Golfo de Bengala
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A baía de Bengala ( Bengali :বঙ্গপসাগর; bangapasagar) é a maior baía do mundo e está localizada na parte nordeste do oceano Índico. [1]
Assemelha-se à forma de um triângulo e limita a leste com a península Malaia, a oeste com a Índia e o Sri Lanka e ao norte com Bangladeche e o estado indiano de Bengala Ocidental. No seu interior ficam as Ilhas Andamão, que delimitam o mar de Andamão, e as iIlhas Nicobar, que compõe o território indiano de Andamão e Nicobar [2]
Diversos rios importantes da Índia desaguam na Baía de Bengala: no norte o rio Ganges, o rio Meghna e o rio Bramaputragaloaputra e no sul o Mahanadi, o Godavari, o Krishna e o Kaveri.
Do ponto de vista ecológico, a Baía é única, pois recebe a descarga do terceiro maior sistema fluvial do mundo – dos rios Ganges, Brahmaputra e Meghna – o que produz um enorme fluxo de sedimentos de água doce, ricos em nutrientes. [3]
Etimologia[editar | editar código-fonte]
A baía recebe o nome da região histórica de Bengala (atual Bangladesh e o estado indiano de Bengala Ocidental). Nas escrituras antigas, este corpo de água pode ter sido referido como 'Mahodadhi' (sânscrito: महोदधि; significando grande recipiente de água ) enquanto aparece como Sinus Gangeticus ou Gangeticus Sinus, significando " Golfo do Ganges ", em mapas antigos.
O outro nome sânscrito para o Golfo de Bengala é 'Purvapayodhi' (sânscrito: पूर्वपयोधि; significando Oceano Oriental). O nome bengali "Bongoposagor" (বঙ্গোপসাগর) derivou do inglês de "Baía de Bengala". Da mesma forma, o nome Odia "Bangaposagara" (ବଙ୍ଗୋପସାଗର) ou outros nomes indianos foram atribuídos posteriormente pela tradução do dialeto colonial (da colonização inglesa).
História[editar | editar código-fonte]
Rota de migração[editar | editar código-fonte]
Em fevereiro de 2016, o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados alertou que a travessia pela Baía de Bengala era mais perigosa do que no Mar Mediterrâneo. Segundo a entidade, cerca de33,6 mil refugiados e migrantes haviam tentado fazer a travessia pela Baía em 2015 - a maioria sendo de Bangladesh e da etnia minoritária Rohingya - sendo que 1,3% haviam morrido, contra 0,38% dos que havia migrado pelo Mediterrâneo.[4] [5]
Ilha Sentinela do Norte[editar | editar código-fonte]
Em 2018, um missionário dos Estados Unidos foi morto a flechadas ao tentar contato com uma tribo isolada da Ilha Sentinela do Norte, que fica arquipélago de Andaman e Nicobar, na Baía de Bengala. [6]
Rota de ciclones[editar | editar código-fonte]
A Baía é rota dos ciclones do Pacífico durante a temporada anual e "viu" ciclones catastróficos como o Amphan em 2020, que se desenvolveu no sudeste de Bengala. [7]
Ecossistema[editar | editar código-fonte]
Um estudo publicado em 2016 pelo Conservation Genetics reforçou a crença de queBengala tem características ecológicas únicas que contribuem para a evolução de novas espécies marinhas. Na época, se constatou, por exemplo, que duas espécies de golfinhos (Tursiops aduncus e Sousa spp.) que habitam as águas deo Bangladesh, na Baía de Bengala, eram diferentes do ponto de vista genético se comparados com golfinhos das mesmas espécies de áreas vizinhas.[3]
Referências
- ↑ «Bay of Bengal». Wildlife Conservation Society. Consultado em 1 de dezembro de 2012
- ↑ «Sentinela: como vive a tribo isolada da Índia que matou um jovem aventureiro americano com flechas». BBC News Brasil. Consultado em 3 de janeiro de 2021
- ↑ a b «Novo estudo sugere que as águas do Bangladesh, na Baía de Bengala, têm características ecológicas únicas para a evolução de novas espécies - News - CE3C». ce3c.ciencias.ulisboa.pt. Consultado em 3 de janeiro de 2021
- ↑ «Travessias na Baía de Bengala matam três vezes mais que no Mediterrâneo, revela relatório do ACNUR». UNHCR (em inglês). Consultado em 3 de janeiro de 2021
- ↑ «Travessia pela Baía de Bengala é mais perigosa que no Mediterrâneo». ONU News. 23 de fevereiro de 2016. Consultado em 3 de janeiro de 2021
- ↑ «O povo mais isolado do planeta». Super. Consultado em 3 de janeiro de 2021
- ↑ «Ciclone destruidor na Baía de Bengala». euronews. 22 de maio de 2020. Consultado em 3 de janeiro de 2021