Língua manesa: diferenças entre revisões
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Revisão das 01h43min de 6 de abril de 2016
Manx | ||
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Outros nomes: | Manês, Yn Ghaelg, Yn Ghailck | |
Falado(a) em: | Ilha de Man | |
Total de falantes: | 300 nativos; 1689 como segunda língua (2,2% da população 2002) | |
Família: | Indo-européia Celta Insular Gaélica Manx | |
Estatuto oficial | ||
Língua oficial de: | Ilha de Man | |
Códigos de língua | ||
ISO 639-1: | gv
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ISO 639-2: | glv | |
ISO 639-3: | glv
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O manx, manês ou manquês (Gaelg ou Gailck, AFI: [ɡilk] ou ɡilɡ)[1] é uma língua gaélica falada na ilha de Man. O último habitante desta ilha a usá-la como língua materna foi Ned Maddrell, um pescador falecido em 1974. No entanto, por esta altura muitos cidadãos da ilha já se tinham empenhado num projecto para fazer reviver a língua, aprendendo-a como segunda língua para ensinar à descendência. Os primeiros novos falantes nativos de manx (bilíngues em inglês) começaram agora a surgir, crianças educadas em Manx por pais não falantes nativos da língua, inteirando cerca de 300 falantes.
Estreitamente relacionada com o gaélico da Escócia e com os dialectos irlandeses orientais (Ulster e Galloway), o primeiro documento literário é uma tradução de um livro de orações anglicano por volta de 1610 encomendada pelo Bispo de Sodor e Mann, John Phillips.[2] Conheceu uma época de esplendor literário nos séculos XVII e XVIII. As baladas históricas conservaram-se num manuscrito de finais do século XVIII, que recolhe uma tradição oral anterior. Também se conservam baladas de tema ossiânico; poesia religiosa (carvals, equivalentes aos carols (cânticos) ingleses, embora nem sempre de tema natalício, canções de embalar, pastoris e marítimas.
O manx é usado pelo Tynwald, o parlamento da Ilha de Man, sendo todas as leis lidas em voz alta pelo Yn Lhaihder ("o leitor") tanto em manx como em inglês. É reconhecido pela Carta Europeia das Línguas Minoritárias.
A ressurreição do manx tem sido ajudada pelas gravações efectuadas durante o século XX por investigadores, em particular pela comissão irlandesa para o folclore em 1948, assim como pelo trabalho do entusiasta e falante fluente da língua Brian Stowell.
Na sequência do declínio do uso do manx, durante o século XIX, foi fundada a Sociedade da Língua Manx, Yn Cheshaght Ghailckagh, em 1899.
Actualmente, o manx é usado como único meio de ensino em cinco das escolas pré-primárias da ilha, por uma companhia chamada Mooinjer Veggey, que também opera a única escola que ensina exclusivamente em Manx, a Bunscoill Ghaelgagh. O Manx é ensinado como segunda língua em todas as escolas primárias e secundárias e ainda na Universidade da Ilha de Man e no centro de estudos de Manx.
Os nomes maneses também estão a tornar-se novamente comuns na Ilha de Man, especialmente Moirrey (Mary), Illiam (William), Orry, Breeshey ou Breesha (Bridget) e Aalish ou Ealish (Alice). Juan (Jack/Johnny), Ean (John), Joney, Fenella (Fionnuala), Pherick (Patrick) e Freya (a partir da deusa nórdica) continuam populares.
Ortografia
A ortografia do manx, ao contrário daquela do irlandês e do gaélico escocês não representa a etimologia gaélica e apresenta considerável influência do galês e do inglês (observável na utilização de 'y' e 'w' e em combinações de letras como 'oo' e 'ee').
Por exemplo, Ilha de Man seria escrito em irlandês como "Oileán Mhanainn" ou em gaélico escocês como "Eilean Mhanainn", enquanto que em Manx é escrita "Ellan Vannin", sendo as três variantes pronunciadas aproximadamente da mesma maneira.
Se existia alguma literatura escrita de forma distinta em manx antes da Reforma, perdeu-se ou já não era possível identificá-la na altura em que o ensino da escrita passou a ser seriamente defendido. Assim, quando foram feitas tentativas (sobretudo por parte da Igreja Anglicana) para introduzir uma ortografia normalizada, foi desenvolvido um sistema novo. Supõe-se que tenha sido pura e simplesmente inventado por John Philips, o bispo de Sodor e Man, de origem galesa, que traduziu o pequeno livro das orações para Manx.
Porém, parece ter de facto algumas semelhanças com alguns sistemas ortográficos encontrados por vezes na Escócia. Por exemplo, o "Livro do deão de Lismore" foi escrito em gaélico escocês, usando um sistema ortográfico semelhante.
Números em manx
- Um (nane)
- Dois (daa)
- Três (tree)
- Quatro (kiare)
- Cinco (queig)
- Seis (shey)
- Sete (shiaght)
- Oito (hoght)
- Nove (nuy)
- Dez (jeih)
- Onze (nane jeig)
- Doze (daa yeig)
Referências
- Jackson, Kenneth Hurlstone (1955). Contributions to the Study of Manx Phonology. Edinburgo: Nelson