Encefalopatia hipertensiva

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Encefalopatia hipertensiva
Especialidade Medicina de emergência, cardiologia
Sintomas Dores de cabeça, vómitos, problemas de equilíbrio, confusão[1]
Complicações Crise epiléptica, hemorragia na retina do olho[1]
Início habitual Súbito[1]
Causas Insuficiência renal, interrupção abrupta de anti-hipertensivos, feocromocitoma, consumo de inibidores da monoamina oxidase com alimentos contendo tiramina, eclampsia[2]
Método de diagnóstico Pressão arterial > 200/130 mmHg e disfunção cerebral generalizada[1]
Condições semelhantes Encefalopatia urémica, AVC (isquómico ou hemorrágico), hidrocefalia, intoxicação por cocaína[1][2]
Medicação Labetalol, nitroprussiato de sódio[2]
Frequência Pouco comum[2]
Classificação e recursos externos
CID-10 I67.4
CID-9 437.2
CID-11 1934215896
MeSH D020343
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Encefalopatia hipertensiva é uma disfunção cerebral generalizada causada por pressão arterial muito elevada.[3] Os sintomas mais comuns são dores de cabeça, vómitos, problemas de equilíbrio e confusão.[1] A condição é geralmente de início súbito.[1] Entre as possíveis complicações estão crises epilépticas, síndrome da encefalopatia posterior reversível ou hemorragias na retina do olho.[1][3]

Na generalidade dos casos de encefalopatia hipertensiva a pressão arterial é superior a 200/130 mmHg.[1] No entanto, a condição pode também ocorrer com valores de pressão arterial tão baixos como 160/100 mmHg.[4] Entre as causas mais comuns estão a insuficiência renal, a interrupção abrupta da toma de medicamentos anti-hipertensivos, feocromocitoma, consumo de inibidores da monoamina oxidase misturado com alimentos que contenham tiramina.[2] Quando ocorre durante a gravidez denomina-se eclampsia.[2] O diagnóstico requer que sejam descartadas outras possíveis causas.[1]

A condição é geralmente tratada com medicação para diminuir rapidamente a pressão arterial.[2][3] Isto pode ser feito com recurso a labetalol ou nitroprussiato de sódio por via intravenosa.[2] Em mulheres grávidas pode ser administrado sulfato de magnésio.[2] Podem ainda ser administrados anticonvulsivos.[2]

A encefalopatia hipertensiva é pouco comum.[2] Acredita-se que seja mais frequente entre pessoas sem fácil acesso a cuidados de saúde.[2] O termo foi usado pela primeira vez por Oppenheimer e Fishberg em 1928.[5][6] Está classificada como um tipo de emergência hipertensiva.[4]

Referências

  1. a b c d e f g h i j Goldman, Lee; Schafer, Andrew I. (2011). Goldman's Cecil Medicine E-Book (em inglês). [S.l.]: Elsevier Health Sciences. p. 2326. ISBN 978-1437736083. Cópia arquivada em 22 de outubro de 2017 
  2. a b c d e f g h i j k l Lynn, D. Joanne; Newton, Herbert B.; Rae-Grant, Alexander (2004). The 5-minute Neurology Consult (em inglês). [S.l.]: Lippincott Williams & Wilkins. p. 174. ISBN 9780683307238. Cópia arquivada em 22 de outubro de 2017 
  3. a b c Price RS, Kasner SE (2014). «Hypertension and hypertensive encephalopathy». Handbook of Clinical Neurology. 119: 161–7. ISBN 9780702040863. PMID 24365295. doi:10.1016/B978-0-7020-4086-3.00012-6 
  4. a b Cameron, Peter; Jelinek, George; Kelly, Anne-Maree; Brown, Anthony F. T.; Little, Mark (2014). Textbook of Adult Emergency Medicine E-Book (em inglês). [S.l.]: Elsevier Health Sciences. p. 274. ISBN 9780702054389. Cópia arquivada em 22 de outubro de 2017 
  5. Johnson, Richard J.; Feehally, John; Floege, Jurgen = vanc (2014). Comprehensive Clinical Nephrology E-Book (em inglês). [S.l.]: Elsevier Health Sciences. p. 439. ISBN 9780323242875. Cópia arquivada em 22 de outubro de 2017 
  6. Oppenheimer, B. S. (dezembro de 1979). «Hypertensive encephalopathy». British Medical Journal. 2 (6202): 1387–8. PMC 1597139Acessível livremente. PMID 519473. doi:10.1001/archinte.1928.00130140126010