante o período romano, conhecida como Vipasca.[1] A capela contava com um cemitério próprio, situado junto ao edifício.[1] Foi uma das duas capelas em Aljustrel situadas fora do centro histórico, em conjunto com a de São Pedro, tendo ambas desaparecido.[2]

É referida no registo da visitação de 1482 como uma das três ermidas no interior da comenda de Aljustre, sendo as outras a de Santa Maria do Castelo e Santo Estêvão. O documento menciona igualmente que a ermida estava situada a meia légua da vila.[3] Na visitação de 1510, foi feita uma descrição do edifício: «A capela mor... forrada de azulejos, tem pintada a imagem de Santo Estêvão, a de São Bartolomeu, a nascença de Nosso Senhor. A capela tem de comprido quatro varas e de largo duas varas..., tem pintado um São Bartolomeu, o altar forrado de azulejos e um retábulo com a imagem de São Brás, muito proporcionada. O corpo da ermida é todo de uma nave fundada sobre quatro arcos de tijolo e o tecto forrado de cortiça... e assim na capela estão pintadas as armas de Fernao Mascarenhas, Comendador que foi desta vila, e tem de comprido onze varas e meia e de largo cinco varas e meia... a dita ermida é tão antiga que não se pode saber quem a edificou, porém achamos que Fernam Mascarenhas, Comendador que foi desta vila corregeu e reformou a dita ermida e houve bula de Roma de indulgencia pera ela.».[4] Foi novamente referenciada na visitação de 11 de Dezembro de 1519, feita por D. Jorge, mestre das ordens de Santiago e de Avis, e filho do rei D. João II. Refere-se que tinha sido construída por ordem de Fernão de Mascarenhas, comendador de Aljustrel, e que tinha a capela-mor revestida de azulejos.[5] O padre João Rodrigues Lobato considerou Fernão de Mascarenhas como uma das principais figuras na história de Aljustrel, por ter impulsionado o desenvolvimento da vila nos finais do século XV, e por ter protegido o património reliogioso.[6] A capela foi provavelmente utilizada até ao século XVIII.[1] Ao longo da sua história foi alvo pelo menos uma vez de obras de reparação no pavimento, tendo sido encontrados vestígios destes trabalhos durante as pesquisas arqueológicas.[1]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e «Vipasca». Portal do Arqueólogo. Direcção-Geral do Património Cultural. Consultado em 9 de Novembro de 2022 
  2. «Aljustrel: Património Construído e Arqueológico». Câmara Municipal de Aljustrel. Consultado em 9 de Novembro de 2022 
  3. LOBATO, 1983:58-59
  4. LOBATO, 1983:100
  5. LOBATO, 1983:61
  6. LOBATO, 1983:77

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • LOBATO, João Rodrigues (2005) [1983]. Aljustrel: Monografia. Aljustrel: Câmara Municipal de Aljustrel. 432 páginas 


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