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Chacina do Guarujá: diferenças entre revisões

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Erroneamente, alguns veículos veículos de imprensa noticiaram operações policiais de combate ao crime organizado, realizadas na cidade do Guarujá de julho a agosto de 2023, como "chacina". O significado da palavra chacina: assassínio em massa; grande matança; massacre. Mas como utilizar a expressão, que imputa tamanho crime, sem que haja qualquer denúncia oficial, inquérito ou julgamento de mérito realizado pela justiça. Observe-se ainda que falsa imputação de crime também o é, conforme previsto no artigo 340 de Código Penal Brasileiro.
A '''Chacina do Guarujá''' ocorreu em [[31 de julho]] de [[2023]], durante a Operação Escudo,<ref name=":1">{{Citar web|url=https://www.cartacapital.com.br/sociedade/operacao-da-policia-militar-em-guaruja-deixa-ao-menos-10-mortos-diz-ouvidoria/|titulo=Operação da Polícia Militar em Guarujá deixa ao menos 10 mortos, diz Ouvidoria|data=2023-07-30|acessodata=2023-08-01|website=CartaCapital|lingua=pt-BR}}</ref> que deixou ao menos 28 mortos.<ref name=":0">{{Citar web|url=https://vejasp.abril.com.br/cidades/movimento-negro-de-sao-paulo-convoca-manifestacao-contra-mortes-no-guaruja/|titulo=Movimento negro de São Paulo convoca manifestação contra mortes no Guarujá|acessodata=2023-08-01|website=VEJA SÃO PAULO|lingua=pt-BR}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2023/08/01/atualizacao-operacao-guaruja-1-agosto.htm|titulo=Mortos em operação na Baixada Santista chegam a 13, diz governo de SP|data=2023-08-01|acessodata=2023-08-01|website=UOL|lingua=pt-br}}</ref><ref name="G1 02.08.2023">{{Citar web|url=https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2023/08/02/necropsias-nao-apontam-sinal-de-violencia-diz-derrite-sobre-denuncias-de-tortura-e-execucoes-em-operacao-da-pm-no-guaruja.ghtml|titulo='Necrópsias não apontam sinal de violência', diz Derrite sobre denúncias de tortura e execuções em operação da PM no Guarujá|data=2023-08-02|acessodata=2023-08-03|website=G1|lingua=pt-br}}</ref><ref name="G1 05.09.2023">{{citar web|url=https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2023/09/05/apos-27-mortos-e-pedidos-de-entidades-de-direitos-humanos-governo-de-sp-anuncia-fim-da-operacao-escudo.ghtml |título=Após 28 mortos e pedidos de entidades de direitos humanos, governo de SP anuncia fim da Operação Escudo |autor=|data=5 de setembro de 2023 |publicado=G1 |acessodata=5 de setembro de 2023 |arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref> Essa operação ocorreu após a morte de um policial da [[Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar|ROTA]], ocorrida no dia 27 de julho.<ref>{{Citar web|url=https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2023/08/01/guaruja-alcance-arma-pistola-9-mm.htm|titulo=Chacina no Guarujá: pistola tem precisão contra alvo a 50 m de distância?|data=2023-08-01|acessodata=2023-08-01|website=UOL|lingua=pt-br}}</ref> A Coalização Negra por Direitos mobilizou manifestações.<ref name=":0" />


<references />
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, defendeu a atuação dos policiais, afirmando que "não houve excesso" por parte dos agentes.<ref>{{Citar web|url=https://www.cartacapital.com.br/sociedade/tarcisio-diz-que-nao-houve-excesso-em-operacao-que-deixou-mortos-no-guaruja/|titulo=Tarcísio diz que 'não houve excesso' em operação que deixou mortos no Guarujá|data=2023-07-31|acessodata=2023-08-01|website=CartaCapital|lingua=pt-BR}}</ref> Entretanto, houve relatos de tortura por parte de testemunhas.<ref name=":1" />



Em 2 de agosto, o secretário da Segurança Pública do estado de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou que denúncias de tortura e execuções durante ação da Polícia Militar no Guarujá, no litoral paulista, não passam de narrativas. Em discussão durante a CPI do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, na Câmara dos Deputados, em Brasília, ele disse que todos os exames do Instituto Médico Legal, as necrópsias não apontam nenhum sinal de violência, muito menos de tortura.<ref name="G1 02.08.2023" />
A '''Operação Escudo no Guarujá''' ocorreu no período de [[31 de julho|28 de julho]] a 31 de agosto de [[2023]]. A Coalização Negra por Direitos mobilizou manifestações.<ref name=":0">{{Citar web|url=https://vejasp.abril.com.br/cidades/movimento-negro-de-sao-paulo-convoca-manifestacao-contra-mortes-no-guaruja/|titulo=Movimento negro de São Paulo convoca manifestação contra mortes no Guarujá|acessodata=2023-08-01|website=VEJA SÃO PAULO|lingua=pt-BR}}</ref>

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, defendeu a atuação dos policiais, afirmando que "não houve excesso" por parte dos agentes.<ref>{{Citar web|url=https://www.cartacapital.com.br/sociedade/tarcisio-diz-que-nao-houve-excesso-em-operacao-que-deixou-mortos-no-guaruja/|titulo=Tarcísio diz que 'não houve excesso' em operação que deixou mortos no Guarujá|data=2023-07-31|acessodata=2023-08-01|website=CartaCapital|lingua=pt-BR}}</ref> Alguns relatos de tortura, por testemunhas não identificadas, foram noticiados pela imprensa.<ref name=":1">{{Citar web|url=https://www.cartacapital.com.br/sociedade/operacao-da-policia-militar-em-guaruja-deixa-ao-menos-10-mortos-diz-ouvidoria/|titulo=Operação da Polícia Militar em Guarujá deixa ao menos 10 mortos, diz Ouvidoria|data=2023-07-30|acessodata=2023-08-01|website=CartaCapital|lingua=pt-BR}}</ref> As testemunhas, em sua maioria, parentes dos criminosos que investiram contra os policiais.

Em 2 de agosto, o secretário da Segurança Pública do estado de São Paulo, Guilherme Derrite, informou que as denúncias de tortura e execuções durante ação da Polícia Militar no Guarujá, no litoral paulista, constituíam narrativas, que os laudos necroscópicos afastavam tais ações.


== Contexto ==
== Contexto ==
Em 27 de julho de 2023, na [[Vila Zilda (Guarujá)|Vila Zilda]], no [[Guarujá]], os policiais da ROTA Patrick Bastos Reis, que morreu, e Cabo Marin foram baleados enquanto faziam um patrulhamento. Nesse contexto, foi deflagrada a Operação Escudo, supostamente a fim de encontrar os autores do crime.<ref>{{Citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2023/07/policial-da-rota-e-morto-a-tiros-no-guaruja.shtml|titulo=Policial da Rota é morto a tiros em Guarujá, no litoral paulista|data=2023-07-28|acessodata=2023-08-01|website=Folha de S.Paulo|lingua=pt-BR}}</ref>
Em janeiro de 2023 teve início a Operação Impacto em todo o Estado de São Paulo, e, nesse contexto, também na cidade do Guarujá. Durante o ano de 2023, 8 policiais militares foram assassinados e emboscados na mesma cidade, a região é conhecida pela forte presença e atuação do crime organizado. Em 27 de julho de 2023, na [[Vila Zilda (Guarujá)|Vila Zilda]], no [[Guarujá]], durante a realização da Operação Impacto, uma equipe da ROTA, composta pelo Soldado Reis e Cabo Fabiano. foi emboscada. Os agentes foram baleados, o primeiro veio a óbito, já o segundo foi alvejado na mão enquanto faziam um patrulhamento. Foi então, após esse atentado ao Estado, deflagrada a Operação Escudo, supostamente a fim de encontrar os autores do crime.<ref>{{Citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2023/07/policial-da-rota-e-morto-a-tiros-no-guaruja.shtml|titulo=Policial da Rota é morto a tiros em Guarujá, no litoral paulista|data=2023-07-28|acessodata=2023-08-01|website=Folha de S.Paulo|lingua=pt-BR}}</ref>

Após 40 dias de Operação Escudo na Baixada Santista, a Secretaria da Segurança Pública anunciou o fim da operação. Ao todo, 958 criminosos foram presos. Destes, 382 eram procurados da Justiça e estavam foragidos por crimes que vão desde falta de pagamento de pensão alimentícia até sequestro e homicídio. Outros 70 adolescentes infratores foram apreendidos.

“A Baixada continua sendo prioridade, ou seja, a migração da Operação Escudo e o retorno da Operação Impacto não vai representar prejuízo para a população. Os Baeps que prestaram apoio retornam para suas regiões e nós manteremos um efetivo do Choque, além do remanejamento das vagas da Dejem para suprir e manter o apoio para a população da Baixada Santista. É importante ressaltar que a população não ficará desassistida”, citou o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite.

Entre os presos estão criminosos com várias passagens policiais, líderes de facção e traficantes.

A operação teve como principal objetivo combater o crime organizado, asfixiando o tráfico de drogas, principal fonte de renda dos criminosos.

Nos 40 dias de operação as forças policiais apreenderam quase 1 tonelada de entorpecentes, causando um prejuízo milionário ao tráfico de drogas. Também foram retiradas, das mãos de criminosos, 117 armas, incluindo fuzis e submetralhadoras.

“O Estado não será afrontado em nenhuma ocasião em São Paulo. Esperamos que novas operações não sejam necessárias, mas caso se façam necessárias, caso o Estado seja afrontado, em qualquer ponto, operações como a Escudo serão desencadeadas para garantir que não haverá um estado paralelo dentro do Estado de São Paulo”, concluiu Derrite sobre o comprometimento da SSP com o enfrentamento do crime organizado.


A Operação Escudo tem duração previste de um mês e envolve toda a força de operações especiais do estado, incluindo cerca de 3 mil agentes da Polícia Militar. No dia 29 de julho, o ambulante Felipe Vieira Nunes, que não tinha registro de antecedentes criminais, foi morto pela Polícia. Testemunhas relatam que houve tortura e o corpo do ambulante tinha queimaduras de cigarro e marcas de tortura.<ref>{{Citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2023/07/moradores-do-guaruja-relatam-tortura-e-ameacas-da-pm-em-operacao-apos-morte-de-soldado-da-rota.shtml|titulo=Operação da PM em Guarujá deixa ao menos 10 mortos, diz Ouvidoria|data=2023-07-30|acessodata=2023-08-01|website=Folha de S.Paulo|lingua=pt-BR}}</ref>
A Operação Escudo tem duração previste de um mês e envolve toda a força de operações especiais do estado, incluindo cerca de 3 mil agentes da Polícia Militar. No dia 29 de julho, o ambulante Felipe Vieira Nunes, que não tinha registro de antecedentes criminais, foi morto pela Polícia. Testemunhas relatam que houve tortura e o corpo do ambulante tinha queimaduras de cigarro e marcas de tortura.<ref>{{Citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2023/07/moradores-do-guaruja-relatam-tortura-e-ameacas-da-pm-em-operacao-apos-morte-de-soldado-da-rota.shtml|titulo=Operação da PM em Guarujá deixa ao menos 10 mortos, diz Ouvidoria|data=2023-07-30|acessodata=2023-08-01|website=Folha de S.Paulo|lingua=pt-BR}}</ref>


Em 5 de setembro, o governo estadual de Tarcísio de Freitas anunciou o fim da Operação Escudo. Nos 40 dias de ação, segundo o balanço divulgado pelo secretário Guilherme Derrite, 958 pessoas foram presas e 28 indivíduos morreram em supostos confrontos com policiais.<ref name="G1 05.09.2023" /><ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2023/09/04/jovem-e-baleado-e-morto-apos-apontar-arma-para-a-pm-operacao-policial-chega-a-28-mortos-no-litoral-de-sp.ghtml |título=Polícia diz que jovem baleado e morto apontou arma para a PM; operação policial chega a 28 mortos no litoral de SP |autor=|data=5 de setembro de 2023 |publicado=G1 |acessodata=5 de setembro de 2023 |arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref>
Em 5 de setembro, o governo estadual de Tarcísio de Freitas anunciou o fim da Operação Escudo. Nos 40 dias de ação, segundo o balanço divulgado pelo secretário Guilherme Derrite, 958 pessoas foram presas e 28 indivíduos morreram em supostos confrontos com policiais.<ref name="G1 05.09.2023">{{citar web|url=https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2023/09/05/apos-27-mortos-e-pedidos-de-entidades-de-direitos-humanos-governo-de-sp-anuncia-fim-da-operacao-escudo.ghtml|título=Após 28 mortos e pedidos de entidades de direitos humanos, governo de SP anuncia fim da Operação Escudo|data=5 de setembro de 2023|acessodata=5 de setembro de 2023|publicado=G1|autor=|arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref><ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2023/09/04/jovem-e-baleado-e-morto-apos-apontar-arma-para-a-pm-operacao-policial-chega-a-28-mortos-no-litoral-de-sp.ghtml |título=Polícia diz que jovem baleado e morto apontou arma para a PM; operação policial chega a 28 mortos no litoral de SP |autor=|data=5 de setembro de 2023 |publicado=G1 |acessodata=5 de setembro de 2023 |arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref>


Em 12 de setembro, a Polícia Militar anunciou que uma nova fase da mesma operação inicia no litoral após a morte de um sargento aposentado assassinado pelos bandidos em duas motos em São Vicente, no dia 8 do mesmo mês.<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2023/09/12/uma-semana-apos-anunciar-fim-pm-diz-que-nova-operacao-escudo-esta-nas-ruas-apos-morte-de-policial-em-sao-vicente.ghtml |título=Uma semana depois de anunciar fim, PM diz que nova Operação Escudo está nas ruas após morte de policial em São Vicente |autor=Lívia Martins |data=12 de setembro de 2023 |publicado=G1 |acessodata=13 de setembro de 2023 |arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref>
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Revisão das 18h06min de 1 de outubro de 2023

Erroneamente, alguns veículos veículos de imprensa noticiaram operações policiais de combate ao crime organizado, realizadas na cidade do Guarujá de julho a agosto de 2023, como "chacina". O significado da palavra chacina: assassínio em massa; grande matança; massacre. Mas como utilizar a expressão, que imputa tamanho crime, sem que haja qualquer denúncia oficial, inquérito ou julgamento de mérito realizado pela justiça. Observe-se ainda que falsa imputação de crime também o é, conforme previsto no artigo 340 de Código Penal Brasileiro.



A Operação Escudo no Guarujá ocorreu no período de 28 de julho a 31 de agosto de 2023. A Coalização Negra por Direitos mobilizou manifestações.[1]

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, defendeu a atuação dos policiais, afirmando que "não houve excesso" por parte dos agentes.[2] Alguns relatos de tortura, por testemunhas não identificadas, foram noticiados pela imprensa.[3] As testemunhas, em sua maioria, parentes dos criminosos que investiram contra os policiais.

Em 2 de agosto, o secretário da Segurança Pública do estado de São Paulo, Guilherme Derrite, informou que as denúncias de tortura e execuções durante ação da Polícia Militar no Guarujá, no litoral paulista, constituíam narrativas, já que os laudos necroscópicos afastavam tais ações.

Contexto

Em janeiro de 2023 teve início a Operação Impacto em todo o Estado de São Paulo, e, nesse contexto, também na cidade do Guarujá. Durante o ano de 2023, 8 policiais militares foram assassinados e emboscados na mesma cidade, a região é conhecida pela forte presença e atuação do crime organizado. Em 27 de julho de 2023, na Vila Zilda, no Guarujá, durante a realização da Operação Impacto, uma equipe da ROTA, composta pelo Soldado Reis e Cabo Fabiano. foi emboscada. Os agentes foram baleados, o primeiro veio a óbito, já o segundo foi alvejado na mão enquanto faziam um patrulhamento. Foi então, após esse atentado ao Estado, deflagrada a Operação Escudo, supostamente a fim de encontrar os autores do crime.[4]

Após 40 dias de Operação Escudo na Baixada Santista, a Secretaria da Segurança Pública anunciou o fim da operação. Ao todo, 958 criminosos foram presos. Destes, 382 eram procurados da Justiça e estavam foragidos por crimes que vão desde falta de pagamento de pensão alimentícia até sequestro e homicídio. Outros 70 adolescentes infratores foram apreendidos.

“A Baixada continua sendo prioridade, ou seja, a migração da Operação Escudo e o retorno da Operação Impacto não vai representar prejuízo para a população. Os Baeps que prestaram apoio retornam para suas regiões e nós manteremos um efetivo do Choque, além do remanejamento das vagas da Dejem para suprir e manter o apoio para a população da Baixada Santista. É importante ressaltar que a população não ficará desassistida”, citou o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite.

Entre os presos estão criminosos com várias passagens policiais, líderes de facção e traficantes.

A operação teve como principal objetivo combater o crime organizado, asfixiando o tráfico de drogas, principal fonte de renda dos criminosos.

Nos 40 dias de operação as forças policiais apreenderam quase 1 tonelada de entorpecentes, causando um prejuízo milionário ao tráfico de drogas. Também foram retiradas, das mãos de criminosos, 117 armas, incluindo fuzis e submetralhadoras.

“O Estado não será afrontado em nenhuma ocasião em São Paulo. Esperamos que novas operações não sejam necessárias, mas caso se façam necessárias, caso o Estado seja afrontado, em qualquer ponto, operações como a Escudo serão desencadeadas para garantir que não haverá um estado paralelo dentro do Estado de São Paulo”, concluiu Derrite sobre o comprometimento da SSP com o enfrentamento do crime organizado.

A Operação Escudo tem duração previste de um mês e envolve toda a força de operações especiais do estado, incluindo cerca de 3 mil agentes da Polícia Militar. No dia 29 de julho, o ambulante Felipe Vieira Nunes, que não tinha registro de antecedentes criminais, foi morto pela Polícia. Testemunhas relatam que houve tortura e o corpo do ambulante tinha queimaduras de cigarro e marcas de tortura.[5]

Em 5 de setembro, o governo estadual de Tarcísio de Freitas anunciou o fim da Operação Escudo. Nos 40 dias de ação, segundo o balanço divulgado pelo secretário Guilherme Derrite, 958 pessoas foram presas e 28 indivíduos morreram em supostos confrontos com policiais.[6][7]

Em 12 de setembro, a Polícia Militar anunciou que uma nova fase da mesma operação inicia no litoral após a morte de um sargento aposentado assassinado pelos bandidos em duas motos em São Vicente, no dia 8 do mesmo mês.[8]

Referências

  1. «Movimento negro de São Paulo convoca manifestação contra mortes no Guarujá». VEJA SÃO PAULO. Consultado em 1 de agosto de 2023 
  2. «Tarcísio diz que 'não houve excesso' em operação que deixou mortos no Guarujá». CartaCapital. 31 de julho de 2023. Consultado em 1 de agosto de 2023 
  3. «Operação da Polícia Militar em Guarujá deixa ao menos 10 mortos, diz Ouvidoria». CartaCapital. 30 de julho de 2023. Consultado em 1 de agosto de 2023 
  4. «Policial da Rota é morto a tiros em Guarujá, no litoral paulista». Folha de S.Paulo. 28 de julho de 2023. Consultado em 1 de agosto de 2023 
  5. «Operação da PM em Guarujá deixa ao menos 10 mortos, diz Ouvidoria». Folha de S.Paulo. 30 de julho de 2023. Consultado em 1 de agosto de 2023 
  6. «Após 28 mortos e pedidos de entidades de direitos humanos, governo de SP anuncia fim da Operação Escudo». G1. 5 de setembro de 2023. Consultado em 5 de setembro de 2023 
  7. «Polícia diz que jovem baleado e morto apontou arma para a PM; operação policial chega a 28 mortos no litoral de SP». G1. 5 de setembro de 2023. Consultado em 5 de setembro de 2023 
  8. Lívia Martins (12 de setembro de 2023). «Uma semana depois de anunciar fim, PM diz que nova Operação Escudo está nas ruas após morte de policial em São Vicente». G1. Consultado em 13 de setembro de 2023