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O '''movimento Chetnik''' ou '''Chetniks''' (em [[Língua sérvia|sérvio]]: Četnici, no alfabeto cirílico: Четници), oficialmente '''Exército Iugoslavo na Pátria''' (''Jugoslovenska vojska u otadžbini'', Југословенска војска у отаџбини; JVUO, ЈВУО), foi uma organização [[paramilitar]] [[nacionalismo|nacionalista]] e [[monarquia|monarquista]] sérvia que operou nos [[Balcãs]] antes e durante a [[Segunda Guerra Mundial]].
O '''movimento Chetnik''' ou '''Chetniks''' (em [[Língua sérvia|sérvio]]: Četnici, no alfabeto cirílico: Четници), oficialmente '''Exército Iugoslavo na Pátria''' (''Jugoslovenska vojska u otadžbini'', Југословенска војска у отаџбини; JVUO, ЈВУО), foi uma organização [[paramilitar]] [[nacionalismo|nacionalista]] e [[monarquia|monarquista]] sérvia que operou nos [[Balcãs]] antes e durante a [[Segunda Guerra Mundial]].


Em [[1941]], a [[invasão da Iugoslávia|Iugoslávia foi derrotada]] pela [[Alemanha Nazista|Alemanha Nazi]] e ocupada pelas [[potências do Eixo]] até [[1945]]. Embora formado como um movimento de resistência, assim como os [[Partisans iugoslavos|Partisans]], também houve uma fração que colaborou com as [[forças de ocupação]] em grau variável, durante quase toda a guerra, como uma [[milícia]] apoiada pelo Eixo.<ref name="autogenerated1">Martin, David; ''Ally Betrayed: The Uncensored Story of Tito and Mihailovich''; New York: Prentice Hall, 1946</ref><ref name="autogenerated2">Tomasevich, Jozo; ''War and Revolution in Yugoslavia, 1941-1945: The Chetniks'', Volume 1; Stanford University Press, 1975 ISBN 978-0-8047-0857-9 [http://books.google.com/books?id=yoCaAAAAIAAJ&pg=PA226&dq=chetniks+collaboration#v=onepage&q=chetniks%20collaboration&f=false]</ref><ref name="autogenerated3">Cohen, Philip J., Riesman, David; ''Serbia's secret war: propaganda and the deceit of history''; Texas A&M University Press, 1996 ISBN 0-89096-760-1 [http://books.google.com/books?id=Fz1PW_wnHYMC&pg=PA40&dq=chetniks+collaboration#v=onepage&q=chetniks%20collaboration&f=false]</ref><ref name="autogenerated4">Ramet, Sabrina P.; ''The three Yugoslavias: state-building and legitimation, 1918-2005''; Indiana University Press, 2006 ISBN 0-253-34656-8 [http://books.google.com/books?id=FTw3lEqi2-oC&pg=PA147&dq=chetniks+collaboration#v=onepage&q=chetniks%20collaboration&f=false]</ref><ref name="autogenerated9">Tomasevich, Jozo; ''War and revolution in Yugoslavia, 1941-1945: occupation and collaboration'', Volume 2; Stanford University Press, 2001 ISBN 0-8047-3615-4 [http://books.google.com/books?id=fqUSGevFe5MC&pg=RA1-PA308&dq=chetniks+collaboration#v=onepage&q=chetniks%20collaboration&f=false]</ref>
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O nome "Chetnik" também foi usado por alguns esquadrões da [[guerrilha]] nas [[guerras balcânicas|guerras nos Balcãs]], antes da [[Primeira Guerra Mundial]] por algumas formações paramilitares nacionalistas [[sérvia]]s .<ref name="autogenerated3" />
O nome "Chetnik" também foi usado por alguns esquadrões da [[guerrilha]] nas [[guerras balcânicas|guerras nos Balcãs]], antes da [[Primeira Guerra Mundial]] por algumas formações paramilitares nacionalistas [[sérvia]]s .<ref name="autogenerated3" /> Durante as [[guerras iugoslavas]] que se desenvolveram depois, muitas unidades militares e paramilitares sérvias se autodenominaram "Chetniks", e os croatas e bósnios usaram esta palavra para se referir a qualquer unidade armada sérvia, tanto de caráter regular como paramilitar.

Durante as [[guerras iugoslavas]] que se desenvolveram depois, muitas unidades militares e paramilitares sérvias se autodenominaram "Chetniks", e os croatas e bósnios usaram esta palavra para se referir a qualquer unidade armada sérvia, tanto de caráter regular como paramilitar.
== História ==
== História ==
[[Imagem:Jvuo1942 en.png|thumb|300px|right]]
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Os '''Chetniks''' eram membros de uma organização de [[guerrilha]] [[nacionalista]] e [[monarquia|monarquista]] sérvia, que foi nomeado devido ao movimento sérvio de oposição ao [[Império Otomano]] no [[século XIX]]. Durante a [[Segunda Guerra Mundial]], o '''Exército Real Iugoslavo da Pátria''', que também é chamado de ''Chetniks'' (por derivação da palavra servo-croata adaptada do [[língua turca|turco]] - četa, que significa "companhia militar") foi fundada em 13 de maio de [[1941]] em [[Ravna Gora]] pelo coronel [[Draža Mihailović]] como uma força leal à antiga monarquia iugoslava no exílio. Entre os Chetniks da [[Segunda Guerra Mundial]], além de sérvios e montenegrinos, existia uma fração muito pequena dos eslovenos, croatas e bósnios.
Os '''Chetniks''' eram membros de uma organização de [[guerrilha]] [[nacionalista]] e [[monarquia|monarquista]] sérvia, que foi nomeado devido ao movimento sérvio de oposição ao [[Império Otomano]] no [[século XIX]]. Durante a [[Segunda Guerra Mundial]], o '''Exército Real Iugoslavo da Pátria''', que também é chamado de ''Chetniks'' (por derivação da palavra servo-croata adaptada do [[língua turca|turco]] - četa, que significa "companhia militar") foi fundada em 13 de maio de [[1941]] em [[Ravna Gora]] pelo coronel [[Draža Mihailović]] como uma força leal à antiga monarquia iugoslava no exílio. Entre os Chetniks da [[Segunda Guerra Mundial]], além de sérvios e montenegrinos, existia uma fração muito pequena dos eslovenos, croatas e bósnios.


Os nacionalistas sérvios relatam que, após os conflitos iniciais contra as forças de ocupação das [[potências do Eixo]], os Chetniks foram divididos, uma parte deles seguiram a luta contra os alemães, outra parte se dedicava à luta contra os guerrilheiros [[comunista]]s, por vezes em colaboração com a [[Itália fascista]] (que tinha oferecido proteção contra as atrocidades dos [[Ustashe]]s) e até mesmo a [[Alemanha nazista]].
Os ultranacionalistas sérvios relatam que, após os conflitos iniciais contra as forças de ocupação das [[potências do Eixo]], os Chetniks foram divididos, metade deles seguiram a luta contra os alemães, enquanto a outra se dedicava à luta contra os guerrilheiros [[comunista]]s, por vezes em colaboração com a [[Itália fascista]] (que tinha oferecido proteção contra as atrocidades dos [[Ustashe]]s) e até mesmo a [[Alemanha nazista]].


Após [[1943]], os [[Aliados da Segunda Guerra Mundial|Aliados]], que haviam apoiado os Chetniks, mudaram e deram seu apoio a guerrilha rival, os [[partisans]] comunistas. Em [[1944]], o governo real reconheceu os [[partisans iugoslavos]] como Forças Armadas legítimas e ordenaram que os Chetniks se juntassem ao novo exército iugoslavo. Alguns Chetniks recusaram, e em abril e maio de [[1945]], enquanto o vitorioso exército iugoslavo toma posse do território, retiram-se para a [[Itália]] e um pequeno grupo deles para a [[Áustria]]. Muitos foram capturados pelos partisans ou devolvidos à [[Iugoslávia]] por forças britânicas. Outros foram julgados por traição ou liberados, com penas de prisão ou morte. Não houve execuções sumárias, especialmente nos primeiros meses após o fim da guerra. Em [[1946]], as últimas unidades de Chetniks sob o comando de Draža Mihajlović foram capturadas na Bósnia. Foram julgados, condenados por traição e executados.
Após [[1943]], os [[Aliados da Segunda Guerra Mundial|Aliados]], que haviam apoiado os Chetniks, mudaram e deram seu apoio a guerrilha rival, os [[partisans]] comunistas. Em [[1944]], o governo real reconheceu os [[partisans iugoslavos]] como Forças Armadas legítimas e ordenaram que os Chetniks se juntassem ao novo exército iugoslavo. Alguns Chetniks recusaram, e em abril e maio de [[1945]], enquanto o vitorioso exército iugoslavo toma posse do território, retiram-se para a [[Itália]] e um pequeno grupo deles para a [[Áustria]]. Muitos foram capturados pelos partisans ou devolvidos à [[Iugoslávia]] por forças britânicas. Outros foram julgados por traição ou liberados, com penas de prisão ou morte. Não houve execuções sumárias, especialmente nos primeiros meses após o fim da guerra. Em [[1946]], as últimas unidades de Chetniks sob o comando de Draža Mihajlović foram capturadas na Bósnia. Foram julgados, condenados por traição e executados.
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No final da [[década de 1980]], [[Slobodan Milošević]] chega ao poder na [[Sérvia]] e os Chetniks foram reabilitados (embora não oficialmente). Terminou-se a proibição de sua literatura e símbolos. Apareceram novos partidos de oposição defendendo abertamente o papel dos Chetniks durante a II Guerra Mundial e afirmavam que a história oficial havia sido distorcida.
No final da [[década de 1980]], [[Slobodan Milošević]] chega ao poder na [[Sérvia]] e os Chetniks foram reabilitados (embora não oficialmente). Terminou-se a proibição de sua literatura e símbolos. Apareceram novos partidos de oposição defendendo abertamente o papel dos Chetniks durante a II Guerra Mundial e afirmavam que a história oficial havia sido distorcida.


Políticos como Vuk Drašković e [[Vojislav Šešelj]] organizaram unidades paramilitares que exigiam o uso da força por nacionalistas sérvios para resolver as tensões na Iugoslávia e para garantir que os territórios habitados por [[sérvios do Kosovo]] e nas outras repúblicas iugoslavas ainda ligadas à Sérvia. Durante as [[guerras iugoslavas]] que se desenvolveram depois, muitas unidades militares e paramilitares sérvias se autodenominaram "Chetniks", e os croatas e bósnios usaram esta palavra para se referir a qualquer unidade armada sérvia, tanto de caráter regular como paramilitar.
Políticos como [[Vuk Drašković]] e [[Vojislav Šešelj]] organizaram unidades paramilitares que exigiam o uso da força por nacionalistas sérvios para resolver as tensões na Iugoslávia e para garantir que os territórios habitados por [[sérvios do Kosovo]] e nas outras repúblicas iugoslavas ainda ligadas à Sérvia. Durante as [[guerras iugoslavas]] que se desenvolveram depois, muitas unidades militares e paramilitares sérvias se autodenominaram "Chetniks", e os croatas e bósnios usaram esta palavra para se referir a qualquer unidade armada sérvia, tanto de caráter regular como paramilitar.
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== Ver também ==
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Revisão das 14h42min de 15 de fevereiro de 2022

Bandeira chetnik. A inscrição lê-se:. Za Kralja i Otadžbinu / Pelo Rei e a Pátria Sloboda ili Smrt / Liberdade ou Morte.

O movimento Chetnik ou Chetniks (em sérvio: Četnici, no alfabeto cirílico: Четници), oficialmente Exército Iugoslavo na Pátria (Jugoslovenska vojska u otadžbini, Југословенска војска у отаџбини; JVUO, ЈВУО), foi uma organização paramilitar nacionalista e monarquista sérvia que operou nos Balcãs antes e durante a Segunda Guerra Mundial.

Em 1941, a Iugoslávia foi derrotada pela Alemanha Nazi e ocupada pelas potências do Eixo até 1945. Embora inicialmente formado como um movimento de resistência, o Chetnik colaborou com as forças de ocupação em grau variável, durante quase toda a guerra, como uma milícia apoiada pelo Eixo.[1][2][3][4][5]

O nome "Chetnik" também foi usado por alguns esquadrões da guerrilha nas guerras nos Balcãs, antes da Primeira Guerra Mundial por algumas formações paramilitares nacionalistas sérvias .[3] Durante as guerras iugoslavas que se desenvolveram depois, muitas unidades militares e paramilitares sérvias se autodenominaram "Chetniks", e os croatas e bósnios usaram esta palavra para se referir a qualquer unidade armada sérvia, tanto de caráter regular como paramilitar.

História

Os Chetniks eram membros de uma organização de guerrilha nacionalista e monarquista sérvia, que foi nomeado devido ao movimento sérvio de oposição ao Império Otomano no século XIX. Durante a Segunda Guerra Mundial, o Exército Real Iugoslavo da Pátria, que também é chamado de Chetniks (por derivação da palavra servo-croata adaptada do turco - četa, que significa "companhia militar") foi fundada em 13 de maio de 1941 em Ravna Gora pelo coronel Draža Mihailović como uma força leal à antiga monarquia iugoslava no exílio. Entre os Chetniks da Segunda Guerra Mundial, além de sérvios e montenegrinos, existia uma fração muito pequena dos eslovenos, croatas e bósnios.

Os ultranacionalistas sérvios relatam que, após os conflitos iniciais contra as forças de ocupação das potências do Eixo, os Chetniks foram divididos, metade deles seguiram a luta contra os alemães, enquanto a outra se dedicava à luta contra os guerrilheiros comunistas, por vezes em colaboração com a Itália fascista (que tinha oferecido proteção contra as atrocidades dos Ustashes) e até mesmo a Alemanha nazista.

Após 1943, os Aliados, que haviam apoiado os Chetniks, mudaram e deram seu apoio a guerrilha rival, os partisans comunistas. Em 1944, o governo real reconheceu os partisans iugoslavos como Forças Armadas legítimas e ordenaram que os Chetniks se juntassem ao novo exército iugoslavo. Alguns Chetniks recusaram, e em abril e maio de 1945, enquanto o vitorioso exército iugoslavo toma posse do território, retiram-se para a Itália e um pequeno grupo deles para a Áustria. Muitos foram capturados pelos partisans ou devolvidos à Iugoslávia por forças britânicas. Outros foram julgados por traição ou liberados, com penas de prisão ou morte. Não houve execuções sumárias, especialmente nos primeiros meses após o fim da guerra. Em 1946, as últimas unidades de Chetniks sob o comando de Draža Mihajlović foram capturadas na Bósnia. Foram julgados, condenados por traição e executados.

Após a Segunda Guerra Mundial, os Chetniks que escaparam e outros migrantes sérvios nacionalistas formaram associações nacionalistas em países como os Estados Unidos, Grã-Bretanha e Austrália e continuaram glorificando a ideologia e iconografia Chetnik, o que era ilegal durante o período da Iugoslávia socialista e apoiando a ideia de uma Grande Sérvia, as expensas dos territórios da Bósnia e Herzegovina, Croácia e Montenegro (embora houvesse a possibilidade de uma aliança estratégica com os croatas no sentido de uma luta contra grupos não sérvio-croatas e cristãos especialmente os bósnios, albaneses e kosovares muçulmanos, nomeadamente os ciganos e rutenos, magiares latinos, romenos e italianos), em um claro tom racial e étnico excludente.

Grupo de chetniks do século XIX.

No final da década de 1980, Slobodan Milošević chega ao poder na Sérvia e os Chetniks foram reabilitados (embora não oficialmente). Terminou-se a proibição de sua literatura e símbolos. Apareceram novos partidos de oposição defendendo abertamente o papel dos Chetniks durante a II Guerra Mundial e afirmavam que a história oficial havia sido distorcida.

Políticos como Vuk Drašković e Vojislav Šešelj organizaram unidades paramilitares que exigiam o uso da força por nacionalistas sérvios para resolver as tensões na Iugoslávia e para garantir que os territórios habitados por sérvios do Kosovo e nas outras repúblicas iugoslavas ainda ligadas à Sérvia. Durante as guerras iugoslavas que se desenvolveram depois, muitas unidades militares e paramilitares sérvias se autodenominaram "Chetniks", e os croatas e bósnios usaram esta palavra para se referir a qualquer unidade armada sérvia, tanto de caráter regular como paramilitar.

Ver também

Referências

  1. Martin, David; Ally Betrayed: The Uncensored Story of Tito and Mihailovich; New York: Prentice Hall, 1946
  2. Tomasevich, Jozo; War and Revolution in Yugoslavia, 1941-1945: The Chetniks, Volume 1; Stanford University Press, 1975 ISBN 978-0-8047-0857-9 [1]
  3. a b Cohen, Philip J., Riesman, David; Serbia's secret war: propaganda and the deceit of history; Texas A&M University Press, 1996 ISBN 0-89096-760-1 [2]
  4. Ramet, Sabrina P.; The three Yugoslavias: state-building and legitimation, 1918-2005; Indiana University Press, 2006 ISBN 0-253-34656-8 [3]
  5. Tomasevich, Jozo; War and revolution in Yugoslavia, 1941-1945: occupation and collaboration, Volume 2; Stanford University Press, 2001 ISBN 0-8047-3615-4 [4]

Ligações externas

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