Cinco agregados

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No budismo, os agregados (em sânscrito, skandha, em Pali,khandha) são os aspectos que constituem o ser senciente. Buda afirma que nenhum deles pode ser considerado como "eu" ou "meu".

Na tradição Theravada, o sofrimento tem origem no apego aos agregados, sendo o desapego aos mesmos a chave para a libertação do sofrimento. [1]

A tradição Maaiana afirma que a iluminação se dá pela profunda observação desses agregados, dando a notar sua natureza vazia de existência.

Descrição dos agregados[editar | editar código-fonte]

  1. Forma material (rupa): compreende tudo o que denominamos "matéria". Desde modo, estão incluídos no agregado o corpo físico e o mundo exterior, bem como os órgãos de sentido.
  2. Sensação(vedana): incluem-se neste grupo as sensações oriundas dos órgãos de sentido. Elas podem ser prazerosas, desagradáveis ou neutras.
  3. Percepção (sañña): relativo ao reconhecimento e identificação de um objeto com base nas sensações.
  4. Formação mental(sankhara): todos os tipos de hábitos mentais, pensamentos, ideias, opiniões, preconceitos, compulsões e decisões.
  5. Consciência (viññana): é a resposta ou reação dos órgãos de sentido diante de um objeto. Como exemplo, a consciência auditiva compreende o ouvido como base e o som como objeto. [2][3]

A combinação desses cinco agregados é tradicionalmente usadas para descrever o "eu" e sua formação, embora observações mais sutis mostrem que esta visão bastante difundida pode ser uma aproximação mais grosseira do que o Buddha quis transmitir ao ensinar os cinco Khandas.[4]

Na tradição Mahayana cada agregado corresponde a um dos Cinco Budas da Meditação, que dissipa a ilusão correspondente ao agregado.

Referências