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Echelon: diferenças entre revisões

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"A chave da interpretação", segundo o jornalista neozelandês [[Nicky Hager]], "reside em poderosos computadores que perscrutam e analisam a massa de mensagens para delas extraírem aquelas que apresentam algum interesse. As estações de interceptação recebem milhões de mensa­gens destinadas às estações terrestres credenciadas e utili­zam computadores para decifrar as informações que con­têm endereços ou textos baseados em [[palavra-chave|palavras-chave]] pré-programadas".
"A chave da interpretação", segundo o jornalista neozelandês [[Nicky Hager]], "reside em poderosos computadores que perscrutam e analisam a massa de mensagens para delas extraírem aquelas que apresentam algum interesse. As estações de interceptação recebem milhões de mensa­gens destinadas às estações terrestres credenciadas e utili­zam computadores para decifrar as informações que con­têm endereços ou textos baseados em [[palavra-chave|palavras-chave]] pré-programadas".


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== Espionagem industrial ==

O sistema Echelon tem sido, alegadamente, utilizado em prol dos interesses comerciais americanos.

Exemplos conhecidos<ref>PDF Cap 10.7 pags.106-111 do [http://www.europarl.europa.eu/sides/getDoc.do?pubRef=-//EP//TEXT+REPORT+A5-2001-0264+0+DOC+XML+V0//PT Relatório do Parlamento Europeu ]</ref> são:
* Enercon, empresa Alemã que desenvolve tecnologia relacionada com turbinas eólicas <ref>Die Zeit: 40/1999 ''"Verrat unter Freunden"'' ("Treachery among friends", German), available at [http://www.zeit.de/1999/40/199940.nsa_2_.xml archiv.zeit.de]</ref><ref>Relatório A5-0264/2001 do Parlamento Europeu (Português), disponivel em [http://www.europarl.europa.eu/sides/getDoc.do?pubRef=-//EP//TEXT+REPORT+A5-2001-0264+0+DOC+XML+V0//PT European Parliament website]</ref>
* Lernout & Hauspie <ref>Lernout & Hauspie® Portuguese TTS Engine TTS3000 é um plugin da Microsoft onde você poderá em alguns programas usar o recurso de ouvir um texto escrito. Pode ler em Português do brasil. Com está tecnologia TTS a velocidade da tradução de escrita para voz é feita de forma rápida e com um som perfeito.</ref> empresa Belga, abriu falencia depois de se saber da existência de uma contabilidade paralela. Foi comprada em Dezembro de 2001 pela Nuance Communications.
* Airbus versus Boeing em 1994. Contrato de 6 milhões de dólares com a Arábia Saudita. Revelação de suborno do consórcio europeu Airbus. Método utilizado, "(...) de escuta de faxes e telefonemas entre o consórcio europeu Airbus, a companhia aérea e o Governo sauditas sobre satélites de comunicações. A McDonnel-Douglas, concorrente norte-americana da Airbus, conclui o negócio". (pag.107 do relatório elaborado pelo PE).


== O megapoder da NSA ==
== O megapoder da NSA ==

Revisão das 00h17min de 4 de outubro de 2013

Radomos na base RAF Menwith Hill, localizada em Harrogate, Reino Unido.

Echelon é o nome pelo qual é mais conhecido um projeto secreto de SIGINT. Não existem explicações oficiais sobre a função que desempenha. Alguns estudiosos da área afirmam que serve para a interceptação mundial de telecomunicações (internet, fax, telemóvel) encabeçado pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, com a colaboração de agências governamentais de outros países (Reino Unido, Austrália, Canadá, Nova Zelândia), para analisar as comunicações a nível mundial, com o objectivo de procurar mensagens que representem ameaças à segurança mundial. Há também indícios de que o sistema tenha sido usado para a prática de espionagem comercial.[1][2]

O sistema foi estabelecido , após a Segunda Guerra Mundial, no âmbito do que é conhecido como UKUSA Agreement ("Acordo Reino Unido-Estados Unidos") e é administrado conjuntamente pelos serviços de informação dos estados membros do Acordo, a saber:

  • NSA (National Security Agency) dos Estados Unidos, o principal contribuinte e utilizador;
  • GCHQ (Government Communications Headquarters) do Reino Unido;
  • CSTC (Centre de la sécurité des télécommunications Canada);
  • DSD (Defence Signals Directorate) da Austrália;
  • GCSB (Government Communications Security Bureau) da Nova Zelândia.

Embora o Echelon tenha sido originalmente concebido como uma rede de espionagem internacional, já em 1999 os membros do Congresso dos Estados Unidos discutiam a possibilidade de que o sistema pudesse ser usado também para espionar os cidadãos americanos. [3]

No final de janeiro de 2006, a Electronic Frontier Foundation, uma entidade ligada à defesa das liberdades no mundo digital, iniciou uma ação judicial contra a operadora telefônica norte-americana AT&T, por sua suposta colaboração com o Echelon [4].

Um dos radomos situados na base RAF Menwith Hill.
A Ilha de Ascensão é apontada como uma das possíveis bases do Sistema Echelon.

O Pacto UK-USA

Aqueles que não têm dúvidas sobre a existência do Echelon afirmam que tudo o que se fala pelo telefone ou que se transmite pela Internet ou por fax, é controla­do, em tempo integral, via satélite, pelo Sistema Echelon - uma sofisticada máquina cibernética de espionagem, cria­da e mantida pela Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos, com a participação direta do Reino Unido, do Canadá, da Austrália e da Nova Zelândia.

Com suas atividades iniciadas nos anos 1980, o Echelon teria, como embrião histórico, o UKUSA Agreement, firmado secretamente pela Grã-Bretanha e pelos EUA, no início da Guerra Fria.

Destinado à recolha e troca de informações, o Pacto Reino Unido-Estados Unidos resultou, nos anos 1970, na instalação de estações de rastrea­mento de mensagens enviadas desde e para a Terra por satélites das redes Intelsat (International Telecommunica­tions Satellite Organisation) e Inmarsat. Outros satélites de observação foram enviados ao es­paço para a escuta das ondas de rádio, de celulares e para o registro de mensagens de correio eletrônico.

No Reino Unido, o órgão governamental associa­do à NSA é a GCHQ (Government Communications Headquarters, o serviço de informações britânico). A maior base eletrônica de espionagem no mundo é a Field Station F83 da NSA. A estação está situada em Menwith Hill, Yorkshire, na Grã-Bretanha.[5]

Além disso, já sob o guarda-chuva do Echelon, seriam cap­tadas as mensagens de telecomunicações, inclusive de ca­bos submarinos e da rede mundial de computadores, a Internet. Em linguagem técnica, o objetivo dessa rede seria captar sinais de inteligência, conhecidos como SIGINT.

O segredo tecnológico do Echelon consiste na interco­nexão de todos os sistemas de escuta. A massa de infor­mações é espetacular e, para ser tratada, requer uma tria­gem pelos serviços de espionagem dos países envolvidos, por meio de instrumentos da inteligência artificial.

"A chave da interpretação", segundo o jornalista neozelandês Nicky Hager, "reside em poderosos computadores que perscrutam e analisam a massa de mensagens para delas extraírem aquelas que apresentam algum interesse. As estações de interceptação recebem milhões de mensa­gens destinadas às estações terrestres credenciadas e utili­zam computadores para decifrar as informações que con­têm endereços ou textos baseados em palavras-chave pré-programadas".

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O megapoder da NSA

Lançamento de satélite espião no Cabo Canaveral em 2003.

A agência de inteligência norte-americana mais conhe­cida é a CIA. No entanto, de acordo com os pesquisadores nessa arca, a mais poderosa é a NSA. Ela possui, hoje, cer­ca de 20 mil funcionários em Fort Meade, seu quartel-ge­neral. São, principalmente, analistas de sistemas, engenhei­ros, físicos, matemáticos, linguistas, oficiais de segurança e administradores de empresas, entre outros especialistas de alto padrão.

A NSA foi criada em 1952 por meio de um decreto se­creto do presidente Harry Truman para cuidar de espionagem e contra-espionagem, dentro e fora dos Estados Unidos. Seu organograma (conhecido publicamente, pela primeira vez, em 18 de dezembro de 1998, graças à lei co­nhecida como Freedom Information Act), demonstra que seus serviços cobrem praticamente todo o universo das tecnologias da informação.

Com base nessa massa crítica, os EUA adiantaram-se no tempo para assegurar sua hegemonia mundial no sé­culo 21. Em novembro de 1997, o chefe do Estado-Maior da Força Aérea norte-americana fez palestra na Câmara de Representantes, em Washington e afirmou: “No primei­ro trimestre do próximo século, seremos capazes de locali­zar, seguir e mirar — praticamente em tempo real — qual­quer alvo importante em movimento, na superfície da Ter­ra

Ao refletir sobre o que chama de televigilância global, o filósofo e urbanista francês Paul Virilio afirma que o fenômeno histórico que leva à mundialização exige cada vez mais luz, cada vez mais iluminação. E assim que se desenvolve hoje uma televigilância global que não reco­nhece qualquer premissa ética ou diplomática. A atual glo­balização das atividades internacionais torna indispensá­vel uma visão ciclópica ou, mais precisamente, uma visão cyber-ótica... Com essa dominação do ponto de vista orbi­tal, o lançamento de uma infinidade de satélites de obser­vação tende a favorecer a visão globalitária. Para “dirigir” a vida, não mais se trata de observar o que acontece diante de si. A dimensão zenital prevalece, de longe ou mais alto, sobre a horizontal e não se trata de um assunto de pouca importância porque o “ponto de vista de Sirius” apaga toda perspectiva”. (em Le Monde Diplomatique, agosto de 1999, pgs.4e 5).

Estados Unidos: espionagem interna

Em dezembro de 2005, o New York Times publicou um artigo afirmando que, durante a Administração Bush, a NSA havia implementado um programa de espionagem interna desde 2002, usando o sistema Echelon.[6][7][8][9]

Durante a disputa de fronteira sobre as ilhas Saint-Pierre e Miquelon, que opôs a França e o Canadá, o Echelon também teria sido usado,[10] segundo um antigo agente da CSE, Fred Stock. Em outra entrevista, concedida ao tabloide dinamarquês Ekstra Bladet, Stock também revelou que o Canadá usou o Echelon para espionar a empresa francesa Airbus e empresas do setor agrícola da França, para obter informações comerciais.[2]

Criptografia

Métodos conhecidos desde há séculos e bastante utilizados quer pelas potências do Eixo, quer pelos Aliados da Segunda Guerra Mundial, são os métodos criptográficos. Consistem essencialmente na distorção de uma mensagem através de dicionários e de senhas conhecidas apenas pelos autores e destinatários da mensagem.

Os alemães ficaram sobejamente conhecidos por terem criado o mais divulgado e famoso criptólogo da história, a máquina Enigma. Similar a uma máquina de escrever, permitia através de um código específico transmitir mensagens de rádio criptografadas. Muitos cientistas da computação ingleses dedicaram-se à decodificação desses mesmos sinais numa base da Inglaterra. Segundo certa documentação cinematográfica, foram os submarinos americanos que, ao capturarem um submarino alemão, obtiveram o código secreto.

Hoje em dia, com processadores muito mais poderosos, capazes de efectuar milhões de operações por segundo, os métodos e os algoritmos tornaram-se também muito mais complexos. No entanto os objectivos continuam os mesmos.

Uma mensagem de correio electrónico ou de telefone móvel e uma chamada telefônica, são compostas por informação que pode ser reduzida a estruturas simples (combinações de zero e um), dando origem ao denominado mundo digital. Estas mensagens podem ser alteradas e criptografadas, através de programas de computador, de forma a que nem o próprio sistema Echelon as consiga decifrar. O caso que foi referenciado pelo sistema Echelon dizia respeito ao número de bits utilizados na criptografia da mensagem. Os europeus, nas suas comunicações internas - que desde há muito são encriptadas - utilizavam uma chave de N bits, das quais os americanos exigiam conhecer N/2 bits, argumentando que muitas comunicações com intuitos terroristas provinham do espaço europeu. Com essa informação, seria possível ao sistema Echelon, decifrar as mensagens trocadas pelos Europeus.

O caso da Airbus referenciado anteriormente, ficou por ser o mais conhecido, enquanto espionagem industrial, para fins ilícitos.

Referências

  1. ECHELON: America's Secret Global Surveillance Network. Por Patrick S. Poole.
  2. a b We spied on companies and heads of State. Ekstra Bladet, 23 de março de 2000.
  3. Lawmakers Raise Questions About International Spy Network. Por Niall McKay. NY Times, 27 de maio de 1999.
  4. NSA Multi-District Litigation
  5. Somebody's listening. New Statesman, 12 de agosto de 1988.
  6. «Bush Lets U.S. Spy on Callers Without Courts». New York Times. 16 de dezembro de 2005. Consultado em 2 de julho de 2006 
  7. «NSA uses ECHELON against US citizens». The Register. 16 de dezembro de 2006. Consultado em 2 de julho de 2006 
  8. «Posner to the Left: Get a Life». Redstate. 22 de dezembro de 2005. Consultado em 2 de julho de 2006 
  9. «MOUNTAIN VIEWS: EAVESDROPPING REVELATIONS STUNNING». Niagara Falls Reporter. 20 de dezembro de 2005. Consultado em 2 de julho de 2006 
  10. Canada a key snooper in huge spy network. Report says alliance is able to intercept nearly any message. The Ottawa Citizen, 24 de maio de 1999.

Ver também

Ligações externas

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