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Edifício-sede e parque da Fundação Calouste Gulbenkian

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Edifício-sede e parque da Fundação Calouste Gulbenkian
Apresentação
Tipo
Ocupante
Estatuto patrimonial
Monumento Nacional (d)
Património Mundial Provisório (d) ()Visualizar e editar dados no Wikidata
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Localização
Localização
Coordenadas
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O Edifício-sede e parque da Fundação Calouste Gulbenkian localizam-se num quarteirão ladeado pela Avenida de Berna, Avenida António Augusto de Aguiar e Rua Marquês de Sá da Bandeira, Lisboa.

Obra emblemática da arquitetura modernista portuguesa, o edifício-sede articula-se com o Museu Calouste Gulbenkian e alberga os serviços centrais da Fundação bem como salas de espetáculos, de exposições, etc. O Parque onde se insere ocupa posição identicamente relevante no quadro da arquitetura paisagista nacional, sendo um dos mais importantes espaços verdes da cidade de Lisboa.

Edifício-sede

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A sede da Fundação Calouste Gulbenkian localiza-se no centro de Lisboa, junto à Praça de Espanha, no interior de um parque com 7,5 hectares; ocupa uma área de aproximadamente 25 mil m².

O projeto dos edifícios da Sede e Museu resultou de um concurso restrito dirigido pela Administração a três equipas de arquitetos, que decorreu entre 1959 e 1960. O caderno de encargos do concurso referia-se ao objetivo de perpetuar a homenagem à memória de Calouste Gulbenkian, através de um traçado onde se adivinhassem os aspetos fundamentais do seu carácter: "espiritualidade concentrada, força criadora e simplicidade de vida".[1]

Inaugurados em 1969, os edifícios foram projetados pelos arquitetos Ruy Athouguia, Pedro Cid e Alberto Pessoa. A sua conceção procurou criar um ambiente agradável e sóbrio, proporcionando perspectivas de visão a partir do interior, sobre diversos ângulos do jardim circundante. A sua construção baseou-se nas técnicas mais modernas (betão armado e do betão pré-esforçado).[2]

O corpo da Sede tem cerca de 125m de comprimento e 25m de largura. Distribui-se por seis pisos (dois subterrâneos), concebidos para instalar a Administração e os diversos Serviços da Fundação. Integra também salas destinadas a espectáculos, exposições, conferências e congressos. As instalações de apoio (oficinais e técnicas), situam-se no subsolo.[2]

Com uma lotação de 1300 lugares, o Grande Auditório ocupa o extremo Sul do edifício da Sede. Pode acolher todo o tipo de espectáculos - concertos, teatro, dança e conferências. O Auditório 2 tem 334 lugares. Há ainda várias salas de conferências e duas galerias para exposições temporárias.[2]

O Museu Calouste Gulbenkian alberga, em exposição permanente, a coleção de arte do Fundador; nesse mesmo edifício existe uma galeria de exposições temporárias, uma área destinada a apoio (das atividades culturais) e a Biblioteca de Arte.

O Centro de Arte Moderna foi inaugurado em 1983 no Parque Gulbenkian. Em homenagem ao primeiro Presidente da Fundação, passou a ser designado por Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão em 1993.

O Parque da Fundação Calouste Gulbenkian foi construído na década de 1960, segundo projeto dos arquitetos paisagistas António Viana Barreto e Gonçalo Ribeiro Telles, na antiga localização do Parque de Santa Gertrudes. Este jardim é considerado um exemplo emblemático do movimento moderno em Portugal e uma referência para a arquitetura paisagista portuguesa.[3]

As obras iniciaram-se em 1963, ficando concluídas em 1969, sendo de realçar a utilização de soluções construtivas altamente inovadoras para a época. "O Jardim que hoje encontramos, frondoso, envolvente e cheio de recantos surpreendentes, é o resultado de um diálogo muito forte entre homem e Natureza. Neste caso, é uma situação única, na medida que vão ser os próprios autores do projecto original a intervir, ao longo do tempo, tirando partido do crescimento da vegetação e adequando o jardim às novas solicitações dos tempos".[4]

O desenho original obrigou a modificações importantes do relevo do terreno, visto o projecto incluir a criação de um lago, de um anfiteatro ao ar livre e a instalação de lajes no solo, para a circulação. O jardim foi desenhado em função de uma escolha criteriosa de árvores, arbustos e flores. Em 2002 deu-se inicício à sua renovação, com introdução de novos percursos, mais espelhos de água e novas espécies, de acordo com projecto conduzido pelo arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles.[5]

Prémio Valmor / Monumento Nacional

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Tendo recebido o Prémio Valmor de 1975, o conjunto do edifício-sede e museu e o parque da Fundação Calouste Gulbenkian foram classificados como monumentos nacionais a 4 de Novembro de 2010.[6] O comunicado do Conselho de Ministros assinala que este conjunto "constitui uma obra de dimensão, programa e competência técnica excepcionais, de importância e significado referenciais na arquitectura nacional e internacional".[7]

Referências

  1. Museu Calouste Gulbenkian. «Museu Calouste Gulbenkian – o edifício». Consultado em 28 de maio de 2013. Arquivado do original em 6 de novembro de 2013 
  2. a b c Fundação Calouste Gulbenkian. «Sede e Instalações». Consultado em 28 de maio de 2013. Arquivado do original em 9 de setembro de 2013 
  3. Fundação Calouste Gulbenkian. «História do jardim». Consultado em 28 de maio de 2013. Arquivado do original em 26 de junho de 2014 
  4. Fundação Calouste Gulbenkian. «História do jardim». Consultado em 28 de maio de 2013. Arquivado do original em 16 de junho de 2015 
  5. Fundação Calouste Gulbenkian. «Parque Gulbenkian». Consultado em 28 de maio de 2013. Arquivado do original em 9 de setembro de 2013 
  6. Ficha na base de dados SIPA
  7. Fundação Calouste Gulbenkian. «Edifício-sede e parque da Fundação Calouste Gulbenkian património nacional». Consultado em 28 de maio de 2013 

Ligações externas

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