Edifício Sulacap

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Edifício Sulacap
Edifício Sulacap
Edifício Sulacap em 2017
Tipo prédio
Estilo dominante art déco
Arquiteto Robert Prentice e Anton Floderer
Inauguração 1946
Função inicial prédio comercial
Proprietário atual Jorge Arapiraca
Função atual prédio comercial
Dimensões
Número de andares 7
Área 4 000 m²
Geografia
País  Brasil
Cidade Salvador
Av. Sete de Setembro, Centro
Coordenadas 12° 58' 41" S 38° 30' 53" O

Edifício Sulacap é um prédio inaugurado no ano de 1946 localizado na capital do estado brasileiro da Bahia, Salvador, em sua região central.[1][2][3]

História[editar | editar código-fonte]

O Edifício Sulacap foi inaugurado no ano de 1946, sendo projetado pelos arquitetos Anton Floderer e Robert Prentice, o primeiro austríaco e o segundo escocês, profissionais que desenvolveram diversas obras no Brasil.[4][5][6] O prédio é localizado na região central de Salvador, localizado na esquina da Avenida Sete de Setembro com a Rua Carlos Gomes, em frente à Praça Castro Alves, e é um dos principais representantes da Art déco na capital soteropolitana.[7][8][9] Segundo o professor aposentado de Arquitetura da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia (FAUFBA) instituição vinculada a Universidade Federal da Bahia (UFBA), Isaias Carvalho, "Desde os anos 30, desejava-se a cidade ‘moderna’, e essa vontade foi sendo concretizada na região mais ao norte, como as condições eram mais interessantes aos investidores [...] O Sulacap representa isso."[5][10]

O prédio possui sete andares, cento e vinte uma lojas além de quatro lojas.[7] A edificação ocupa cerca de 900 metros quadrados, com oito pavimentos e subsolo, totalizando 4 mil metros quadrados de área construída.[7] O prédio foi muito frequentado pelos músicos Gilberto Gil para trabalhar com jingles na Gravações JS e o maestro Carlos Lacerda, além de ser um dos principais pontos de encontro no Carnaval de Salvador.[5][11]

Tombamento[editar | editar código-fonte]

Sendo um dos principais representantes do movimento artístico europeu da Art déco — caracterizado pelo luxo e e pela extravagância — o prédio foi observado pelos órgãos de preservação memorial do Estado da Bahia, como o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC).[12][13]

O processo pelo tombamento do prédio iniciou-se no ano de 2008, pela funcionária Nilde Nobre do Conselho Estadual de Cultura (CEC), que propôs o tombamento do prédio baiano e recebeu o tombamento provisório.[13]

No ano de 2016, em meio ao governo Temer, o prédio buscou um edital de captura de recursos financeiros de manutenção do edifício junto ao Conselho de Cultura.[7] No mesmo ano, o prédio recebeu parecer favorável ao tombamento e coube o processo à ser analisado pelo governador da Bahia, Rui Costa.[13][14]

Em reportagem de 2021 publicada no jornal baiano Correio, apurada pela jornalista Rafaela Santana, constou que a Defesa Civil da Bahia percebeu uma série de problemas estruturais no prédio.[5] A reportagem demonstrou, assim como a perícia, que partes estruturais do prédio correm risco de desabar e com isso colocar o prédio em risco devido à falta de manutenção.[5]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Td (28 de agosto de 2011). «Teoria e História da Arquitetura: EDÍFICIO SULACAP». Teoria e História da Arquitetura. Consultado em 10 de julho de 2021 
  2. «Salvador». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 10 de julho de 2021 
  3. Lima, Fernanda (3 de janeiro de 2018). «Escolha o prédio que tem a cara de Salvador». Jornal Correio. Consultado em 11 de julho de 2021 
  4. Azevedo, Paulo (2007). «Alexander S. Buddeüs: A passagem do cometa pela Bahia». Vitruvius. Consultado em 10 de julho de 2021 
  5. a b c d e Santana, Fernanda (28 de fevereiro de 2021). «Perícias mostram perigos estruturais e histórico Sulacap vira alvo de briga judicial». Jornal Correio. Consultado em 10 de julho de 2021 
  6. Silva, Joana (2010). «O arquiteto e a produção da cidade: a experiência de Jacques Pilon em perspectiva (1930-1960)» (PDF). Universidade de São Paulo. Consultado em 10 de julho de 2021 
  7. a b c d Aragão, Geraldo (21 de novembro de 2016). «Símbolo da arquitetura Art decó em Salvador pode ganhar título de Patrimônio da Bahia». Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia. Consultado em 10 de julho de 2021 
  8. Gantois, Eduardo (15 de junho de 2013). «Ladeira de São Bento e edifício Sulaca-Centro Nervoso de Salvador». História de Salvador - Cidades baixa e alta. Consultado em 11 de julho de 2021 
  9. Bom Dia Sábado - Rede Bahia | Trânsito é interditado em trecho da Av. Sete, em Salvador, para continuação de obras Assista online | Globoplay, consultado em 11 de julho de 2021 
  10. «Isaías de Carvalho Santos Neto». EDUFBA – Editora da Universidade Federal da Bahia. Consultado em 11 de julho de 2021 
  11. Lima, Adriane (17 de junho de 2011). «Carnaval de Salvador – Domingo light na Praça Castro Alves». Área de Jogos da Adri - Viagens e a minha Bahia. Consultado em 11 de julho de 2021 
  12. «Art Déco | Um reflexo otimista através da beleza e luxo - Design». Arte|Ref. 31 de outubro de 2019. Consultado em 11 de julho de 2021 
  13. a b c Almeida, Luana (4 de dezembro de 2016). «Parecer é favorável ao tombamento do Sulacap». A Tarde. Consultado em 11 de julho de 2021 
  14. «Aprovado o dossiê de tombamento do Edifício Sulacap, em Salvador». Governo do Estado da Bahia. 25 de novembro de 2016. Consultado em 11 de julho de 2021