Danos nas infraestruturas causadas pelo sismo do Haiti de 2010: diferenças entre revisões
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Os '''danos nas infraestruturas causadas pelo terramoto do Haiti de 2010''' foram extensos e afetaram áreas como [[Porto Príncipe]], [[Petit-Goâve]], [[Léogâne]], [[Jacmel]] e outras localidades do sudoeste do [[Haiti]]. Em Fevereiro, o primeiro-ministro [[Jean-Max Bellerive]] estimou que 250,000 residências e 30,000 edifícios comerciais tinham sido destruídos ou encontravam-se em mau estado devido aos danos sofridos.<ref name=age25>{{citar notícia |língua=inglês |título="Haitians angry over slow aid" |autor=Clarens Renois |publicado=[[The Age]] |data=5 de Fevereiro de 2010 |url=http://www.theage.com.au/world/haitians-angry-over-slow-aid-20100204-ng2g.html |acessodata= 11 de Março de 2010}}</ref> O vice-presidente de Léogâne, que estava no epicentro do terramoto, informou que 90% dos edifícios da cidade tinham sido destruídos, e que Léogâne "tinha de ser totalmente reconstruída".<ref name=bbc127>{{citar notícia |língua=inglês |título="Rebuilding Haiti from rubble and dust" |autor=Karern Allen |publicado=[[BBC]] |data=28 de Janeiro de 2010 |url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/americas/8484512.stm |acessodata= 11 de Março de 2010}}</ref> Muitos pontos de referência foram completamente danificados ou destruídos, incluindo o [[Palácio Nacional (Haiti)|Palácio Presidencial]], o edifício da [[Assembleia Nacional do Haiti]], a [[Catedral de Porto Príncipe]], e ainda o centro presidiário principal. O Ministro da Educação estimou que mais de 15,000 escolas primárias e 1,500 escolas secundárias ficaram bastante afetadas ou até mesmo destruídas. Além de que, três universidades principais em Porto Príncipe foram severamente danificadas.<ref name=rwreuter118>{{citar notícia |língua=inglês |título= "INTERVIEW-Haitian education system 'totally collapsed'" |publicado=[[Reuters]] |trabalho=[[ReliefWeb]]|data=18 de Janeiro de 2010 |url= http://www.reliefweb.int/rw/rwb.nsf/db900sid/SNAA-7ZT9P6?OpenDocument&rc=2&emid=EQ-2010-000009-HTI|acessodata= 11 de Março de 2010}}</ref> Outras infraestruturas afetados foram [[Central telefônica|centrais telefónicas]], [[Rádio (comunicação)|estações de rádio]], [[Fábrica|fábricas]] e [[Museu|museus]]. |
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== Serviços essenciais == |
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Entre a devastação e danos sofridos em Porto Príncipe, a vital infraestrutura necessária para responder ao desastre foi severamente danificada ou destruída. Isto incluiu todos os hospitais da capital, todos os meios de transporte, terrestres, aéreos e aquáticos, e ainda sistemas de comunicação. Devido a todos estes danos e perda de estruturas organizacionais, o porta-voz do [[Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários]] declarou o estado como a pior catástrofe que a [[Organização das Nações Unidas|ONU]] já enfrentou.<ref>{{Citar web|língua=inglês|url=http://www.bangkokpost.com/breakingnews/165548/haiti-quake-worst-disaster-ever |título="Haiti quake 'worst disaster ever"|publicado=''The Bangkok Post'' |data=16 de Janeiro de 2010 |acessodata=12 de Março de 2010}}</ref> |
Entre a devastação e danos sofridos em Porto Príncipe, a vital infraestrutura necessária para responder ao desastre foi severamente danificada ou destruída. Isto incluiu todos os hospitais da capital, todos os meios de transporte, terrestres, aéreos e aquáticos, e ainda sistemas de comunicação. Devido a todos estes danos e perda de estruturas organizacionais, o porta-voz do [[Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários]] declarou o estado como a pior catástrofe que a [[Organização das Nações Unidas|ONU]] já enfrentou.<ref>{{Citar web|língua=inglês|url=http://www.bangkokpost.com/breakingnews/165548/haiti-quake-worst-disaster-ever |título="Haiti quake 'worst disaster ever"|publicado=''The Bangkok Post'' |data=16 de Janeiro de 2010 |acessodata=12 de Março de 2010}}</ref> |
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O sismo |
O sismo afetou as facilidades médicas oferecidas em torno de Porto Príncipe por três membros da organização internacional não-governamental [[Médicos sem Fronteiras]], causando um colapso completo.<ref name='metroint'>{{citar notícia |língua=inglês| autor=Michelle McQuigge |título="Aid workers face frightening challenges in wake of massive quake in Haiti" | data=13 de Janeiro de 2010 | publicado=[[Metro International]] | url =http://www.metronews.ca/toronto/world/article/421303--doctors-without-borders-loses-all-three-hospitals-in-haitian-quake |acessodata=12 de Março de 2010}}</ref><ref name="onehospital">{{citar web|língua=inglês|url=http://www.news.com.au/breaking-news/only-one-hospital-open-in-haitis-quake-hit-capital/story-e6frfku0-1225819044634 |título="Only one hospital open in Haiti's quake-hit capital" |publicado=News.com.au |acessodata=12 de Março de 2010}}</ref> Um hospital em [[Pétionville]], um subúrbio rico de Porto Príncipe, também colapsou<ref>{{citar notícia|url=http://www.nytimes.com/aponline/2010/01/12/world/AP-CB-Haiti-Earthquake.html|língua=inglês|título="Haitian Earthquake Causes Hospital Collapse"|data=12 de Janeiro de 2010|publicado=[[The New York Times]]|acessodata=12 de Março de 2010}}</ref> assim como o Hospital Distrital de St. Michel, na cidade de [[Jacmel]],<ref name="BBCNews8476185">{{citar notícia|autor=Christian Fraser |url=http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/americas/8476185.stm |título="Haitians show fortitude in face of disaster" |publicado=[[BBC News]] |data=20 de Janeiro de 2010 |língua=inglês |acessodata=12 de Março de 2010}}</ref> que foi o maior hospital de referência no sudeste do Haiti.<ref name='unia'>{{citar web|url=http://www.un.org/webcast/pdfs/unia1167.pdf |título="UN PROVIDES GENERATOR FOR A HOSPITAL IN HAITI" |formato=PDF |publicado=[[ONU]] |língua=inglês |acessodata=12 de Março de 2010}}</ref> |
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Houve danos consideráveis por parte das comunicações. O [[Rede pública de telefonia comutada|sistema público telefónico]] não estava disponível, <ref name="AJC">{{citar notícia|url=http://www.ajc.com/news/nation-world/many-casualties-expected-after-273518.html|título="Many casualties expected after big quake in Haiti"|autor=Jonathan M. Katz|data=12 de Janeiro de 2010|publicado=Atlanta Journal-Constitution|língua=inglês |acessodata=12 de Março de 2010}}</ref> e a maior operadora móvel do Haiti, [[Digicel]], viu a sua rede totalmente danificada. Ficou operacional a 14 de Janeiro, mas a chamada era pouco audível e muitos dos telefonemas não chegavam a estabelecer conexão.<ref>{{Citar web |url=http://www.indiaprwire.com/pressrelease/telecommunications/2010011441347.htm |título="Statement From Digicel on Haiti Earthquake" |publicado=IndiaPRwire |data=14 de Janeiro de 2010 |língua=inglês |acessodata=12 de Março de 2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20100820123624/http://www.indiaprwire.com/pressrelease/telecommunications/2010011441347.htm |arquivodata=2010-08-20 |urlmorta=yes }}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.google.com/hostednews/canadianpress/article/ALeqM5jKqTdQCwCIKAEYMEl4bFZU6qEM4w |título="Countless emergency calls from Haiti earthquake victims simply not getting through"|publicado=The Associated Press |data=14 de Janeiro de 2010|língua=inglês |acessodata=12 de Março de 2010}}</ref> A rede da [[Comcel Haiti]] não sofreu danos consideráveis, mais o serviço móvel ficou temporariamente indisponível a 12 de Janeiro de 2010. Dois dias depois a companhia tinha restabelecido 70% dos seus serviços.<ref name=st119>{{citar notícia |título="Update from Trilogy: five employees killed in Haiti" |autor=Kristi Heim |publicado=Seattle Times|data= 19 de Janeiro de 2010 |url=http://seattletimes.nwsource.com/html/thebusinessofgiving/2010835512_update_from_trilogy_on_haiti.html |língua=inglês |acessodata=12 de Março de 2010}}</ref><ref name=trilogy113>{{citar web |url=http://www.trilogy-international.com/Update1EarthquakeUpdate12.30ESTfinal.pdf |título="Update: Earthquake in Haiti" |data=13 de Janeiro de 2010 |publicado=[[Trilogy International Partners]] |língua=inglês |acessodata=12 de Março de 2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20100202125056/http://www.trilogy-international.com/Update1EarthquakeUpdate12.30ESTfinal.pdf |arquivodata=2010-02-02 |urlmorta=yes }}</ref><ref name=trilogy114>{{citar web |url=http://www.trilogy-international.com/Update2EarthquakeUpdate3.pdf |formato=PDF |título="Update: Earthquake in Haiti" |data=14 de Janeiro de 2010 |publicado=[[Trilogy International Partners]] |língua=inglês |acessodata=12 de Março de 2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20100202133247/http://www.trilogy-international.com/Update2EarthquakeUpdate3.pdf |arquivodata=2010-02-02 |urlmorta=yes }}</ref> O serviço na conexão do sistema de cabo, que desde Haiti, com as suas fibras ópticas mantém a conectividade para o mundo exterior, foi interrompido, com o terminal em Port-au-Prince, sendo completamente destruído.<ref>{{citar web|autor=Christopher Rhoads |url=http://online.wsj.com/article/SB10001424052748703657604575005453223257096.html |título="Earthquake Sets Back Haiti's Efforts to Improve Telecommunications" |publicado=Online.wsj.com |data=15 de Janeiro de 2010 |língua=inglês |acessodata=14 de Março de 2010}}</ref> |
Houve danos consideráveis por parte das comunicações. O [[Rede pública de telefonia comutada|sistema público telefónico]] não estava disponível, <ref name="AJC">{{citar notícia|url=http://www.ajc.com/news/nation-world/many-casualties-expected-after-273518.html|título="Many casualties expected after big quake in Haiti"|autor=Jonathan M. Katz|data=12 de Janeiro de 2010|publicado=Atlanta Journal-Constitution|língua=inglês |acessodata=12 de Março de 2010}}</ref> e a maior operadora móvel do Haiti, [[Digicel]], viu a sua rede totalmente danificada. Ficou operacional a 14 de Janeiro, mas a chamada era pouco audível e muitos dos telefonemas não chegavam a estabelecer conexão.<ref>{{Citar web |url=http://www.indiaprwire.com/pressrelease/telecommunications/2010011441347.htm |título="Statement From Digicel on Haiti Earthquake" |publicado=IndiaPRwire |data=14 de Janeiro de 2010 |língua=inglês |acessodata=12 de Março de 2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20100820123624/http://www.indiaprwire.com/pressrelease/telecommunications/2010011441347.htm |arquivodata=2010-08-20 |urlmorta=yes }}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.google.com/hostednews/canadianpress/article/ALeqM5jKqTdQCwCIKAEYMEl4bFZU6qEM4w |título="Countless emergency calls from Haiti earthquake victims simply not getting through"|publicado=The Associated Press |data=14 de Janeiro de 2010|língua=inglês |acessodata=12 de Março de 2010}}</ref> A rede da [[Comcel Haiti]] não sofreu danos consideráveis, mais o serviço móvel ficou temporariamente indisponível a 12 de Janeiro de 2010. Dois dias depois a companhia tinha restabelecido 70% dos seus serviços.<ref name=st119>{{citar notícia |título="Update from Trilogy: five employees killed in Haiti" |autor=Kristi Heim |publicado=Seattle Times|data= 19 de Janeiro de 2010 |url=http://seattletimes.nwsource.com/html/thebusinessofgiving/2010835512_update_from_trilogy_on_haiti.html |língua=inglês |acessodata=12 de Março de 2010}}</ref><ref name=trilogy113>{{citar web |url=http://www.trilogy-international.com/Update1EarthquakeUpdate12.30ESTfinal.pdf |título="Update: Earthquake in Haiti" |data=13 de Janeiro de 2010 |publicado=[[Trilogy International Partners]] |língua=inglês |acessodata=12 de Março de 2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20100202125056/http://www.trilogy-international.com/Update1EarthquakeUpdate12.30ESTfinal.pdf |arquivodata=2010-02-02 |urlmorta=yes }}</ref><ref name=trilogy114>{{citar web |url=http://www.trilogy-international.com/Update2EarthquakeUpdate3.pdf |formato=PDF |título="Update: Earthquake in Haiti" |data=14 de Janeiro de 2010 |publicado=[[Trilogy International Partners]] |língua=inglês |acessodata=12 de Março de 2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20100202133247/http://www.trilogy-international.com/Update2EarthquakeUpdate3.pdf |arquivodata=2010-02-02 |urlmorta=yes }}</ref> O serviço na conexão do sistema de cabo, que desde Haiti, com as suas fibras ópticas mantém a conectividade para o mundo exterior, foi interrompido, com o terminal em Port-au-Prince, sendo completamente destruído.<ref>{{citar web|autor=Christopher Rhoads |url=http://online.wsj.com/article/SB10001424052748703657604575005453223257096.html |título="Earthquake Sets Back Haiti's Efforts to Improve Telecommunications" |publicado=Online.wsj.com |data=15 de Janeiro de 2010 |língua=inglês |acessodata=14 de Março de 2010}}</ref> |
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De acordo com a [[Repórteres sem Fronteiras]] (RSF), maior parte das estações de rádio na região do terramoto saíram do ar após o terramoto e apenas 20 de um total de 50 estações em Porto Príncipe, restabeleceram a emissão uma semana depois.<ref name=rw125>{{citar notícia |título="Radio Extends Efforts to Help Haiti" |autor=T. Carter Ross |publicado=[[Radio World]] |data=25 de Janeiro de 2010 |url=http://www.rwonline.com/article/93612 |língua=inglês |acessodata=12 de Março de 2010}}</ref> As estações |
De acordo com a [[Repórteres sem Fronteiras]] (RSF), maior parte das estações de rádio na região do terramoto saíram do ar após o terramoto e apenas 20 de um total de 50 estações em Porto Príncipe, restabeleceram a emissão uma semana depois.<ref name=rw125>{{citar notícia |título="Radio Extends Efforts to Help Haiti" |autor=T. Carter Ross |publicado=[[Radio World]] |data=25 de Janeiro de 2010 |url=http://www.rwonline.com/article/93612 |língua=inglês |acessodata=12 de Março de 2010}}</ref> As estações afetadas foram a [[Radio TV Ginen]], [[Radio Soleil]], [[Radio Ibo]] e [[Tropic FM]].<ref name=rwrsf120>{{citar notícia |título="Radio stations getting back on the air in Port-au-Prince" |trabalho=[[Repórteres sem Fronteiras]] |publicado=[[ReliefWeb]]|data= 20 de Janeiro de 2010 |url=http://www.reliefweb.int/rw/rwb.nsf/db900sid/VVOS-7ZVNNA?OpenDocument&rc=2&emid=EQ-2010-000009-HTI |língua=inglês |acessodata=14 de Março de 2010}}</ref> |
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RSF também noticiou que doze estações de rádio na cidade do sudoeste de Petit-Goâve e cinco em nova de [[Léogâne]] forma severamente danificadas.<ref name=rw125/> O [[Comité de Protecção a Jornalistas]] reportou que outras emissoras, como [[Melodie FM]], [[Radio Caraibes]], [[Signal FM]], e [[Radio Metropole]], continuaram a operar.<ref name=cpj115>{{citar web |url=http://cpj.org/blog/2010/01/haitian-journalist-describes-scenes-of-death-and-d.php |título="Haitian journalist describes scenes of death and destruction" |autor= Carlos Lauría |publicado=[[Comité de Protecção a Jornalistas]] |língua=inglês |acessodata=14 de Março de 2010}}</ref> A estação de missão da ONU, [[Radio Minustah]], foi desactivada pelo terramoto, mas reabilitou-se em 18 de Janeiro. O escritório da [[Agence France-Presse]] estava em ruínas, mas dias após o sismo a agência retomou as operações em novas instalações. Os escritórios da capital, dois jornais,''[[Le Nouvelliste(Haiti)|Le Nouvelliste]]'' e ''[[Le Matin (Haiti)|Le Matin]]'', não foram severamente danificados, mas a impressão foi impossibilitada num espaço de uma semana após o terramoto.<ref name=rwrsf120/> |
RSF também noticiou que doze estações de rádio na cidade do sudoeste de Petit-Goâve e cinco em nova de [[Léogâne]] forma severamente danificadas.<ref name=rw125/> O [[Comité de Protecção a Jornalistas]] reportou que outras emissoras, como [[Melodie FM]], [[Radio Caraibes]], [[Signal FM]], e [[Radio Metropole]], continuaram a operar.<ref name=cpj115>{{citar web |url=http://cpj.org/blog/2010/01/haitian-journalist-describes-scenes-of-death-and-d.php |título="Haitian journalist describes scenes of death and destruction" |autor= Carlos Lauría |publicado=[[Comité de Protecção a Jornalistas]] |língua=inglês |acessodata=14 de Março de 2010}}</ref> A estação de missão da ONU, [[Radio Minustah]], foi desactivada pelo terramoto, mas reabilitou-se em 18 de Janeiro. O escritório da [[Agence France-Presse]] estava em ruínas, mas dias após o sismo a agência retomou as operações em novas instalações. Os escritórios da capital, dois jornais,''[[Le Nouvelliste(Haiti)|Le Nouvelliste]]'' e ''[[Le Matin (Haiti)|Le Matin]]'', não foram severamente danificados, mas a impressão foi impossibilitada num espaço de uma semana após o terramoto.<ref name=rwrsf120/> |
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Revisão das 15h01min de 2 de outubro de 2023
Os danos nas infraestruturas causadas pelo terramoto do Haiti de 2010 foram extensos e afetaram áreas como Porto Príncipe, Petit-Goâve, Léogâne, Jacmel e outras localidades do sudoeste do Haiti. Em Fevereiro, o primeiro-ministro Jean-Max Bellerive estimou que 250,000 residências e 30,000 edifícios comerciais tinham sido destruídos ou encontravam-se em mau estado devido aos danos sofridos.[1] O vice-presidente de Léogâne, que estava no epicentro do terramoto, informou que 90% dos edifícios da cidade tinham sido destruídos, e que Léogâne "tinha de ser totalmente reconstruída".[2] Muitos pontos de referência foram completamente danificados ou destruídos, incluindo o Palácio Presidencial, o edifício da Assembleia Nacional do Haiti, a Catedral de Porto Príncipe, e ainda o centro presidiário principal. O Ministro da Educação estimou que mais de 15,000 escolas primárias e 1,500 escolas secundárias ficaram bastante afetadas ou até mesmo destruídas. Além de que, três universidades principais em Porto Príncipe foram severamente danificadas.[3] Outras infraestruturas afetados foram centrais telefónicas, estações de rádio, fábricas e museus.
Serviços essenciais
Entre a devastação e danos sofridos em Porto Príncipe, a vital infraestrutura necessária para responder ao desastre foi severamente danificada ou destruída. Isto incluiu todos os hospitais da capital, todos os meios de transporte, terrestres, aéreos e aquáticos, e ainda sistemas de comunicação. Devido a todos estes danos e perda de estruturas organizacionais, o porta-voz do Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários declarou o estado como a pior catástrofe que a ONU já enfrentou.[4]
O sismo afetou as facilidades médicas oferecidas em torno de Porto Príncipe por três membros da organização internacional não-governamental Médicos sem Fronteiras, causando um colapso completo.[5][6] Um hospital em Pétionville, um subúrbio rico de Porto Príncipe, também colapsou[7] assim como o Hospital Distrital de St. Michel, na cidade de Jacmel,[8] que foi o maior hospital de referência no sudeste do Haiti.[9]
O terramoto danificou seriamente a torre de controlo do Aeroporto Internacional Toussaint Louverture[10] e do aeroporto de Porto Príncipe.[11] Os danos reportados sobre aeroporto incluíram o colapso de gruas e contentores para a água, os danos estruturais ao cais, áreas de beira-cais em colapso na água com a abertura no glaciar e da queda dos cais de desembarque na doca, e um derrame de óleo, tornando o porto inutilizável para operações de socorro imediato. O porto de Gonaïves, na parte norte do Haiti, manteve-se operacional.[11]
A estrada principal que liga Port-au-Prince a Jacmel permaneceu bloqueada dez dias depois do sismo, dificultando a entrega de ajuda a Jacmel. Quando perguntado porque a estrada não tinha sido aberta, Hazem El-Zein, presidente da divisão sudeste do Programa Alimentar Mundial da ONU disse que: "Temos as mesmas perguntas para as pessoas responsáveis... Prometeram resposta rápida. Para ser honesto, eu não sei porque não foi feito. Só posso pensar que a sua prioridade deve ser sobre outro lugar qualquer".[8]
Houve danos consideráveis por parte das comunicações. O sistema público telefónico não estava disponível, [12] e a maior operadora móvel do Haiti, Digicel, viu a sua rede totalmente danificada. Ficou operacional a 14 de Janeiro, mas a chamada era pouco audível e muitos dos telefonemas não chegavam a estabelecer conexão.[13][14] A rede da Comcel Haiti não sofreu danos consideráveis, mais o serviço móvel ficou temporariamente indisponível a 12 de Janeiro de 2010. Dois dias depois a companhia tinha restabelecido 70% dos seus serviços.[15][16][17] O serviço na conexão do sistema de cabo, que desde Haiti, com as suas fibras ópticas mantém a conectividade para o mundo exterior, foi interrompido, com o terminal em Port-au-Prince, sendo completamente destruído.[18]
De acordo com a Repórteres sem Fronteiras (RSF), maior parte das estações de rádio na região do terramoto saíram do ar após o terramoto e apenas 20 de um total de 50 estações em Porto Príncipe, restabeleceram a emissão uma semana depois.[19] As estações afetadas foram a Radio TV Ginen, Radio Soleil, Radio Ibo e Tropic FM.[20] RSF também noticiou que doze estações de rádio na cidade do sudoeste de Petit-Goâve e cinco em nova de Léogâne forma severamente danificadas.[19] O Comité de Protecção a Jornalistas reportou que outras emissoras, como Melodie FM, Radio Caraibes, Signal FM, e Radio Metropole, continuaram a operar.[21] A estação de missão da ONU, Radio Minustah, foi desactivada pelo terramoto, mas reabilitou-se em 18 de Janeiro. O escritório da Agence France-Presse estava em ruínas, mas dias após o sismo a agência retomou as operações em novas instalações. Os escritórios da capital, dois jornais,Le Nouvelliste e Le Matin, não foram severamente danificados, mas a impressão foi impossibilitada num espaço de uma semana após o terramoto.[20]
Referências
- ↑ Clarens Renois (5 de Fevereiro de 2010). «"Haitians angry over slow aid"» (em inglês). The Age. Consultado em 11 de Março de 2010
- ↑ Karern Allen (28 de Janeiro de 2010). «"Rebuilding Haiti from rubble and dust"» (em inglês). BBC. Consultado em 11 de Março de 2010
- ↑ «"INTERVIEW-Haitian education system 'totally collapsed'"». ReliefWeb (em inglês). Reuters. 18 de Janeiro de 2010. Consultado em 11 de Março de 2010
- ↑ «"Haiti quake 'worst disaster ever"» (em inglês). The Bangkok Post. 16 de Janeiro de 2010. Consultado em 12 de Março de 2010
- ↑ Michelle McQuigge (13 de Janeiro de 2010). «"Aid workers face frightening challenges in wake of massive quake in Haiti"» (em inglês). Metro International. Consultado em 12 de Março de 2010
- ↑ «"Only one hospital open in Haiti's quake-hit capital"» (em inglês). News.com.au. Consultado em 12 de Março de 2010
- ↑ «"Haitian Earthquake Causes Hospital Collapse"» (em inglês). The New York Times. 12 de Janeiro de 2010. Consultado em 12 de Março de 2010
- ↑ a b Christian Fraser (20 de Janeiro de 2010). «"Haitians show fortitude in face of disaster"» (em inglês). BBC News. Consultado em 12 de Março de 2010
- ↑ «"UN PROVIDES GENERATOR FOR A HOSPITAL IN HAITI"» (PDF) (em inglês). ONU. Consultado em 12 de Março de 2010
- ↑ Eric Lipton (13 de Janeiro de 2010). «"Devastation, Seen From a Ship"» (em inglês). The New York Times. Consultado em 12 de Março de 2010
- ↑ a b Martha Brannigan (15 de Janeiro de 2010). «"Haiti seaport damage complicates relief efforts"» (em inglês). The Miami Herald. Consultado em 12 de Março de 2010
- ↑ Jonathan M. Katz (12 de Janeiro de 2010). «"Many casualties expected after big quake in Haiti"» (em inglês). Atlanta Journal-Constitution. Consultado em 12 de Março de 2010
- ↑ «"Statement From Digicel on Haiti Earthquake"» (em inglês). IndiaPRwire. 14 de Janeiro de 2010. Consultado em 12 de Março de 2010. Arquivado do original em 20 de agosto de 2010
- ↑ «"Countless emergency calls from Haiti earthquake victims simply not getting through"» (em inglês). The Associated Press. 14 de Janeiro de 2010. Consultado em 12 de Março de 2010
- ↑ Kristi Heim (19 de Janeiro de 2010). «"Update from Trilogy: five employees killed in Haiti"» (em inglês). Seattle Times. Consultado em 12 de Março de 2010
- ↑ «"Update: Earthquake in Haiti"» (PDF) (em inglês). Trilogy International Partners. 13 de Janeiro de 2010. Consultado em 12 de Março de 2010. Arquivado do original (PDF) em 2 de fevereiro de 2010
- ↑ «"Update: Earthquake in Haiti"» (PDF) (em inglês). Trilogy International Partners. 14 de Janeiro de 2010. Consultado em 12 de Março de 2010. Arquivado do original (PDF) em 2 de fevereiro de 2010
- ↑ Christopher Rhoads (15 de Janeiro de 2010). «"Earthquake Sets Back Haiti's Efforts to Improve Telecommunications"» (em inglês). Online.wsj.com. Consultado em 14 de Março de 2010
- ↑ a b T. Carter Ross (25 de Janeiro de 2010). «"Radio Extends Efforts to Help Haiti"» (em inglês). Radio World. Consultado em 12 de Março de 2010
- ↑ a b «"Radio stations getting back on the air in Port-au-Prince"». Repórteres sem Fronteiras (em inglês). ReliefWeb. 20 de Janeiro de 2010. Consultado em 14 de Março de 2010
- ↑ Carlos Lauría. «"Haitian journalist describes scenes of death and destruction"» (em inglês). Comité de Protecção a Jornalistas. Consultado em 14 de Março de 2010