Sexto Pompeu: diferenças entre revisões

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Revisão das 15h02min de 2 de julho de 2008

Denário de Sextus Pompeius Fonte:cngcoins.com

Sexto Pompeu Magno Pio, em latim Sextus Pompeius Magnus Pius ou simplesmente Sexto Pompeu (morto em 35 a.C.), foi um general romano do período final da República Romana, que representou o último foco de oposição ao poder ascendente do segundo triunvirato.

Sexto era o filho mais novo do general Pompeu e da sua terceira mulher, Múcia Terceira. Com o seu irmão mais velho, Pompeu, o Jovem, cresceu na sombra dos feitos militares do pai, que acabou por se tornar no líder dos Optimates, a facção conservadora do senado romano. Quando Júlio César atravessou o Rubicão em 49 a.C., dando início à guerra civil, Pompeu e os conservadores fugiram para o leste, mas Sexto ficou em Roma com a madrasta Cornelia Metella. Os Optimates foram derrotados na batalha de Farsália e os sobreviventes tiveram que fugir para evitar a captura. Sexto e Cornélia encontraram-se com Pompeu em Mitilene e a família fugiu para o Egipto onde procurou asilo político. À chegada, a 29 de Setembro de 48 a.C., Sextus viu o pai ser assassinado à traição por agentes do faraó. Cornelia regressou a Roma com as cinzas de Pompeio mas Sextus juntou-se à resistência, então concentrada no Norte de África sob o comando de Metelo Cipião e Catão de Útica, onde reecontrou o irmão Gneu.

Em Março de 46 a.C., César venceu os Optimates na batalha de Tapso mas os irmãos Pompeius fugiram para as províncias hispânicas. Juntamente com Tito Labieno, Gneu e Sexto Pompeu eram então o último foco de resistência. César foi no seu encalço e em Fevereiro de 45 a.C. derrotou o exército dos irmãos. Novamente em fuga, Gneu foi apanhado e executado por traição pouco depois. Sextus conseguiu fugir uma vez mais e estabeleceu uma base na Sicília. César regressou a Roma, sem planos imediatos de o perseguir e eliminar.

Em 44 a.C., Júlio César foi assassinado nos Idos de Março por um grupo de senadores liderados por Bruto e Cássio auto-intitulado Liberatores. O acontecimento despoletou mais uma guerra civil entre o recém formado segundo triunvirato, composto por Marco António, Octávio e Lépido, e a facção dos Liberatores. O conflito desviou as atenções de Sextus, que teve tempo de organizar a sua resistência na Sicília, recrutando várias legiões e estabelecendo uma marinha poderosa.

Em 42 a.C., com os Liberatores derrotados nas batalha de Filipos, o triunvirato encarou a questão de Sexto como prioridade e lançou um ataque à Sicília. Sexto, no entanto, provou ser um general muito capaz e durante dois anos o conflito prolongou-se sem vitórias conclusivas dos atacantes. Em 39 a.C., os triunviros assinaram um armistício com Sexto conhecido como Pacto de Messina. As motivações deste cessar-fogo não eram de forma a perdoar Sexto e baseavam-se na necessidade de mobilizar as legiões estacionadas na Sicília para a campanha que Marco António preparava no Oriente. A paz não durou muito tempo. As brigas frequentes de Octávio com António representavam uma motivação política para resolver a questão de Sexto. Octávio tentou de novo conquistar a Sicília mas foi derrotado numa batalha naval em Messina em 37 a.C. e novamente no ano seguinte. Mas cerca de um mês depois, em Setembro de 36 a.C., Marco Vipsânio Agripa derrotou a frota de Sextus Pompeius ao largo do cabo de Náuloco. O resultado foi uma vitória expressiva do triunvirato, que obrigou Sexto a fugir uma vez mais.

Sem a Sicília como base de apoio, a sua situação ficou tremida. Sexto escapou para o Oriente mas foi apanhado em Mileto em 35 a.C. e executado por traição sem julgamento, por ordens de Marco Tício, um homem da facção de Marco António. Como ainda detinha a cidadania romana, a sua morte violenta foi considerada ilegal pela facção de Octávio e usada como argumento na luta política que se vivia então dentro do triunvirato.