Gassânidas: diferenças entre revisões
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Alguns autores muçulmanos, dentre eles [[Almaçudi]], alegaram que o imperador {{lknb|Nicéforo|I, o Logóteta}} {{nwrap|r.|802|811}} era membro dos [[jafenidas]] e descendente de {{lknb|Gabalas|VI}} {{nwrap|r.|628|636}}, último rei dos gassânidas.{{sfn|El-Cheikh|2004|p=95}} [[ibne Saíde Almagribi]] alegou que o rei dos catalães (etnônimo utilizado pelos árabes para descrever os cristãos do norte da [[Península Ibérica]]) descendia de Gabalas, enquanto [[Alumari]] alega que os catalães eram fruto de uma mistura entre [[francos]] e os árabes descendentes dele.{{sfn|König|2015|p=205-206}} Sabe-se também que os residentes de [[Carsiano]] viam-se como descendentes dos gassânidas de Gabalas.{{sfn|Cooper|2012|p=42}} |
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Após a queda do primeiro reino no {{séc|VII}}, várias dinastias, cristãs e muçulmanas, governaram alegando ser uma continuação da Casa de Gaçane. Além da dinastia Focas ou Nicéfora do Império Bizantino no {{séc|IX}}, outros governantes afirmavam ser os herdeiros dos gassânidas. Os sultões raçulidas governando a partir do {{séc|XIII}} até o XV no Iêmem. E os Sultões Burji mamelucos no Egito a partir do {{séc|XIV}} até o XVI. Mesmo ambas as dinastias sendo muçulmanas, os soberanos alegaram ser herdeiros e sucessores de Gaçane. Os últimos governantes para portar os títulos dos sucessores da dinastia gassânida foram o [[Xeque (título)|xeques]] cristãos Chemor no Monte Líbano governando os pequenos estados soberanos de Al-Akoura e Zgartha - Zwaiya até 1747.<ref>livro Sheikhs El Chemor rulers of Al-Akoura 1211-1633 and Zgartha - Zwaiya 1641-1747, Historical and Scientifical Research, Ignatios El-Khoury, Igreja Maronita, 1948, Fares Samaya Press, Libano {{cite web | https://royalheraldsite.files.wordpress.com/2016/05/book-sheik-chemor.pdf </ref> <ref>{{Cite web|https://royalblog.org/2018/08/17/leading-lebanese-newspaper-confirms-el-chemor-familys-royal-origins-in-1981s-article/ |
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Os príncipes do ramo muçulmano da família reinaram no principado de [[Hail]], atual [[Arábia Saudita]] até 1921. <ref>Enciclopédia de famílias Maronitas, Universidade de Notre Dame, Líbano, p.2236 {{cite web | https://royalblog.org/2018/08/08/encyclopedia-of-maronite-families-confirms-the-sheikhs-el-chemors-chronicles-and-makes-a-surprising-statement/ </ref> |
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Em 2022, S.A.I.R. o Príncipe Gharios El Chemor de Ghassan Al-Nu’Man VIII, herdeiro direto dos Reis '''Gassânidas''' e dos [[Xeque (título)|xeques]] El Chemor é internacionalmente reconhecido como chefe da Dinastia Gassanida <ref>{{Cite web|https://m.jpost.com/arab-israeli-conflict/global-imams-council-builds-bridges-with-all-religions-642641 |
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<ref>{{Cite web|https://www.idea.de/spektrum/es-gibt-bei-muslimen-hass-gegen-juden-und-christen |
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</ref> <ref>{{Cite web|https://www.prweb.com/releases/documentary_release_the_christian_kings_of_the_middle_east/prweb16542374.htm |
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</ref> incluindo a ONU em 2016 <ref>{{Cite web|https://esango.un.org/civilsociety/simpleSearch.do?method=search&searchTypeRedef=simpleSearch&sessionCheck=false&searchType=simpleSearch&organizationNamee=ghassan&Submit=Go&fbclid=IwAR3IG5pHT_TyQRNmWGE3FYrafHw7-RkeGTqFfFNXSHdvomIKyTs_JBKD-Ms |
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</ref> <ref>{{Cite web|https://zenit.org/2016/12/26/interview-singer-i-want-to-give-a-voice-for-those-with-none/ |
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</ref> e em 2019 a Casa Real de Gassan foi reconhecida pelo governo do [[Libano]] pelo decreto presidencial número 5,800/2019, assinado por ambos os chefes de Estado e de Governo. <ref>{{Cite web| https://royalheraldsite.files.wordpress.com/2022/01/k3.pdf </ref> <ref>{{Cite web| https://royalblog.org/2022/01/22/the-royal-house-of-ghassan-and-its-continuous-official-recognition/ </ref> |
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Revisão das 19h01min de 26 de julho de 2022
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Os Gassânidas (em árabe: الغساسنة; romaniz.: al-Ghasāsinah), também conhecidos como Banu Gaçane (Banū Ghassān, lit. "Filhos de Gaçane"), eram um grupo de tribos cristãs do sul da Arábia, que migraram no início do século III a.C. da região do atual Iêmem para Haurã, no sul da Síria, onde se misturaram com colonos romanos helenizados e comunidades de cristãos antigos falantes do grego. O termo Gaçane refere-se ao nome do seu antigo reino, no Levante, que desapareceu no em meados do século VII, durante a conquista muçulmana da Síria.
Legado
Alguns autores muçulmanos, dentre eles Almaçudi, alegaram que o imperador Nicéforo I, o Logóteta (r. 802–811) era membro dos jafenidas e descendente de Gabalas VI (r. 628–636), último rei dos gassânidas.[1] ibne Saíde Almagribi alegou que o rei dos catalães (etnônimo utilizado pelos árabes para descrever os cristãos do norte da Península Ibérica) descendia de Gabalas, enquanto Alumari alega que os catalães eram fruto de uma mistura entre francos e os árabes descendentes dele.[2] Sabe-se também que os residentes de Carsiano viam-se como descendentes dos gassânidas de Gabalas.[3]
Referências
- ↑ El-Cheikh 2004, p. 95.
- ↑ König 2015, p. 205-206.
- ↑ Cooper 2012, p. 42.
Bibliografia
- Cooper, Eric; Decker, Michael J. (2012). Life and Society in Byzantine Cappadocia. Londres: Palgrave Macmillan
- El-Cheikh, Nadia Maria (2004). Byzantium Viewed by the Arabs. Cambridge, Massachusetts; Londres, Inglaterra: Harvard CMES
- König, Daniel G. (2015). Arabic-Islamic Views of the Latin West: Tracing the Emergence of Medieval Europe. Oxônia: Imprensa da Universidade de Oxônia
