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Jaime Neves: diferenças entre revisões

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== Biografia ==
== Biografia ==
Em 1953, Jaime Neves entrou para a [[Escola do Exército|escola do exército]] e realizou uma comissão de serviço no antigo Estado Português da India entre os anos de [[1958]] a [[1960]], subsequentemente foi destacado para [[África]], onde cumpriu quatro missões: duas em [[Angola]] e duas em [[Moçambique]]. Era [[tenente-coronel]] graduado em [[coronel]] no [[Verão Quente]] de [[1975]] e chefiava o [[Regimento de Comandos]].
Em 1953, Jaime Neves entrou para a [[Escola do Exército|escola do exército]] e realizou uma comissão de serviço no antigo Estado Português da India entre os anos de [[1958]] a [[1960]], subsequentemente foi destacado para [[África]], onde cumpriu quatro missões: duas em [[Angola]] e duas em [[Moçambique]]. Era [[tenente-coronel]] graduado em [[coronel]] no [[Verão Quente]] de [[1975]] e chefiava o [[Regimento de Comandos]].

Na [[Revolução de 25 de Abril de 1974|Revolução dos Cravos]], foi incumbido de cinco operações, mas apenas uma foi executada com êxito. [[Otelo Saraiva de Carvalho]] e outros capitães de Abril acusam-no de ter passado a noite na casa de alterne Talima, em Lisboa, e de ter ignorado as suas responsabilidades. <ref>{{Citar web |ultimo=Moura |primeiro=Paulo |url=https://www.publico.pt/2013/01/30/jornal/jaime-neveso-antiheroi-da-revolucao-25978666 |titulo=Jaime Neves, o anti-herói da revolução |acessodata=2020-11-26 |website=PÚBLICO |lingua=pt}}</ref><ref>{{Citar web |url=https://twitter.com/1963cor/status/1331692500944363520 |titulo=https://twitter.com/1963cor/status/1331692500944363520 |acessodata=2020-11-26 |website=Twitter |lingua=pt}}</ref>


Foi agraciado a 13 de Julho de [[1995]], pelo então presidente da República [[Mário Soares]] e com o posto de [[Coronel]], com o grau de Grande-Oficial da [[Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito]].<ref>{{citar web |url=http://www.ordens.presidencia.pt/?idc=153 |título=Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas|autor=|data=|publicado=Presidência da República Portuguesa|acessodata=2014-12-02 |notas=Resultado da busca de "Jaime Alberto Gonçalves das Neves".}}</ref>
Foi agraciado a 13 de Julho de [[1995]], pelo então presidente da República [[Mário Soares]] e com o posto de [[Coronel]], com o grau de Grande-Oficial da [[Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito]].<ref>{{citar web |url=http://www.ordens.presidencia.pt/?idc=153 |título=Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas|autor=|data=|publicado=Presidência da República Portuguesa|acessodata=2014-12-02 |notas=Resultado da busca de "Jaime Alberto Gonçalves das Neves".}}</ref>
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[[Vasco Lourenço]], presidente da Associação 25 de Abril, em declarações ao Expresso, disse que ''"o curriculum militar de Jaime Neves não o justifica"'', considerando que a promoção só se entende se ''"quiserem refundir Abril, substituindo Salgueiro Maia por Jaime Neves. Estão a hostilizar e a ofender profundamente os militares de Abril e o próprio 25 de Abril"'', conclui.<ref>[https://expresso.pt/actualidade/jaime-neves-promovido-a-general=f507071 «Jaime Neves promovido a general»]. Expresso. 3 de abril de 2009. Consultado em 19 de setembro de 2012</ref> Também o Partido Comunista se insurgiu com a promoção. Jaime Neves desvalorizou as críticas e respondeu: ''"Os cães ladram, a caravana passa"''.
[[Vasco Lourenço]], presidente da Associação 25 de Abril, em declarações ao Expresso, disse que ''"o curriculum militar de Jaime Neves não o justifica"'', considerando que a promoção só se entende se ''"quiserem refundir Abril, substituindo Salgueiro Maia por Jaime Neves. Estão a hostilizar e a ofender profundamente os militares de Abril e o próprio 25 de Abril"'', conclui.<ref>[https://expresso.pt/actualidade/jaime-neves-promovido-a-general=f507071 «Jaime Neves promovido a general»]. Expresso. 3 de abril de 2009. Consultado em 19 de setembro de 2012</ref> Também o Partido Comunista se insurgiu com a promoção. Jaime Neves desvalorizou as críticas e respondeu: ''"Os cães ladram, a caravana passa"''.

Vale lembrar que o general Vasco Lourenço, durante seu tempo como governador militar de Lisboa e comandante de sua região militar (desde agosto de 1976), não tinha sob suas ordens uma única unidade militar da região: os comandos do coronel Jaime Neves, aos quais o general Rocha Vieira, chefe do Estado Maior do Exército, decidiu manter sob seu comando direto. Em 30 de março de 1978, os dois generais - Vasco Lourenço e Rocha Vieira - foram demitidos de seus cargos pelo Presidente da República, General Antonio Ramalho Eanes.


A promoção a Major-General foi confirmada pelo 19.º [[Presidente da República Portuguesa]], [[Aníbal Cavaco Silva]], a 14 de Abril de [[2009]] <ref>[http://dre.pt/pdf1s/2009/04/07500/0228102281.pdf «Decreto do Presidente da República n.º 38/2009 de 17 de Abril»] (PDF)</ref>
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Revisão das 17h59min de 27 de novembro de 2020

Jaime Neves
Nascimento 28 de março de 1936
São Dinis
Morte 27 de janeiro de 2013
Lisboa
Cidadania Portugal
Ocupação militar
Distinções
  • Grande-Oficial da Ordem Militar da Torre e Espada

Jaime Alberto Gonçalves das Neves, mais conhecido por Jaime Neves GOTE (Sabrosa, São Martinho de Anta, 28 de março de 1936Lisboa, 27 de janeiro de 2013) foi um militar português que participou na Revolução dos Cravos e, subsequentemente desempenhou um papel decisivo nas operações de defesa contra o Golpe de 25 de Novembro de 1975 que levaram ao fim do Processo Revolucionário em Curso.

Biografia

Em 1953, Jaime Neves entrou para a escola do exército e realizou uma comissão de serviço no antigo Estado Português da India entre os anos de 1958 a 1960, subsequentemente foi destacado para África, onde cumpriu quatro missões: duas em Angola e duas em Moçambique. Era tenente-coronel graduado em coronel no Verão Quente de 1975 e chefiava o Regimento de Comandos.

Foi agraciado a 13 de Julho de 1995, pelo então presidente da República Mário Soares e com o posto de Coronel, com o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito.[1]

Foi promovido a major-general, por proposta do exército e com a aprovação das chefias de todos os ramos das Forças Armadas e após sugestão de António Ramalho Eanes e Vasco Rocha Vieira. [2]

A promoção teve com base no seu papel durante a defesa contra o Golpe de 25 de Novembro de 1975 que colocou um fim ao Processo Revolucionário em Curso, "tendo em conta o papel muito relevante que Jaime Neves teve para evitar que Portugal caísse numa ditadura comunista", além de "garantir que Portugal seguia no sentido do pluralismo, da democracia e da liberdade de expressão". As chefias militares consideraram que o seu "mérito e os serviços prestados à Pátria" justificam a "promoção por distinção".

Vasco Lourenço, presidente da Associação 25 de Abril, em declarações ao Expresso, disse que "o curriculum militar de Jaime Neves não o justifica", considerando que a promoção só se entende se "quiserem refundir Abril, substituindo Salgueiro Maia por Jaime Neves. Estão a hostilizar e a ofender profundamente os militares de Abril e o próprio 25 de Abril", conclui.[3] Também o Partido Comunista se insurgiu com a promoção. Jaime Neves desvalorizou as críticas e respondeu: "Os cães ladram, a caravana passa".

Vale lembrar que o general Vasco Lourenço, durante seu tempo como governador militar de Lisboa e comandante de sua região militar (desde agosto de 1976), não tinha sob suas ordens uma única unidade militar da região: os comandos do coronel Jaime Neves, aos quais o general Rocha Vieira, chefe do Estado Maior do Exército, decidiu manter sob seu comando direto. Em 30 de março de 1978, os dois generais - Vasco Lourenço e Rocha Vieira - foram demitidos de seus cargos pelo Presidente da República, General Antonio Ramalho Eanes.

A promoção a Major-General foi confirmada pelo 19.º Presidente da República Portuguesa, Aníbal Cavaco Silva, a 14 de Abril de 2009 [4]

O Major-General cmd Jaime Neves faleceu a 27 de janeiro de 2013, no Hospital Militar Principal, em Lisboa.[5]

Referências

  1. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Jaime Alberto Gonçalves das Neves". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 2 de dezembro de 2014 
  2. Manuel Carlos Freire (11 de abril de 2009). «Jaime Neves: Militar de elite chega a general na reforma». Diário de Notícias. Diário de Notícias. Consultado em 19 de setembro de 2012
  3. «Jaime Neves promovido a general». Expresso. 3 de abril de 2009. Consultado em 19 de setembro de 2012
  4. «Decreto do Presidente da República n.º 38/2009 de 17 de Abril» (PDF)
  5. «Morreu o Major-General Jaime Neves». 27 de janeiro de 2013