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Revisão das 01h11min de 29 de outubro de 2015

 Nota: Se procura outras referências de José Rodrigues, veja José Rodrigues (desambiguação).
Joe Berardo
Joe Berardo
Nome completo José Manuel Rodrigues Berardo
Nascimento 4 de julho de 1944 (79 anos)
Funchal, Região Autónoma da Madeira
Nacionalidade Portugal Portuguesa
Ocupação Investidor de risco

José Manuel Rodrigues Berardo ComIHGCIH (Funchal, 4 de Julho de 1944), habitualmente conhecido como Joe Berardo, é um empresário e conhecido coleccionador de arte português.

Joe Berardo é um coleccionador compulsivo. Desde menino que juntava selos, caixas de fósforos ou postais de navios que atracavam na sua ilha. A revista Exame avaliou a fortuna de Joe Berardo como a nona maior de Portugal, estimando um valor de 589 milhões de euros.[1]

Em 2004 foi distinguido com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique,.[2] Em 2005 foi agraciado com a Legião de Honra, a mais alta condecoração francesa.[3]

História

Aos 19 anos emigrou para África do Sul onde casou com Carolina Conceição com quem tem dois filhos, Renato e Cláudia.

O sentido pelos negócios nasceu em solo africano. Em 1968 ajudou a criar o grupo Egoli Consolidated Mines Limited . O grupo – que congregava diversas explorações mineiras de ouro e de extracção do ouro a partir de recuperação em areias auríferas – transformou-se numa das 100 maiores empresas sul-africanas[carece de fontes?].

Na década de 1980 chegou a Presidente do então Bank of Lisbon, agora Mercantile Bank Holdings do Grupo Caixa Geral de Depósitos.[4]

Em 1989 disse que nunca regressaria a Portugal, facto que não se confirmou. Foi também a 13 de Março de 1985 que recebeu o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique entregue pelo então Presidente da República, general Ramalho Eanes.[5] A 4 de Outubro de 2004 recebeu a Grã-Cruz da mesma Ordem.[5]

Em 2009, sua fortuna caiu quase 30%, para 618 milhões de euros, devido principalmente à desvalorização de suas ações no BCP.[6]

Actividades empresariais

A adesão de Portugal à União Europeia em 1986 e o consequente alargamento, fez o empresário perceber que era a altura de regressar.

Em Portugal, Berardo consolidou o gosto que desenvolvera na África do Sul como coleccionador de obras de arte. O economista Francisco Capelo comprometeu-se em dar à colecção, que até então tinha um conteúdo essencialmente sul-africano, dimensão internacional. Capelo prometeu fazer de Berardo "o senhor Gulbenkian do século XXI".

Críticos mundiais de arte defendem aquilo que o jornal inglês "Independent" noticiou: A colecção de Berardo, uma das melhores colecções privadas da Europa, é superior à de Guggenheim. O resultado superou as expectativas.

Mais de mil obras de arte estão expostas no Centro de Artes Casa das Mudas, na Calheta (Madeira). São solicitadas para integrarem exposições em todo o Mundo, como o Centro Georges Pompidou, em Paris, a Tate Gallery, em Londres, o MoMA e Guggenheim Museum de Nova Iorque ou o Museu Rainha Sofia, em Madrid.

Em Portugal inaugurou em 1997 o Museu de Arte Moderna. Em Lisboa negociou com o Governo a instalação da sua colecção no Centro Cultural de Belém, para a construção de um pólo central para um museu de arte contemporânea. Depois de durante mais de dez anos ter a sua colecção guardada nas instalações do Centro Cultural de Belém, e após ameaçar levar a mesma colecção para o estrangeiro, conseguiu que a ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima aprovasse um protocolo que criou o Museu Berardo de Arte Moderna e Contemporânea, que foi inaugurado no dia 25 de Junho de 2007.[7]

Lançou uma OPA sobre as acções do Sport Lisboa e Benfica[8] em 2007. Joe Berardo queria comprar 85% das acções do clube da Luz mas apenas obteve a manifestação de vontade de venda de cerca 1,5%, desistindo do processo.

Berardo é accionista em várias empresas tais como a Portugal Telecom, Millenium BCP e a Empresa Madeirense de Tabacos.

Controvérsia

A figura de Joe Berardo foi relacionada com várias situações controversas que chegaram aos meios de comunicação social:

Em 1990, Berardo foi citado na Comissão de Inquérito van Zyl pela exportação ilegal de cicadáceas, desviando-as do Transvaal para a ilha da Madeira, tendo declarado o valor das plantas por menos de um décimo do valor de compra.[4] A mesma Comissão aponta para um relacionamento próximo entre Berardo e o líder do Apartheid e ministro dos negócios estrangeiros Pik Botha como facilitador destas operações.[4]

Em 2007 terá aumentado a sua participação no BCP usando um empréstimo de 1.000 milhões de euros, no contexto de uma "guerra" de poder com os outros acionistas. São relatadas ligações suspeitas com os bancos financiadores - BCP do qual é presidente do Conselho de Remunerações e Previdência, CGD e BES - que o fizeram contra uma garantia de apenas 75% da Colecção Berardo (avaliada em 316 milhões de euros em 2007).[9][10][11]

Em 2008, o nome de Joe Berardo surgiu na imprensa relacionado com a especulação imobiliária que terá efectuado na Ria de Alvor, tendo o preço da Quinta da Rocha passado de 500 mil para 15 milhões de euros.[12]

Já em 2009 foi escusado de regularizar os juros do referido empréstimo de 2007, pela nova administração da CGD, uma vez que se tal não fosse feito as garantias teriam que ser activadas, resultando que o banco estatal, dado o veículo financeiro utilizado, passaria a deter uma participação muito significativa (10%) do BCP.[13]

A 1 de Fevereiro de 2012 foi declarado pela Caixa Geral de Depósitos, pelo Banco Espírito Santo e pelo Banco Comercial Português que haviam desistido de lhe cobrar o dinheiro que lhes era devido.[14]

Referências

  1. Américo. Aeiou.expresso.pt http://aeiou.expresso.pt/americo-amorim-e-o-mais-rico-de-portugal=f596561  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  2. «Joe Berardo no Biography Channel». Diário de Notícias (Portugal). Dn.sapo.pt 
  3. «Joe Berardo condecorado com a Legião de Honra francesa». Rádio e Televisão de Portugal. RTP.pt 
  4. a b c Vuuren, Hennie van (2006). «Apartheid Grand Corruption: Assessing the scale of crimes of profit in South Africa from 1976 to 1994». Information Portal on Corruption in Africa; Cidade do Cabo - Institute for Security Studies (em inglês). Ipocafrica.org. Consultado em 11 de Fevereiro de 2008 
  5. a b «Oficial na Colecção Berardo». Biogragia. Mirror.berardocollection.com 
  6. «Bilionários portugueses não escapam da crise, diz revista». Universo Online 
  7. Romeira, Maria (14 de fevereiro de 2003). «OS RICOS PORTUGUESES». Correio da manhã. Cmjornal.xl.pt. Consultado em 11 de maio de 2012 
  8. «OPA sobre o Sport Lisboa e Benfica». Agenciafinanceira.iol.pt 
  9. Semanário Expresso. Aeiou.expresso.pt http://aeiou.expresso.pt/banca-salva-berardo-da-falencia=f494258  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  10. Negócios da Semana (28 de julho de 2010). «Análise ao caso BCP». SIC. Sic.sapo.pt 
  11. Exame (1 de agosto de 2010). «Berardo a Arte da Dívida» (PDF) 
  12. Oliveira, José Manuel (11 de Fevereiro de 2008). «Berardo ganha 14 milhões com quinta em Alvor». Diário de Notícias (Portugal). Dn.sapo.pt 
  13. «Filipe Pinhal ao ataque» (PDF). Semanário Sol. 25 de junho de 2010 
  14. «Joe Berardo está falido: CGD, BES e BCP desistiriam de cobrar dívidas ao empresário». 1 de Fevereiro de 2012. Consultado em 29 de Outubro de 2015  Texto "publicadoDiário de Notícias" ignorado (ajuda)

Ver também

Ligações externas