Carta a Uma Nação Cristã

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Carta a Uma Nação Cristã
Letter to a Christian Nation
Carta a Uma Nação Cristã
Autor(es) Sam Harris
Idioma inglês
País Estados Unidos
Assunto Cristianismo, Ateísmo
Gênero Não ficção
Arte de capa Rita da Costa Aguiar
Tradutor Isa Mara Lando
Editora Companhia das Letras
Formato 14 x 21 cm
Lançamento 2007
Páginas 96
ISBN 9788535911183
Cronologia
O Fim da Fé
A Paisagem Moral

Carta a Uma Nação Cristã é um livro do escritor estadunidense Sam Harris, escrito em resposta às críticas que recebeu depois da publicação de seu primeiro livro, "The End of Faith" (em português: O Fim da Fé). O livro é escrito na forma de uma carta a um cristão dos Estados Unidos.[1] Harris afirma que o seu objetivo é "demolir as pretensões intelectuais e morais do cristianismo, nas suas formas mais empenhadas". O livro foi lançado em Setembro de 2006 e em Outubro alcançou a 7ª posição na lista dos best-sellers do New York Times.[2]

Sinopse[editar | editar código-fonte]

Harris direciona os seus argumentos a membros do grupo conservador dos Estados Unidos chamado "Direita Cristã" ("Christian Right"). Em resposta à invocação da Bíblia por tal grupo para solucionar todas as questões de moralidade, ele chama a atenção para determinados itens do código moral do Antigo Testamento (morte por adultério, homossexualidade, desobediência aos pais etc), e contrasta este, por exemplo, com a total não-violência do Jainismo. Harris argumenta que a invocação do dogma bíblico pode criar uma falsa moralidade, divorciada da realidade, do sofrimento humano, e dos esforços para aliviá-lo; por isso, objecções religiosas assim são um obstáculo ao uso de preservativo, a pesquisas com células-tronco, ao aborto, ao uso de uma promissora nova vacina para o vírus do papiloma humano, etc.

Harris também enfrenta o problema do mal - a dificuldade em acreditar num bom Deus que permite catástrofes como o Furacão Katrina - e o conflito entre a religião e a ciência. Numa recente pesquisa de opinião do instituto Gallup, foi sugerido que 53% dos estadunidenses são criacionistas,[3] e, portanto, Harris também tem a preocupação de argumentar pela evolução e contra o conceito de Design Inteligente (ou desenho inteligente).

Então, Harris amplia o seu argumento para considerar a diversidade de religiões no mundo e os seus antagonismos mútuos, chamando a atenção para o fato de que na base de muitos conflitos entre comunidades e etnias estão diferenças religiosas. Há aqueles que desejam o progresso através da tolerância religiosa, o respeito mútuo, bem como o diálogo entre as religiões, mas Harris expõe que isso só torna mais difícil criticar extremismos baseados em fé. Embora admitindo que as experiências espirituais possam ser valiosas e uma afirmação da vida, ele está preocupado que estas não devem ser ligadas a crenças religiosas. Ele admite que a religião pode ter tido algum propósito útil para a humanidade no passado, mas argumenta que ela é hoje o maior obstáculo para a construção de uma civilização global.

Referências

  1. Harris, 2007
  2. «Best Sellers – Hardcover Nonfiction». New York Times. 8 de outubro de 2006. Consultado em 3 de junho de 2015 
  3. Foust, Michael (19 de outubro de 2005). «Gallup poll latest to show Americans reject secular evolution». Baptist Press. Consultado em 21 de fevereiro de 2007 
  4. «Letter To A Christian Nation: Quotes». Random House Inc. Consultado em 21 de fevereiro de 2007 

Ver também[editar | editar código-fonte]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]


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