Conus bengalensis

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Como ler uma infocaixa de taxonomiaConus bengalensis
Uma concha de C. bengalensis, em vista superior.
Uma concha de C. bengalensis, em vista superior.
Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Mollusca
Classe: Gastropoda
Subclasse: Caenogastropoda
Ordem: clade Hypsogastropoda
clade Neogastropoda
Superfamília: Conoidea
Família: Conidae
Género: Conus
Linnaeus, 1758[1]
Subgénero: Cylinder[2]
Montfort, 1810[2]
Espécie: C. bengalensis
Nome binomial
Conus bengalensis
(Okutani, 1968)[1]
Distribuição geográfica
A região do golfo de Bengala e mar de Andamão (à direita), entre o Sri Lanka, Bangladesh e península da Malásia, é o habitat da espécie C. bengalensis.[3][4]
Sinónimos
Darioconus bengalensis Okutani, 1968
Conus (Cylinder) bengalensis (Okutani, 1968)
Cylinder bengalensis (Okutani, 1968)
(WoRMS)[1]

Conus bengalensis (nomeada, em inglês, Glory of Bengal Cone[4] ou simplesmente Bengal Cone;[3][5] na tradução para o português, "Conus glória de Bengala") é uma espécie de molusco gastrópode marinho predador do gênero Conus, pertencente à família Conidae. Foi classificada por Takashi A. Okutani em 1968, com a denominação de Darioconus bengalensis.[1][6] É nativa do nordeste do oceano Índico, no golfo de Bengala e mar de Andamão;[3][4] e já esteve entre as mais raras conchas do mundo, durante o século XX,[7] sendo um item de colecionador muito valorizado.[5]

Descrição da concha[editar | editar código-fonte]

Esta concha tem um elegante, afinado e alongado corpo cônico[5] de, no máximo, 14.8 (quase 15) centímetros de comprimento (embora espécimes de até 12 centímetros já sejam muito escassos),[8][9] com espiral moderadamente alta e angulosa em sua porção mais larga; e com sua volta final excedendo duas vezes o tamanho da espiral. Sua coloração é de um marrom salpicado de manchas mais ou menos triangulares, brancas, com linhas engrossadas e enegrecidas, em zigue-zague ou lineares, por sua superfície. Abertura dotada de lábio externo fino e interior branco, se alargando levemente em direção à base (onde fica seu canal sifonal). Seu opérculo é diminuto, comparado com a extensão de sua abertura.[3][5] Alguns espécimes podem ter a coloração mais pálida e alaranjada ("golden form").[10]

Distribuição geográfica e raridade[editar | editar código-fonte]

Esta espécie é encontrada no nordeste do oceano Índico, ocorrendo no golfo de Bengala e mar de Andamão, entre o Sri Lanka, Bangladesh e península da Malásia, em uma região restrita; incluindo o leste da Índia até Myanmar e Tailândia.[3][4][5][9] Vive em águas profundas, entre 50 a 130 metros, e já esteve entre as mais raras conchas do mundo, durante o século XX, sendo agora relativamente comum;[5][7][9] considerada espécie pouco preocupante pela União Internacional para a Conservação da Natureza.[11]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d «Conus bengalensis» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 14 de abril de 2020 
  2. a b «Conus (Cylinder)» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 14 de abril de 2020 
  3. a b c d e ABBOTT, R. Tucker; DANCE, S. Peter (1982). Compendium of Seashells. A color Guide to More than 4.200 of the World's Marine Shells (em inglês). New York: E. P. Dutton. p. 246. 412 páginas. ISBN 0-525-93269-0 
  4. a b c d «Cone Snail case» (PDF) (em inglês). Natural History Museum of Utah. 4 de agosto de 2015. p. 3. 6 páginas. Consultado em 14 de abril de 2020 
  5. a b c d e f WYE, Kenneth R. (1989). The Mitchell Beazley Pocket Guide to Shells of the World (em inglês). London: Mitchell Beazley Publishers. p. 141. 192 páginas. ISBN 0-85533-738-9 
  6. «Okutani, Takashi A. (Phd)» (em inglês). Shellers From the Past and the Present (Conchology.be). 1 páginas. Consultado em 14 de abril de 2020 
  7. a b FERRARIO, Marco (1992). Guia del Coleccionista de Conchas (em espanhol). Barcelona, Espanha: Editorial de Vecchi. p. 164. 220 páginas. ISBN 84-315-1972-X 
  8. «Conus (Cylinder) bengalensis (Okutani, T.A., 1968)» (em inglês). Hardy's Internet Guide to Marine Gastropods. 1 páginas. Consultado em 14 de abril de 2020. Arquivado do original em 11 de agosto de 2021 
  9. a b c «The "Glory of" Gang of Cones» (em inglês). Man and Mollusc. 1 páginas. Consultado em 14 de abril de 2020. The fourth in the series was surprisingly not formally described until 1968 - i say "surprisingly", because it is relatively common all throughout the Bay of Bengal, from Eastern India to Western Thailand, in depths commonly trawled: 50m to 130m. Okutani immediately recognized Conus bengalensis as being a member of the "Glory of" gang of cones, and accordingly dubbed it the Glory of Bengal. It is the smallest of the three, with 120mm specimens being very scarce, but is extremely similar to gloriamaris Chemnitz, and it is sometimes possible to confuse specimens of these two species, especially if one did not know where they came from. 
  10. Leechitse (25 de abril de 2014). «Conus bengalensis 120.3mm (Golden form) 孟加拉芋螺» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 14 de abril de 2020 
  11. «Bengal Cone - Conus bengalensis» (em inglês). IUCN. 1 páginas. Consultado em 14 de abril de 2020 
Ícone de esboço Este artigo sobre gastrópodes, integrado no Projeto Invertebrados é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.