Discussão:Alimento geneticamente modificado

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Último comentário: 14 de dezembro de 2017 de Tetraktys no tópico atualização

Utilização de pseudociência[editar código-fonte]

A parte da controvérsia sobre os alimentos geneticamente modificados é um parque de diversão para teóricos da conspiração e pseudociência, no início já vem a parte: “Entretanto, têm crescido o número de estudos que apontam variados e concretos efeitos negativos dos alimentos modificados e a controvérsia de fato tem sido grande”

Que pesquisas são essas? Isso não é algo que é consenso na academia científica, porém o texto logo abaixo apresenta os dois sites de onde foi retirada essa informação, por si só os dois não são um site de fontes fiáveis e só pela manchete percebe-se isso, porém vamos abri-las e verificar se a fonte utilizadas pelo site realmente é confiável

Só uma rápida lida no primeiro texto você percebe sinais de que é um blog com fortes tendências ao conspiracionaismo e que não cita nenhuma fonte, apenas atribuir o nome do autor de uma pesuisa, o que por si só já compromete e muito o que ele quis dizer, porém com mais um pouco de tempo no google você descobre de onde veio essa pesquisa e também rapidamente descobre o problema dela: A pesquisa foi RETRATADA. Primeiro pelo baixíssimo número de ratos utilizada pela pesquisa e segundo pela cepa genética que o rato tinha, conhecida pelo seu alto índice de tumores e, no entanto, mesmo assim isso está sendo utilizado como uma notícia verdadeira, de duas uma, ou retira essa parte do texto ou então edita e coloca que essa pesquisa foi retratada e que portanto não se trata de uma notícia verídica. Depois o artigo utiliza uma frase do Séralini (mais uma vez) para tentar mostrar o problema dos GMO fazendo uma comparação entre algodão-Bt e o fato dos búfalos terem falecidos. Primeiro de tudo: Isso é uma Evidência anedótica, não serve de absolutamente nada e não adiciona em nada sobre o assunto. E segundo: Mesmo que se essa frase dele seja verdade, qual foi o estudo realizado para comprovar que de fato foi o algodao-Bt que matou os búfalos? Que autópsia foi feita? Se utilizar isso sem fazer os estudos necessários acaba caindo numa falácia conhecida como falsa correlação.

Depois fala sobre a questão da produtividade e custo de produção no uso de sementes Isso é um assunto extremamente variável e problemático de se falar, qual tipo de AGM está sendo utilizado? Comprou sementes nacionais ou foi importado? Se foi importado qual era a taxa de câmbio? E sobre a produção, qual foi a região que foi testada? Que tipo de semente foi usada? Qual foi a incidência de chuva entre as plantações? Qual a diferença de solo entre os dois? Qual é diferença calórica entre os dois ou ela é nula? O artigo ignora tudo isso e coloca como “propaganda das empresas de biotecnologia” e nem sequer traz algum artigo fazendo essas comparações, o que é algo normal de teorias da conspiração como de que o homem não foi a lua, que é tudo propaganda da NASA. Além disso, que perda de produtividade é essa? O artigo ignora completamente a Revolução Verde que inclusive tem artigo na Wikipédia, e é irônico que um dos próprios textos que ele cita nessa parte diz justamente O CONTRÁRIO, embora critique também a diminuição da variedade de cultivo causada por esse método de agricultura: “No entanto, é inquestionável o aumento de produtividade decorrente da revolução verde. Por outro lado, a perda da diversidade na base genética de produção é facilmente evidenciada pelo exemplo do milho no seu próprio centro de origem, o México, onde hoje se cultiva apenas 20% das variedades que existiam como cultivos em 1930.” Em Bangladesh por exemplo[1], acontecia diversas vezes fome no país causado por pestes na plantação e para conseguir plantar gastavam muito dinheiro com pesticidas, o que não só aumentava muito os custos como também afetava a saúde dos fazendeiros, frequentemente estavam doentes. Com a introdução na Berinjela geneticamente modificada o uso de pesticida na plantação reduziu em mais de 80%, a saúde deles melhoraram e a renda aumentou. Vou deixar outro link de mais um exemplo de GMO fazendo efeito em Bangladesh[2] Isso sem falar por exemplo do mamão Havaiano, que inclusive está na Wikipédia em inglês, é só clicar ali e ler. Além disso, afirma firmemente que “Quase todos os países da Europa têm rejeitado os produtos transgênicos” Embora a legislação varie de cada país, alguns sendo mais liberais e outros mais restritivos isso é um absurdo completo, o único local na Europa onde o transgênico é banido por completo é a Sérvia, e isso também está nesse artigo em inglês da Wikipédia. Enfim, esse artigo tem que ser revisado de ponta a ponta, o que isso representa na Wikipedia é uma pseudociência do pior tipo.Cothonete (discussão) 15h44min de 8 de dezembro de 2017 (UTC)Responder

não existe nenhum consenso sobre esse assunto, ao contrário do que vc diz. o próprio texto enfatiza isso com múltiplas referências. se há alguma passagem particular com referências fracas, evidentemente pode ser melhorada, e provavelmente haverá trechos desatualizados. mas não será modificada a essência deste artigo, onde dois aspectos têm principal relevância: 1) o de que existe a controvérsia e que ela é grande, e 2) a existência de múltiplos artigos afirmando que existem problemas concretos em vários níveis. se vc tentar mudar essa realidade, que é atestada por múltiplas fontes, será sistematicamente combatido, e pode vir a ser impedido de editar aqui dentro por eliminar conteúdo referenciado e por WP:POV. não cabe aos editores da wikipédia contestar as fontes, desde que elas sejam confiáveis. se vc acha que esses autores fizeram pesquisas mal feitas, o seu lugar é na academia fazendo pesquisas e publicando-as, e não aqui. fontes que vc mesmo acrescentou na última edição para referenciar a existência do consenso não sustentam o que vc diz, como esta, que diz textualmente: the debate is still intense. ou esta, que diz: The scientific evidence concerning the environmental and health impacts of genetic engineering is still emerging. [...] The lack of evidence of negative effects, however, does not mean that new transgenic foods are without risk. Scientists acknowledge that not enough is known about the long-term effects of transgenic (and most traditional) foods. além disso, esta fonte em particular é de 2003 e desde lá muita água passou debaixo desta ponte. este outro é de 2001, está completamente defasado e baseia suas conclusões principalmente em relatórios governamentais, que notoriamente são sujeitos a manipulação política, diz que pesquisas feitas nos primórdios dessa tecnologia são evidências suficientes para julgar efeitos de longo prazo !!!!, e mesmo assim faz várias ressalvas sobre riscos potenciais. por fim, a outra fonte não atesta em lugar algum a existência de consenso e faz tb várias ressalvas acerca de incertezas pendentes e insuficiência de dados, e conclui dizendo: Overall, the committee found no evidence of cause-and-effect relationships between GE crops and environmental problems. However, the complex nature of assessing long-term environmental changes often made it difficult to reach definitive conclusions. isso só prova que está forçando um ponto de vista e me faz pensar que vc tem algum interesse não declarado sobre o assunto. Tetraktys (discussão) 16h55min de 8 de dezembro de 2017 (UTC)Responder
Existe múltiplos artigos? A maioria das fontes citadas no texto se baseiam em uma pesquisa que foi RETRATADA e outros que não tem nenhum artigo científico, são apenas opiniões de blogs, por algum motivo você simplesmente ignorou tudo que foi dito e afirmou que existem fontes. É lógico que elas são importantes, porém se não tiver fontes confiáveis que é o caso claro do texto, de nada vale, por algum motivo você simplesmente ignorou o fato da própria OMS reconheceu que o atuais AGM são seguros e que não há nenhum impacto diferente na saúde do que os alimentos comuns em nome de uma teoria da conspiração com fontes duvidosas, além disso, o ISAAA NÃO é uma entidade governamental e a FAO é uma entidade da ONU, e o pior que uma rápida pesquisa no google percebe-se a sua falha, o que me preocupa e muito seu discurso. Além disso, todas as supostas contradições não falam que fazem mal a saúde, fala que ainda existe debate, mas que todos os AGM atualmente no mercado não tem efeitos negativos na saúde, e sobre a NAP a fonte que eu citei é muito mais sobre os problemas ambientais do que de saúde, coisa que por algum motivo você não leu, então por esse motivo, enquanto não houver fontes confiáveis de sua parte, a melhor coisa a se fazer é utilizar fonte da OMS em vez de teorias da conspiraçãoCothonete (discussão) 14h56min de 9 de dezembro de 2017 (UTC)Responder
a fonte não foi retratada. ela foi removida da revista. Séralini mais tarde defendeu o seu artigo e o publicou em outra revista. quanto ao estudo da OMS, ele foi criticado como parcial e falho, com seus principais responsáveis sendo agentes de governos que já haviam liberado os AGM. além disso eu não ignorei esse estudo e ele foi referenciado no texto. o ISAAA tb foi criticado por estudos falhos e eu não disse que ele é uma entidade governamental. não foi ocultado o fato de que os AGM foram aprovados por governos e grandes associações científicas, isso foi declarado claramente logo no início. mas assim como todos os artigos que acusam problemas foram contestados, todos os estudos que alegam a inofensividade dos AGM tb foram contestados, e por isso esse artigo está centrado na polêmica e não em conclusões definitivas. em todo esse artigo nada foi apresentado como uma verdade absoluta. toda a informação foi referenciada. é de notar que grandes revisões que eu consultei admitem que a maioria dos estudos sobre o tema são de curto prazo e produzidos pelas indústrias ou por governos, tendo como parâmetro básico a equivalência substancial, um critério que já foi criticado múltiplas vezes como inconsistente e incapaz de avaliar riscos adequadamente, especialmente de longo prazo, que não leva em conta aspectos ambientais, agrícolas, econômicos e produtivos, uso de agrotóxicos e repercussões sociais. e todos os corpos de governo responsáveis por liberação de AGM estão comprometidos com as indústrias. não admira que haja estudos governamentais jurando que os estudos das indústrias são isentos e dignos de crédito, e esses estudos "fidedignos" tb são usados como fonte para revisões "científicas". se vc acha que o lobby das indústrias e a corrupção dos governos são teorias da conspiração, então podemos abrir outro debate. mas aqui é impossível ignorar que tal "consenso" foi formado sobre bases comprometidas, frágeis e/ou limitadas, olhando apenas para o consumo imediato e não para todo o resto que está envolvido na questão. não se pode falar em AGM apenas na perspectiva do consumo, o tema tem vastas repercussões em múltiplos níveis. até mesmo grandes associações científicas usam como critério básico a ES para afirmar que os AGM são inofensivos, mas em geral admitem que o conhecimento ainda é precário e que existe polêmica. A FAO tb usa o critério de ES e admite que ele tem fraquezas, é criticado, é provisório e que muita pesquisa ainda precisa ser feita para se ter um parâmetro avaliador realmente satisfatório. quanto às alegadas fontes de blogs, a qual se refere? só havia de fato uma fonte fraca que passou despercebida, e já foi removida. todas as outras fontes desse artigo são revistas, relatórios e teses acadêmicas/científicas, e notícias da grande imprensa baseadas em estudos científicos. em suma, todas as principais fontes que declaram o "consenso" acabam por admitir que o debate está em aberto e que ainda não se sabe o suficiente para fechar a questão definitivamente. eu não vou mais me estender nessa discussão com vc. Tetraktys (discussão) 18h14min de 9 de dezembro de 2017 (UTC)Responder


Comentário Existe um amplo consenso científico de que os alimentos modificados segundo as técnicas atuais são seguros e não apresentam riscos para a saúde superiores aos de alimentos convencionais. Esta é a posição das mais prestigiadas autoridades científicas mundiais, das revisões de literatura, das mais rigorosas autoridades de saúde pública e da esmagadora maioria dos cientistas que trabalham na área. É esta a posição de numerosas revisões sistemáticas da literatura que analisam milhares e milhares de estudos sobre gmo.

Por outro lado, o mesmo consenso científico que garante a sua segurança na saúde dos GMO, também aponta vários problemas relativos ao seu cultivo, principalmente em termos de impacto negativo na biodiversidade e da dependência económica do fornecedor das sementes. Evidentemente, para além das críticas sérias de base científica e ambientalistas sérios preocupados com a questão da biodiversidade, existe toda uma miríade de ativistas anti-gmo que recorrem a campanhas sujas de desinformação sensacionalista, mentiras, teorias da conspiração, manipulação, junk science e pseudociência, que pouco mais fazem do que instigar o pânico social em relação à segurança alimentar dos GMO.

Há várias coisas que me preocupam na secção "controvérsias":

  • Peso indevido: o consenso científico é descrito de forma muito breve, sendo imediatamente atacado pelas opiniões de ativistas anti-gmo.
  • O texto mistura todos os tipos de risco, deturpando o sentido das fontes. Por exemplo, fontes que apontam os riscos da agricultura intensiva para a biodiversidade são usadas para insinuar que o consumo de GMO é prejudicial para a saúde humana.
  • Falsas equivalências: as conclusões de milhares de estudos científicos, neutros e rigorosos, são contrapostas por opiniões isoladas ou opiniões desinformadas de leigos ou ativistas anti-gmo.
  • Fontes de má qualidade: grande parte das fontes apresentada para atacar o consenso são leigas ou claramente tendenciosas e anti-gmo.
  • Existem generalizações grosseiras de fontes que se debruçam em problemas muito específicos. Por exemplo, extrapolando algumas críticas a uma agência governamental brasileira como se houvesse um problema generalizado em todo o mundo com a aprovação de GMO.

Com base nesta versão, vou analisar parágrafo a parágrafo a secção "controvérsias":

Parágrafo 1[editar código-fonte]

  • O primeiro parágrafo começa por descrever muito sucintamente o consenso global. Mas esse consenso é imediatamente atacado com base em três fontes:
fontes reforçadas, fonte 43 removida Tetraktys (discussão) 08h27min de 14 de dezembro de 2017 (UTC)Responder

Parágrafo 2[editar código-fonte]

  • O segundo parágrafo começa por descrever os benefícios das culturas gmo (fontes 44, 5 e 45). Os últimos 2/3 do parágrafo têm por base a fonte 5, que é um relatório da ONG International Service for the Acquisition of Agri-biotech Applications. Imediatamente no início do 3º parágrafo são apontadas críticas a esta ONG (fontes 46 e 47). Bom, é evidente que são apontadas críticas: aquela ONG é financiada pelas maiores empresas mundiais de gmo e a sua missão é o ativismo pró-gmo. Mas o problema está na escolha da fonte para sustentar as vantagens. Se fosse usado como fonte das vantagens um estudo científico credível e independente, a "refutação" do início do terceiro parágrafo deixaria de fazer sentido.
procede. trecho removido. Tetraktys (discussão) 08h28min de 14 de dezembro de 2017 (UTC)Responder

Parágrafo 3[editar código-fonte]

  • O terceiro parágrafo continua citando as posições oficiais de duas das mais prestigiadas instituições científicas internacionais que defendem o consenso científico. Ou melhor, nem sequer dá espaço para descrever as suas posições. Começa imediatamente por atacar essas instituições (fontes 43, 48, 42, 49). Esse ataque tem por base fontes fidedignas? Não.
    • Fonte 43: já mencionei mais acima
    • Fonte 48: um artigo de opinião numa ong anti-gmo
    • Fonte 42: uma ong ativista anti-gmo
    • Fonte 48: uma carta enviada para a revista Nature que critica a posição da AASA em não recomendar a rotulagem obrigatória de alimentos com gmos. Repito: rotulagem. A própria carta diz que os autores são neutros quanto à questão da segurança dos gmos. É uma crítica de uma questão secundária e tangencial que não corrobora o texto.
    • O parágrafo continua com uma transcrição de uma crítica da "Soil Association" que é uma ONG anti-gmo.

Parágrafo 4[editar código-fonte]

  • No 4ª parágrafo novamente se indica apenas o nome do relatório da Organização Mundial de Saúde (fonte 35), que é imediatamente criticado e atacado por uma única fonte (fonte 50). Que fonte é essa? Um artigo de opinião de um economista (?) militante de um movimento anti-gmo (!). Vou repetir o absurdo: 5% do parágrafo para a principal autoridade de saúde em todo o mundo; 95% do parágrafo para a opinião de um ativista anti-gmo.
a crítica procede. a seção foi muito resumida. Tetraktys (discussão) 07h36min de 14 de dezembro de 2017 (UTC)Responder

Parágrafo 5[editar código-fonte]

O 5º parágrafo tece críticas gerais ao consenso científico e apresenta trechos com fontes de qualidade variável.

  • Fonte 42: já mencionei acima e é de uma ong ativista anti-gmo
  • Fonte 21: já mencionei acima e é fidedigna.
  • Fonte 51: a fonte é fidedigna, e no caso em específico cita outra fonte fidedigna. O problema aqui é que me parece haver uma deturpação do que a fonte afirma. A fonte fala dos problemas para o ambiente e sustentabilidade do modelo de agricultura intensiva, o qual também passa pelo cultivo de gmos, e não da segurança alimentar desses gmos. Tudo bem que isso também pode ser um problema, mas toda a restante secção fala de segurança e aquela afirmação fora do contexto induz o leitor a pensar que a frase é referente à segurança.
"Até hoje não foram cumpridas as exigências de realização de estudos de médio e longo prazo para se avaliar os potenciais efeitos adversos dos transgênicos sobre a saúde humana e o meio ambiente". "O suporte a essas afirmações vem de um conjunto crescente de publicações na literatura científica que confirmam a ocorrência de impactos à saúde e ao meio ambiente decorrentes do plantio e consumo de transgênicos". "Em termos de impacto ao meio ambiente, foi citado o maior uso de agrotóxicos e, em termos de efeitos à saúde, o grupo não soube identificar benefícios implícitos, mas mencionou riscos desconhecidos em longo prazo". Tetraktys (discussão) 07h56min de 14 de dezembro de 2017 (UTC)Responder
  • Fonte 52: embora relativamente fidedigna, padece do mesmo problema da fonte 51. Ou seja, aquilo que a página 107 critica está relacionado com práticas agrícolas, criticando a forma como os gmos são apresentandos como o "fim dos agrotóxicos", quando na realidade alguns são modificados para resistir aos agrotóxicos. Ou seja, a crítica é a uma prática comercial. Não tem relação nenhuma com segurança ou não.
ref fora de lugar, consertado. Tetraktys (discussão) 07h56min de 14 de dezembro de 2017 (UTC)Responder

Parágrafo 6[editar código-fonte]

O 6º parágrafo afirma que "uma grande proporção" dos estudos que defende que os gmos são seguros são financiados por empresas de gmo (fontes 30, 50, 53, 54, 55, 56). Bom, parece-me evidente que muitos deles serão financiados, como acontece em qualquer campo da ciência. O que é bombástico no texto é afirmar uma grande proporção, e que as revisões e instituições que ditam o consenso científico estão todas inquinadas por esses estudos. Isto parece uma teoria da conspiração, portanto vamos ver as fontes:

  • Fonte 30: é um artigo numa revista científica brasileira, mas há vários problemas. Em primeiro, trata-se apenas de uma revisão bibliográfica dos apenas oito artigos publicados no Brasil sobre segurança alimentar dos transgénicos. Em segundo, não consigo perceber que parte do texto é que referencia o parágrafo. Em nenhuma parte se fala do conflito de interesses. A conclusão deste artigo refere-se apenas a problemas muito específicos, como uma decisão da CTNBio e aprovação de milho transgénico no Brasil sem que tivessem sido feitos estudos.
  • Fonte 52: já antes mencionada: opinião de um economista e ativista anti-gmos
  • fonte 53: é um estudo do INRA que analiso mais à frente no parágrafo 7.
  • Fonte 54: além de ser um jornal online, não científico e escrito por leigos, o tópico da reportagem nem sequer é a segurança ou o conflito de interesses nas publicações científicas, mas sim o abuso de agrotóxicos.
  • Fonte 55: aparentemente, um portal de notícias online, leigo e não científico, que começa o texto em tom alarmista e conspiratório afirmando que "a ciência convencional virou as costas à humanidade" e que "a produção de conhecimento dominante envenena as pessoas e o meio ambiente, semeia violência e aprofunda desigualdades". Nem vale a pena comentar tanto disparate.
  • Fonte 56: a fonte é de qualidade, fidedigna e robusta, apresentando os factos de forma equilibrada, incluindo potenciais riscos. Mas não consigo perceber onde está a afirmação de que a maior parte dos estudos é financiado por empresas de gmo.
nem todas as suas críticas procedem. na f30, a alusão ao conflito é indireta: "Outra conclusão refere-se ao fato de todos os estudos discursarem sobre a insegurança alimentar dos alimentos geneticamente modificados, o que permite apontar uma questão importante: que estudos embasaram a CTNBio na permissão para as liberações comerciais de transgênicos, se na amostra por nós analisada todos afirmam que tais alimentos não são seguros?". na f52, o que invalida a denúncia de um ativista sobre conflito de interesse? não creio que seja necessário um estudo rigorosamente científico para demonstrar isso. na f54 o conflito é mencionado ("Há poucos estudos científicos sobre o impacto do seu uso, pois a questão de conflito de interesses é grande e, em geral, há pouco financiamento de estudos sobre esse tema), e na f55: "In a meta-analysis, most of the studies showing genetically modified foods in a positive light were noted to have a conflict of interest". de qualquer modo as fontes foram revistas e algumas foram substituídas por melhores, e mais foram acrescentadas. segundo as fontes permanece a opinião de que uma grande parte é comprometida. Tetraktys (discussão) 08h15min de 14 de dezembro de 2017 (UTC)Responder

Parágrafo 7 (I parte)[editar código-fonte]

O 7º parágrafo desenvolve o parágrafo anterior. Na primeira parte afirma-se inequivocamente que foi um estudo de 2016 do INRA francês que constatou que havia conflitos de interesse em 40% das publicações sobre gmo (fonte 57). A fonte é um artigo científico credível. No entanto, conforme se pode ler na fonte, essa proporção de 40% apenas diz respeito às publicações sobre a eficácia e durabilidade das sementes de Bt crops. Ou seja, a uma situação muito particular e específica. Há uma extrapolação e deturpação gigantescas, sugerindo ao leitor que essa proporção de conflito de interesse se aplica a todos os gmo e a todos os aspetos desses gmo, incluindo estudos sobre a sua segurança. Isto é falso. É evidente que uma grande parte dos estudos sobre a eficácia agrícola dos gmo são financiados pelas empresas que os comercializam. As instituições de saúde pública focam-se essencialmente em estudos sobre segurança. A fonte 58 é uma notícia de jornal que repete o mesmo estudo anterior.

não concordo que seja necessário esclarecer sobre que tópico o estudo foi feito. o artigo não trata apenas de segurança, e nem aquela passagem tratava disso. ali falava-se apenas da existência de conflitos de interesse. mas como eu disse acima, esse tema do conflito foi melhor referenciado.Tetraktys (discussão) 08h25min de 14 de dezembro de 2017 (UTC)Responder

Parágrafo 7 (II parte)[editar código-fonte]

O 7º parágrafo continua afirmando que as agências reguladoras têm sido acusadas de inúmeras coisas. Isto é parcialmente verdade. É verdade que elas são acusadas, sim, mas falta esclarecer que quem acusa são movimentos ativistas anti-gmo. Analisando as fontes:

    • Fonte 58: é um artigo científico de opinião. Embora fidedigno, apenas critica o quadro legal de aprovação dos gmo no Brasil e especificamente a falta de controlo sobre a CTNbio. Ou seja, é uma situação muito específica e particular que não pode ser extrapolada para todo o mundo.
    • Fonte 59: é um documento publicado pelo ministério da agricultura brasileiro e fidedigno. No entanto, entre as pp 426 e 431 o que é criticado é mais uma vez a posição da CTNbio, um caso específico do Brasil, e mais uma vez, a crítica está focada no monopólio das sementes, e não da segurança dos gmo.
  • Fonte 60: é um portal de notícias algo tendencioso. No entanto, limita-se a criticar a CTNbio no mesmo sentido de fontes mais fidedignas.
    • Fonte 61 e 62: um portal claramente tendencioso e sensacionalista. No entanto, limita-se a criticar a CTNbio no mesmo sentido de fontes mais fidedignas.
    • Fonte 30: problemas já mencionados mais acima
    • Fonte 51: o documento é fidedigno, mas a referência não tem página e não encontro nada que corrobore o texto.

Conclusão: as fontes resumem várias críticas à atuação da CTNbio, um órgão brasileiro. No entanto, o texto do artigo generaliza e extrapola essa situação de uma única entiade brasileiro para o mundo inteiro, chegando inclusive a referir a FDA sem nenhuma fonte que o sustente.

  • O 7º parágrafo conclui generalizando que todos os legisladores e governos têm criado leis sob influência da indústria dos gmo. Bom, isto dito desta forma é sensacionalista e semeia o pânico. É óbvio que os governos são influenciados pela indústria de gmo, assim como são influenciados pela opinião pública e ativistas anti-gmo. A função dos governos é mediar os interesses das duas partes, baseando-se em estudos científicos e técnicos. Só se pode insinuar corrupção quando os governos favorecem os interesses de um dos grupos prejudicando o outro grupo (por exemplo, aprovando o consumo de gmo que sabiam ser tóxicos). A afirmação bombástica do artigo é apoiada por fontes credíveis?
    • Fonte 63: estudo fidedigno publicado em revista científica. A introdução do estudo é interessante porque explica de forma equilibrada e não sensacionalista as vantagens e riscos do uso de gmo na agricultura (riscos para a biodiversidade, e não de segurança). No entanto, falando especificamente do texto que referencia, o estudo apenas menciona que a atuação do Congresso e do Governo Federal Brasileiro nesta área têm sido criticadas. Ou seja, mais uma vez um caso muito específico de um país a ser extrapolado para o mundo inteiro.
    • Fonte 22: artigo fidedigno publicado em revista científica. O artigo é interessante sob vários aspetos e tem muito por onde explorar. No entanto, a questão é bastante complexa e o artigo não sustenta de forma nenhuma a afirmação redutora e sensacionalista do texto de que os legisladores estão a soldo dos interesses corporativos. A principal conclusão do artigo é a de que a legislação que se baseia estritamente em critérios científicos e que não leve em conta as preocupações da sociedade tem o potencial de gerar uma reação negativa por parte da sociedade. Isto é ilustrado com a diferença no sistema de aprovação de gmo entre a União Europeia e os Estados Unidos. O primeiro é muio mais restritivo e preventivo, não por critérios científicos, mas precisamente para dosear o backlash social.
    • Fonte 64: portal de notícias leigo, fonte não fidedigna.
    • Fonte 65: estudo de opinião entre nutricionistas brasileiros sobre o nível de informação, mas não sei o que é suposto corroborar
sobre as "inúmeras coisas" e sobre a questão da corrupção, não me sinto inclinado a argumentar. isso é público e notório em toda parte e fartamente documentado. de qualquer modo as fontes foram reforçadas para incluir outros países além do Brasil. Tetraktys (discussão) 08h32min de 14 de dezembro de 2017 (UTC)Responder

Conclusões[editar código-fonte]

Sugiro como medida imediata:

  1. Eliminar todo o conteúdo baseado em fontes que não sejam publicações científicas.
  2. Dividir o conteúdo em sub-secções de "segurança e saúde", "impacto na agricultura" e "impacto na biodiversidade" e acabar com as misturas entre tipos de risco.
  3. Esclarecer os limites das fontes e eliminar generalizações. Se uma fonte critica a CTNbio, é isso que deve estar escrito, e não dar a entender que é o caso em todo o mundo. Se um estudo encontra COI em 40% dos artigos publicados sobre a eficácia das plantações de Bt crops, é isso que deve estar escrito, e não insinuado que é o caso em todos os estudos sobre GMO. JMagalhães (discussão) 14h15min de 12 de dezembro de 2017 (UTC)Responder
sim há alguns erros. vou revisar para corrigi-los. no entanto, 1) as fontes de imprensa ou citam estudos ou transmitem opinião de profissionais. não creio que devam ser descartadas. 2) presumir que os governos não estão comprometidos com as indústrias e grupos de interesse me soa bastante ingênuo. é notório que eles estão, não apenas neste tema, mas em todos os outros, e isso tem sido documentado diariamente. pode me citar algum país em que isso não ocorra? até mesmo o Vaticano, governado por "santos padres", é manchado de escândalos. a FDA não é exceção e até onde sei sua reputação de credibilidade é um mito. [1]. Ver nota [3] outra Ver nota [4] aqui mais de 40% dos estudos mostram conflito de interesse. Union of Concerned Scientists: "Policy decisions about the use of GE have too often been driven by biotech industry public relations campaigns, rather than by what science tells us about the most cost-effective ways to produce abundant food and preserve the health of our farmland". aqui 8 de 13 membros de comissão do Reino Unido com conflito. European Food Safety Agency com conflito. uma revisão da bibliografia: "An equilibrium in the number research groups suggesting, on the basis of their studies, that a number of varieties of GM products (mainly maize and soybeans) are as safe and nutritious as the respective conventional non-GM plant, and those raising still serious concerns, was currently observed. Nevertheless, it should be noted that most of these studies have been conducted by biotechnology companies responsible of commercializing these GM plants". múltiplas fontes atestam a inexistência de consenso e a fragilidade do critério de equivalência substancial. várias foram citadas, pode-se trazer muitas outras. me parece ser uma reversão do "peso indevido" a favor das indústrias alegar que o movimento contrário não passa de uma orquestração de organizações anti-gmo. dizendo isso dessa forma, o público concluirá que se trata de um bando de lunáticos e rebeldes sem causa. mas seria um pouco difícil encontrar críticas vindas da indústria. várias fontes alegam que o caso dos AGM no estado em que se encontra se assemelha à defesa da inofensividade do cigarro décadas atrás, e depois se provou que tudo não passara de uma grande falcatrua internacional. mas de fato há refs fora do lugar, provavelmente fruto do cansaço com que fiz a última edição. não obstante, vc está convidado a colaborar numa revisão efetiva. Tetraktys (discussão) 21h03min de 12 de dezembro de 2017 (UTC)Responder

Referências

  1. https://allianceforscience.cornell.edu/farmer-perspectives-bt-brinjal-bangladesh
  2. https://allianceforscience.cornell.edu/bt-eggplant-video
  3. "a FDA permite que as próprias empresas reivindiquem que um novo alimento é 'substancialmente equivalente' a um alimento existente e, quando o fazem, nenhum teste adicional é exigido antes da comercialização". "depois de um processo judicial a que a FDA foi submetida, tornou-se público o fato de que ela desconsiderou pareceres de seus próprios especialistas quanto aos riscos que esses produtos podem representar para a saúde humana e o meio ambiente". "A primeira versão das regulações pró-biotecnologia pela qual a indústria faria lobby, foi escrita com a ajuda de Michael Taylor, então advogado de uma empresa de advocacia que tinha a empresa Monsanto como cliente. Posteriormente, Taylor pôde implementar essas leis como o funcionário da FDA mais influente em regulação de alimentos GM. Sob seu mandato, efeitos negativos não intencionais dos produtos GM foram sendo gradativamente retirados das formulações de políticas, até desaparecerem, sob protestos dos próprios cientistas da FDA. Finalmente, foi emitido um relatório "reivindicando que (a) os alimentos [GM] não eram mais arriscados do que outros e (b) que a agência não tinha informação do contrário" (SMITH, 2003:131)."
  4. na aprovação de uma vacina 3 de 5 membros do comitê tinha conflito de interesses. uma investigação do congresso citou que de 177 reuniões, em 88 metade dos membros tinha conflito de interesse. depois de protestos, a FDA reformou suas regras em 2013 aprovando que desde que a necessidade da expertise do membro seja indispensável, ele pode receber até 50 mil dólares de empresas, considerando que a necessidade sobrepuja o conflito. isso não é isenção em lugar algum a não ser para a diretoria da FDA. Monsanto e FDA em cumplicidade e ocultando informação relevante
Como eu disse, enquanto os riscos não forem divididos por tipo, esta discussão é impossível e só resulta em wall of texts confusas que misturam tudo. Mais uma vez se mistura riscos para a saúde, com riscos para a biodiversidade, com estudos de eficácia agrícola.
Além disso, o caso não tem a mínima relação com os malefícios do tabaco. No caso do tabaco, os malefícios foram conhecidos pela ciência durante décadas e foram as tabaqueiras que durante anos abafaram a ciência com campanhas de marketing e desinformação. O mesmo aconteceu por parte das indústrias fósseis para a poluição ou aquecimento global. No entanto, no caso dos gmos, o que a ciência constata é a sua segurança alimentar, embora com alguns riscos para a agricultura. Neste caso, quem tenta abafar a ciência e os factos são ativistas anti-gmo, com campanhas igualmente massivas de desinformação, scaremongering e as mais variadas teorias da conspiração. JMagalhães (discussão) 22h14min de 12 de dezembro de 2017 (UTC)Responder
vc está querendo dizer que o fato de que uma grande parcela dos estudos serem comprometidos por conflito de interesse — cuja proporção não é bem conhecida, mas que uma revisão da bibliografia alega ser a maioria — é irrelevante para essa discussão, e que isso caracteriza boa ciência? é sobre essa "boa ciência" que se construiu a ideia do consenso, um consenso que muitas fontes fiáveis alegam ser um mito.Tetraktys (discussão) 23h48min de 12 de dezembro de 2017 (UTC)Responder
Estudos sobre o quê? Eu em cima analisei a fonte do INRA que supostamente apoia o trecho de que "há conflitos de interesse em 40% dos estudos". No entanto, a fonte apenas se referia aos estudos sobre eficácia e durabilidade das sementes de Bt crops. Por outras palavras, a suspeita é que as empresas que comercializam sementes bt possam ter inflado os valores dos estudos, alegando que essas plantas são mais resistentes a pragas e mais duráveis do que aquilo que na realidade são. Ou seja, o problema é meramente agrícola e/ou comercial. O texto falha em omitir todo este contexto, insinuando junto do leitor que 40% de todos os estudos de GMO seriam manipulados, inclusive os de segurança. Isto é uma generalização inaceitável. JMagalhães (discussão) 00h10min de 13 de dezembro de 2017 (UTC)Responder
acho que não é bem assim. a revisão da bibliografia que citei [2] dizendo que a maioria dos estudos são produzidos pelas indústria, analisou exatamente a questão da segurança para consumo. essa revisão ainda diz que existe um equilíbrio na proporção de estudos que alegam problemas e aqueles que alegam a inofensividade. por equilíbrio eu presumo uma proporção mais ou menos de 50% entre os que defendem e os que levantam dúvidas (serious concerns). uma tão grande proporção de questionamento não pode ser dita um consenso. essa passagem é tb significativa: "In the period here revised, October 2006–August 2010, a few reviews on health risks of GM foods/plants have been also published (Dona and Arvanitoyannis, 2009; Magaña-Gómez and de la Barca, 2009; Key et al., 2008). In general terms, all these authors agree in remarking that more scientific efforts are clearly necessary in order to build confidence in the evaluation and acceptance of GM foods/plant by both the scientific community and the general public. Especially critical is the recent review by Dona and Arvanitoyannis (2009), who remarked that results of most studies with GM foods would indicate that they may cause some common toxic effects such as hepatic, pancreatic, renal, or reproductive effects, and might alter the hematological, biochemical, and immunologic parameters. These authors also concluded that the use of recombinant GH or its expression in animals should be re-examined since it has been shown that it increases IGF-1 which, in turn, may promote cancer. A harsh response to that review was recently published in the same journal (Rickard, 2010). This is indeed only an example on the controversial debate on GMOs, which remains completely open at all levels.Tetraktys (discussão) 00h55min de 13 de dezembro de 2017 (UTC)Responder

─────────────────────────Concedo. A fonte é de fiabilidade robusta: é um estudo de revisão publicado em revista científica de elevado impacto (en:Environment International) e que analisou especificamente todos os estudos anteriores sobre toxicidade de determinadas plantas GMO. A tabela das páginas 739-740 menciona especificamente as variedades em que foram encontrados indícios de potencial toxicidade. Vou transcrever toda a conclusão e negritar as partes relevantes para a discussão:

Citação: In the same line of our previous papers (Domingo, 2000, 2007; Domingo-Roig and Gómez-Arnáiz, 2000), the main purpose of this review-article was to critically revise the published scientific literature on potential toxic effects/health risks of GM plants. It was noticed that the total number of general references on GMOs in general, and GM foods/plants in particular, found in the databases PubMed and Scopus has considerably increased between our 2006 search (Domingo, 2007) and the current one. In spite of this, the number of studies specifically focused on safety assessment of GM plants is still limited. However, it is important to remark that for the first time, a certain equilibrium in the number of research groups suggesting, on the basis of their studies, that a number of varieties of GM products (mainly maize and soybeans) are as safe and nutritious as the respective conventional non-GM plant, and those raising still serious concerns, was observed. Moreover, it is worth mentioning that most of the studies demonstrating that GM foods are as nutritional and safe as those obtained by conventional breeding, have been performed by biotechnology companies or associates, which are also responsible of commercializing these GM plants. Anyhow, this represents a notable advance in comparison with the lack of studies published in recent years in scientific journals by those companies (Domingo, 2007). The scientific community may finally be able to critically evaluate and discuss all that information, which was not possible until now. Scientists know quite well how different may be the information published in reputed international journals, which has been submitted to peer-review processes, from those general comments/reports not submitted to this selective procedure. A relatively remarkable finding of the present review is that the published scientific literature between October 2006 (Domingo, 2007) and August 2010 (current review) on edible GM plants, concerns only to three products: corn/maize, soybeans, and rice, rice being comparatively the less abundant. We have not been able to find citations involving investigations on GM potatoes (except a review by Arvanitoyannis et al., 2008), peas, tomatoes, pepper, etc., after October 2006. A summary of experimental studies (October 2006–August 2010) concerning dietary administration of those products to various animal species is shown in Table 1. With respect to corn/ maize, various studies have concluded that the transgenic varieties 1507 (MacKenzie et al., 2007), 59122 (Malley et al., 2007; Juberg et al., 2009; He et al., 2008), 1507× 59122 (Appenzeller et al., 2009a), 98140 (Appenzeller et al., 2009b; McNaughton et al., 2007), Y642 (He et al., 2009), and MON 88017 (Healy et al., 2008) were as safe as conventional quality protein maize. In contrast, Séralini's group raised concern regarding some commercialized GM maize (NK 603, MON 810 and MON 863) (Séralini et al., 2007, 2009; de Vendômois et al., 2009). Similarly, scientific controversy is also present in relation to the safety of GM soybeans. While it has been reported that 356043 (Sakamoto et al., 2007) and 305423 (Delaney et al., 2008) soybeans were as safe as conventional non-GM soybeans, some authors are still concerned by the safety of GM soybeans and recommend to investigate the long-term consequences of GM diets and the potential synergistic effects with other products and/or conditions (Malatesta et al., 2008a,b; Cisterna et al., 2008; Magaña-Gómez et al., 2008). In the period here revised, October 2006–August 2010, a few reviews on health risks of GM foods/plants have been also published (Dona and Arvanitoyannis, 2009; Magaña-Gómez and de la Barca, 2009; Key et al., 2008). In general terms, all these authors agree in remarking that more scientific efforts are clearly necessary in order to build confidence in the evaluation and acceptance of GM foods/plant by both the scientific community and the general public. Especially critical is the recent review by Dona and Arvanitoyannis (2009), who remarked that results of most studies with GM foods would indicate that they may cause some common toxic effects such as hepatic, pancreatic, renal, or reproductive effects, and might alter the hematological, biochemical, and immunologic parameters. These authors also concluded that the use of recombinant GH or its expression in animals should be re-examined since it has been shown that it increases IGF-1 which, in turn, may promote cancer. A harsh response to that review was recently published in the same journal (Rickard, 2010). This is indeed only an example on the controversial debate on GMOs, which remains completely open at all levels. Finally, we would like to indicate that the review on allergenicity of GM plants has not been included herein. European legislation stipulates that GMOs have to be monitored to identify potential adverse environmental effects (Reuter et al., 2010). The European Food Safety Authority (EFSA) has recently published a Scientific Opinion regarding assessment of allergenicity of GM plants and microorganisms and derived food and feed (EFSA, 2010). Detailed information on this important issue is available at http://www.efsa.europa.eu/en/scdocs/scdoc/1700.htm.

Apesar do negrito acho que todo o texto acima é importante e certamente que toda a discussão sobre isto e todas as fontes do artigo devem ter por base artigos de revisão idênticos e publicados em revistas científicas reputadas, e nunca com base em estudos isolados, publicações duvidosas ou notícias de jornal. No entanto, saliento que a revisão é de 2010 e que os autores deixam claro que entre 2006 e 2010 o número de estudos cresceu exponencialmente. Já passaram mais sete anos e o número de estudos cresceu novamente. Resta saber se revisões mais recentes ainda corroboram esta conclusão de 2010. JMagalhães (discussão) 01h54min de 13 de dezembro de 2017 (UTC)Responder

Aliás, já encontrei um problema. A revisão cita como o principal estudo a encontrar evidências de toxicidade em ratos um estudo de Séralani. Este é o mesmo Séralani que em 2012 publicou o estudo sobre GMO mais criticado até hoje, amplamente criticado por toda a comunidade científica por conter graves erros metodológicos, distorções e sensacionalismo. O caso é tão famoso que até tem artigo na en.wiki. Portanto, é mesmo absolutamente imprescindível saber o que é que estudos de revisão mais recentes concluem. JMagalhães (discussão) 02h52min de 13 de dezembro de 2017 (UTC)Responder
isso não afeta a sua declaração de que a maioria dos estudos foi criada em associação com empresas, que é o que eu estou querendo enfatizar em primeiro lugar. mas certamente temos que revisar isso tudo com muito cuidado. há o grande problema de sermos leigos no assunto. será que temos colegas que poderiam ajudar nisso? talvez o Ixocactus e o Tiburcio43? eu quero deixar claro que não apoio teorias de conspiração, mas há muitos sinais e evidências de que a alegação do consenso é muito mais frágil do que tem sido divulgado. por enquanto já encontrei outras fontes levantando questionamentos sobre a isenção da bibliografia e sobre o critério de equivalência substancial. veja:
  • Uma parte muito significativa dos cientistas que pesquisam os transgênicos possui laços, nem sempre declarados, com a indústria de produtos GM, caracterizando conflitos de interesse. [...] Esse tipo de conflito de interesse também está presente em vários outros órgãos nacionais e internacionais. [...] a transformação dos transgênicos em uma realidade mercadológica envolve muito mais do que ciência. Ela depende de um Estado submisso aos interesses corporativos, de uma ciência disposta a se colocar como agente de propaganda, de universidades ávidas por dinheiro corporativo, de um sistema de ensino que forme profissionais incapazes de pensar alternativas de produção para além daquelas oferecidas pelas grandes corporações, de um sistema midiático de propaganda que possibilite subjugar efetivamente os cidadãos, transformando-os em meros consumidores, de uma ordem internacional fundada na violência etc. Ambiente & Sociedade 2005 essa situação não mudou.
  • "The most detailed regulatory tests on the GMOs are three-month long feeding trials of laboratory rats, which are biochemically assessed. The tests are not compulsory, and are not independently conducted. The test data and the corresponding results are kept in secret by the companies. [...] The present rules for GMO risk assessment are mainly based on the concept of substantial equivalence. [...] Such a concept is subjected to debate in the scientific community because it is based on a simplistic view of living cells. [...] This implies that GMOs are insufficiently evaluated". International Journal of Biological Sciences 2010
  • Considering, however, the high financial stakes involved, concerns are raised over the influence that conflicts of interest may place upon articles published in peer-reviewed journals that report on health risks or nutritional value of genetically modified food products. In a study involving 94 articles selected through objective criteria, it was found that the existence of either financial or professional conflict of interest was associated to study outcomes that cast genetically modified products in a favorable light.Food Policy 2011

outros estudos dizem que a situação não mudou mesmo:

  • In the case of university research, the risks of conflicts of interest may not be readily apparent until corporate interests begin to direct research priorities. In a 2003 interview, Derek Bok, former president of Harvard University, expressed his concern that private interests can slowly and subtly begin to impact scholarship; “at the outset, profits to be made seem all too tangible, while the risks appear to be manageable and slight [...] The problems come so gradually and silently that their link to commercialization may not even be perceived” (Lotter 2008: 52). As conflicts of interest have become apparent, some scholars are becoming frustrated with private influence over university research priorities (Bressler 2009; Krimsky 2015; Lotter 2008; Monbiot 2003; Peekhaus 2010). Agricultural biotechnology research provides an example of a sector that has been significantly influenced by corporate sponsorship, with private funding for agricultural research surpassing public funding in 2010. [...] some scientists argue that the safety testing conducted thus far does not provide enough information and worry about possible health and ecological risks (Bawa and Anilakumar, 2012; Clark, 2006; Hilbeck et al., 2015). [...] the very companies responsible for commercializing genetically modified crops have gained substantial influence in the resulting scientific and political debates (Lotter, 2009; Myhr & Traavik, 2003; Peekhaus, 2010). tese Colby College 2017
  • The National Academies of Sciences, Engineering and Medicine (NASEM) publishes numerous reports each year that are received with high esteem by the scientific community and public policy makers. [...] Our results show that The Academies failed to follow FACA requirements in making transparent the financial conflicts of interests of members of its Committee on Genetically Engineered Crops in its May 2016 publication [...] The “funding effect” has been reported across a number of fields [...]. Another meta-analysis documented widespread conflicts of interest in published research about efficacy and durability of genetically engineered crops, and also found that the presence of conflicts was associated with favorable outcomes to agricultural biotechnology companies. PLOS ONE 2017 Cabe perguntar por que motivo os efeitos de COI estariam ausentes especificamente nas avaliações de risco sanitário.
  • European Food Safety Authority - This report shows that over a period of many years, influential EFSA managers and regulators have been heavily involved with a US-based organisation called the International Life Sciences Institute (ILSI), which is funded by multinational pesticide, chemical, GM seed, and food companies. relatório Earth Open Source 2011, pró-AGM, mas muito referenciado.
  • Genetically modified foods have been around for about two decades and are deemed generally safe, yet they continue to generate controversy. While some studies show that these engineered foods are as safe as traditionally grown foods, other studies show deleterious effects in animals. In a meta-analysis, most of the studies showing genetically modified foods in a positive light were noted to have a conflict of interest. The scientific community is concerned about industry restrictions on testing of genetically modified seeds. Also, there is concern that profit may be fueling the adoption of genetically modified crops. Ongoing independent studies to evaluate safety are needed. Massachusetts Medical Society 2015
  • Relationships of physicians, researchers, and medical institutions with the pharmaceutical, device, and biotechnology industry contribute to the advancement of medical research and the development of life-saving technologies. However, these academic-industry partnerships are pervasive, and they can create conflicts of interest (COI) that may increase the risk of harm to patients, bias research and jeopardize public trust in academic medical centers. PLOS ONE 2017
  • While financial COI disclosure was well defined by the majority of the journals, many did not have clear policies on disclosure of non-financial COI, disclosure of financial COI of family members and institutions of the authors, and effect of disclosed COI or non-disclosure of COI on editorial policies. PLOS 2016
  • não há consenso. Environmental Sciences Europe 2015 A broad community of independent scientific researchers and scholars challenges recent claims of a consensus over the safety of genetically modified organisms (GMOs). In the following joint statement, the claimed consensus is shown to be an artificial construct that has been falsely perpetuated through diverse fora.
  • não há consenso. Science, Technology, & Human Values 2015 I began this article with the testimonials from respected scientists that there is literally no scientific controversy over the health effects of GMOs. My investigation into the scientific literature tells another story. I found twenty-six animal feeding studies that have shown adverse effects or animal health uncertainties (Table 2). The eight review articles were mixed in their assessment of the health effects of GMOs.
  • A regulação sobre alimentos transgênicos também é atravessada por interesses mercadológicos e visões conflitantes sobre a natureza dos riscos envolvidos. [...] O conflito entre os interesses privados e as demandas sociais na área é claramente percebido nos diferentes componentes do processo decisório em torno da regulação. A rotulagem desses alimentos, por exemplo, tem se revelado um verdadeiro campo de batalha e evidenciado os limites da efetiva implementação de normas e dispositivos legais. [Fundação Oswaldo Cruz 2015]

Tetraktys (discussão) 04h11min de 13 de dezembro de 2017 (UTC)Responder

Eu só queria acrescentar algumas observações, que justificam a maneira como esse artigo foi construído e a direção da abordagem adotada. Em primeiro lugar, ao longo da pesquisa que fiz, ficou evidente que a bibliografia, mesmo a publicada em jornais peer reviewed, está comprometida em uma larga proporção, e que a indústria exerce uma importante influência também sobre as metodologias de avaliação e os processos governamentais de aprovação de AGM. Muitas fontes documentaram isso.

Em segundo, além da bibliografia que foi identificada como comprometida, pareceu-me claro que a dificuldade de identificar os conflitos de interesse, que poucas vezes são explicitados, torna outra boa proporção da bibliografia potencialmente suspeita, podendo estar comprometida sem que isso tenha sido identificado. Várias fontes acusam uma influência da indústria em larga escala, e várias referem como é difícil descobrir os verdadeiros motivos das pesquisas. Isso indica que a proporção dos estudos comprometidos possivelmente seja bem maior do que a já grande proporção identificada.

Numerosos estudos e opiniões profissionais alegam que o critério de equivalência substancial é fraco e problemático. A própria FAO disse claramente que esse critério foi estabelecido por praticidade, para poupar custos de pesquisa, e não por preocupações exatamente científicas. Socorro!! No entanto, o critério foi adotado em larga escala e é o parâmetro de toda a bibliografia que encontrei que alega a segurança dos AGM. Uma vez adotado esse critério por grandes e prestigiadas organizações internacionais e por um sem-número de academias, ele se tornou um critério hegemônico e entrou num ciclo de auto-sustentação, sendo hoje tomado comumente como o estado da arte ou, como encontrei citado várias vezes, “o melhor possível”, quando ele não é nem isso nem aquilo. Existe uma metodologia muito mais sofisticada e sólida, usada em outros campos, e o simples fato de ele rotineiramente prescindir de estudos de longo prazo o coloca na categoria dos improvisos e das soluções de compromisso, e não de uma ciência de ponta, ou seja, ele está longe do verdadeiro estado da arte da pesquisa médica e farmacêutica.

Além disso, muitas fontes acusam que o critério, mais do que fraco, é aplicado indiscriminadamente e com muita laxidão em vários locais. Todos os corpos governamentais reguladores dos principais países cultivadores de AGM foram acusados de manter muitos membros com conflito de interesse.

Assim, juntando todas essas linhas de evidência, acabei julgando muito procedentes as opiniões de que o consenso é uma fabricação artificial, resultado em grande medida de preocupações imediatistas e interesses de mercado. Por isso centrei o artigo na polêmica e não nas certezas e supostos consensos. Se isso deve ser visto como uma defesa de teorias de conspiração ou de teorias marginais, deixo para a avaliação dos colegas. O que me pareceu é que há algo de muito podre nesse reino dos AGM. Mas enfim, eu sou um mero leigo interessado no assunto. Se os colegas tiverem conhecimentos mais profundos, ficarei feliz em deixar a reconstrução do artigo aos seus cuidados, será uma coisa a menos para eu me preocupar. Eu só acho que as ressalvas que fiz, que não são minhas, só as repeti a partir de várias fontes, devem ser bem consideradas no momento de avaliar a credibilidade das fontes em geral e das alegações de consenso. Eu sugiro ainda que se for o caso de reescrever esse artigo, se use primeiro uma página de rascunhos, para que se possa debater cada trecho mais confortavelmente e sem entrarmos em possíveis guerras de edição. Tetraktys (discussão) 00h23min de 14 de dezembro de 2017 (UTC)Responder

atualização[editar código-fonte]

a maioria das refs fora de lugar ou fracas foram corrigidas ou substituídas. pode haver ainda algumas necessitando revisão. eu já fiz o meu papel de advogado do diabo e me parece que as críticas já estão bem documentadas, dividi as críticas por temas e tb ampliei bastante as posições favoráveis, mas falta descrever melhor os alegados benefícios e detalhar aspectos do cultivo, metodologias de produção e análise, etc etc etc. isso eu não vou fazer. já contribuí bastante para o artigo. o tema não é do meu especial interesse e já cansei dele. passo a bola. Tetraktys (discussão) 08h40min de 14 de dezembro de 2017 (UTC)Responder

Pode usar teoria da conspiração?[editar código-fonte]

Sinceramente, como deixaram essa bizarrice desse artigo aqui? O mais bizarro disso tudo é que a página brasileira é a única a ta formatada dessa forma, não há nenhuma evidência de que é um "consenso fabricado" e existe uma biossegurança baseada em evidências científicas, não por acaso não há nenhuma fonte citada, se puderem alterem esse artigo, sinceramente estamos passando vergonha internacionalmente e está passando uma informação errada pras pessoas