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Tifanny Abreu: diferenças entre revisões

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==Biografia e carreira==
==Biografia e carreira==
Nascida ''Rodrigo Pereira de Abreu''<ref name="GE - Primeira trans da Superliga"/>, em uma família pobre [[de Conceição do Araguaia, no estado do Pará]], não conheceu o pai e teve que ajudar a família desde muito jovem. É a mais nova de sete irmãos. Consciente de que não poderia contar com apoio financeiro em casa, foi através do [[vôlei]] que vislumbrou a chance de realizar seus sonhos de vida. Foi então que saiu de casa em busca de dinheiro para fazer a [[transição de gênero]].<ref name="GE - Primeira trans da Superliga">{{citar web |url=https://globoesporte.globo.com/sp/tem-esporte/volei/noticia/primeira-trans-da-superliga-sonha-com-selecao-e-diz-que-mae-confunde-seu-nome.ghtml |título=Primeira trans da Superliga sonha com seleção|data=20 de dezembro de 2017 |acessodata=10 de fevereiro de 2018 |autor=Emilio Botta |coautores= |páginas= |formato=[[html]] |publicado=[[globo.com]] |língua2=pt}}</ref>
Nascida em uma família pobre de [[Conceição do Araguaia]], no estado do [[Pará]], não conheceu o pai e teve que ajudar a família desde muito jovem. É a mais nova de sete irmãos. Consciente de que não poderia contar com apoio financeiro em casa, foi através do [[vôlei]] que vislumbrou a chance de realizar seus sonhos de vida. Foi então que saiu de casa em busca de dinheiro para fazer a [[transição de gênero]].<ref name="GE - Primeira trans da Superliga">{{citar web |url=https://globoesporte.globo.com/sp/tem-esporte/volei/noticia/primeira-trans-da-superliga-sonha-com-selecao-e-diz-que-mae-confunde-seu-nome.ghtml |título=Primeira trans da Superliga sonha com seleção|data=20 de dezembro de 2017 |acessodata=10 de fevereiro de 2018 |autor=Emilio Botta |coautores= |páginas= |formato=[[html]] |publicado=[[globo.com]] |língua2=pt}}</ref>


O debate sobre a [[transexualidade]] no esporte começou em [[2015]], quando o [[Comitê Olímpico Internacional]] (COI) autorizou transexuais no esporte, estabelecendo algumas condições. Entretanto, vale lembrar que em [[2003]] a organização já havia se manifestado em relação à importância da autonomia da [[identidade de gênero]] na sociedade.
O debate sobre a [[transexualidade]] no esporte começou em [[2015]], quando o [[Comitê Olímpico Internacional]] (COI) autorizou transexuais no esporte, estabelecendo algumas condições. Entretanto, vale lembrar que em [[2003]] a organização já havia se manifestado em relação à importância da autonomia da [[identidade de gênero]] na sociedade.


Devido a uma atualização nas regras para a inscrição de atletas,prévia aos [[Jogos Olímpicos de Verão de 2016]], o COI deixou de exigir a cirurgia de [[mudança de sexo]] e passou a cobrar um ano de tratamento hormonal, em vez de dois anos. Para competir atualmente, a atleta que passar pela mudança de sexo, deve manter o nível de [[testosterona]] abaixo de 10nmol/L.<ref name="GE - Primeira trans da Superliga" />
Devido a uma atualização nas regras para a inscrição de atletas,prévia aos [[Jogos Olímpicos de Verão de 2016]], o COI deixou de exigir a [[cirurgia de redesignação sexual]] e passou a cobrar um ano de tratamento hormonal, em vez de dois anos. Para competir atualmente, a atleta que passar pela mudança de sexo, deve manter o nível de [[testosterona]] abaixo de 10nmol/L.<ref name="GE - Primeira trans da Superliga" />


O documento em que o COI define as normas para a participação de transexuais assume que as condições podem ser reconsideradas a qualquer momento,caso novas descobertas médicas e científicas sejam feitas.
O documento em que o COI define as normas para a participação de transexuais assume que as condições podem ser reconsideradas a qualquer momento,caso novas descobertas médicas e científicas sejam feitas.


Antes de jogar em campeonatos femininos, entrou em quadra ainda como homem, [https://veja.abril.com.br/esporte/tifanny-primeira-trans-na-superliga-feminina-o-amor-vencera/ Rodrigo], apelido Pará, pela Superliga A e B no [[Brasil]] e em outros campeonatos masculinos nas ligas da [[Indonésia]], [[Portugal]], [[Espanha]], [[França]], [[Holanda]] e [[Bélgica]]. Enquanto defendia o clube [[JTV Dero Zele-Berlare]] da segunda divisão belga,<ref name="DN - ícone transexual">{{citar web |url=https://www.dn.pt/desporto/interior/rodrigo-virou-tiffany-o-icone-transexual-que-agita-o-voleibol-5683123.html |título=Rodrigo virou Tiffany, o ícone transexual que agita o voleibol |data=22 de fevereiro de 2017 |acessodata=10 de fevereiro de 2018 |autor=Rui Marques Simões |coautores= |páginas= |formato=[[html]] |publicado=DN.pt |língua2=pt}}</ref> resolveu concluir a transição de gênero. <ref name="GE - Primeira trans da Superliga" />
Antes de jogar em campeonatos femininos, entrou em quadra pela Superliga A e B no [[Brasil]] e em outros campeonatos masculinos nas ligas da [[Indonésia]], [[Portugal]], [[Espanha]], [[França]], [[Holanda]] e [[Bélgica]]. Enquanto defendia o clube [[JTV Dero Zele-Berlare]] da segunda divisão belga,<ref name="DN - ícone transexual">{{citar web |url=https://www.dn.pt/desporto/interior/rodrigo-virou-tiffany-o-icone-transexual-que-agita-o-voleibol-5683123.html |título=Rodrigo virou Tiffany, o ícone transexual que agita o voleibol |data=22 de fevereiro de 2017 |acessodata=10 de fevereiro de 2018 |autor=Rui Marques Simões |coautores= |páginas= |formato=[[html]] |publicado=DN.pt |língua2=pt}}</ref> resolveu concluir a transição de gênero. <ref name="GE - Primeira trans da Superliga" />


No início de [[2017]], recebeu a permissão da [[Federação Internacional de Voleibol]] (FIVB) para competir em ligas femininas. Foi quando defendeu o [[Golem Palmi]], time da segunda divisão da [[Itália]].<ref name="DN - ícone transexual" /> Após esse período, retornou ao Brasil e usou a estrutura do [[Associação Vôlei Bauru|Vôlei Bauru]] para aprimorar a parte física e voltar para a [[Europa]]. A atleta recebeu uma proposta e aceitou defender o time do interior paulista. A liberação para atuar na Superliga veio dois dias antes da estreia oficial, no dia [[10 de dezembro]], após exames da comissão médica da [[Confederação Brasileira de Voleibol|Confederação Brasileira de Vôlei]] (CBV).<ref name="GE - Primeira trans da Superliga" />
No início de [[2017]], recebeu a permissão da [[Federação Internacional de Voleibol]] (FIVB) para competir em ligas femininas. Foi quando defendeu o [[Golem Palmi]], time da segunda divisão da [[Itália]].<ref name="DN - ícone transexual" /> Após esse período, retornou ao Brasil e usou a estrutura do [[Associação Vôlei Bauru|Vôlei Bauru]] para aprimorar a parte física e voltar para a [[Europa]]. A atleta recebeu uma proposta e aceitou defender o time do interior paulista. A liberação para atuar na Superliga veio dois dias antes da estreia oficial, no dia [[10 de dezembro]], após exames da comissão médica da [[Confederação Brasileira de Voleibol|Confederação Brasileira de Vôlei]] (CBV).<ref name="GE - Primeira trans da Superliga" />

Revisão das 22h09min de 10 de agosto de 2021

Tifanny Abreu
Vôlei
Nome completo Tifanny Pereira de Abreu
Apelido Tifanny
Representante  Brasil
Nascimento 29 de outubro de 1984 (39 anos)[1]
Paraíso do Tocantins,  Tocantins,[2]  Brasil
Nacionalidade Brasileira
Compleição Altura: 1,94 m
Posição Oposto
Clube Vôlei Bauru

Tifanny Pereira de Abreu[3] (Paraíso do Tocantins, 29 de outubro de 1984) é uma jogadora de voleibol brasileira que atua como oposto e ponteira. Foi a primeira transexual a disputar uma partida oficial da Superliga.

Biografia e carreira

Nascida em uma família pobre de Conceição do Araguaia, no estado do Pará, não conheceu o pai e teve que ajudar a família desde muito jovem. É a mais nova de sete irmãos. Consciente de que não poderia contar com apoio financeiro em casa, foi através do vôlei que vislumbrou a chance de realizar seus sonhos de vida. Foi então que saiu de casa em busca de dinheiro para fazer a transição de gênero.[4]

O debate sobre a transexualidade no esporte começou em 2015, quando o Comitê Olímpico Internacional (COI) autorizou transexuais no esporte, estabelecendo algumas condições. Entretanto, vale lembrar que em 2003 a organização já havia se manifestado em relação à importância da autonomia da identidade de gênero na sociedade.

Devido a uma atualização nas regras para a inscrição de atletas,prévia aos Jogos Olímpicos de Verão de 2016, o COI deixou de exigir a cirurgia de redesignação sexual e passou a cobrar um ano de tratamento hormonal, em vez de dois anos. Para competir atualmente, a atleta que passar pela mudança de sexo, deve manter o nível de testosterona abaixo de 10nmol/L.[4]

O documento em que o COI define as normas para a participação de transexuais assume que as condições podem ser reconsideradas a qualquer momento,caso novas descobertas médicas e científicas sejam feitas.

Antes de jogar em campeonatos femininos, entrou em quadra pela Superliga A e B no Brasil e em outros campeonatos masculinos nas ligas da Indonésia, Portugal, Espanha, França, Holanda e Bélgica. Enquanto defendia o clube JTV Dero Zele-Berlare da segunda divisão belga,[5] resolveu concluir a transição de gênero. [4]

No início de 2017, recebeu a permissão da Federação Internacional de Voleibol (FIVB) para competir em ligas femininas. Foi quando defendeu o Golem Palmi, time da segunda divisão da Itália.[5] Após esse período, retornou ao Brasil e usou a estrutura do Vôlei Bauru para aprimorar a parte física e voltar para a Europa. A atleta recebeu uma proposta e aceitou defender o time do interior paulista. A liberação para atuar na Superliga veio dois dias antes da estreia oficial, no dia 10 de dezembro, após exames da comissão médica da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV).[4]

Vida pessoal

Após conseguir o dinheiro para realizar sua cirurgia – o custo total gira em torno de R$ 30 mil –, Tifanny abandonou a carreira no vôlei por não ter consciência de que poderia atuar por uma equipe feminina. A intenção era retornar ao Brasil após a transição e buscar uma nova carreira profissional.[4]

Clubes

Período Clube País Ref.
2008-09 Esmoriz Portugal Portugal [5]
2010 UFJF  Brasil [3]
2011 UFJF  Brasil [4]
2014 JTV Dero Zele-Berlare  Bélgica [5]
2017 Golem Palmi  Itália [5]
2017 Vôlei Bauru  Brasil [4]
2021 - presente Osasco  Brasil

Referências

  1. [1]
  2. [2]
  3. «Tifanny, primeiro trans na Superliga feminina: 'O amor vencerá'». VEJA.com. 9 de janeiro de 2018. Consultado em 25 de fevereiro de 2018 
  4. a b c d e f Emilio Botta (20 de dezembro de 2017). «Primeira trans da Superliga sonha com seleção» (html). globo.com. Consultado em 10 de fevereiro de 2018 
  5. a b c d e Rui Marques Simões (22 de fevereiro de 2017). «Rodrigo virou Tiffany, o ícone transexual que agita o voleibol» (html). DN.pt. Consultado em 10 de fevereiro de 2018