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Centro Cultural de Belém

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Centro Cultural de Belém
Informações gerais
TipoCentro cultural
Arquiteto(a)Vittorio Gregotti, Manuel Salgado, Risco
Inauguração10 de agosto de 1993 (32 anos)
Visitantes142.000 (média anual)[1]
PresidenteNuno Vassallo e Silva[2]
Websitehttps://www.ccb.pt
Património de Portugal
DGPC72418
SIPA55
Geografia
PaísPortugal Portugal
CidadeLisboa
LocalidadePraça do Império, Belém
Coordenadas38° 41′ 44″ N, 9° 12′ 28″ O
Mapa
Localização em mapa dinâmico

O Centro Cultural de Belém (CCB) localiza-se na praça do Império, freguesia de Belém, na cidade e no município de Lisboa, em Portugal.[3]

Foi concebido originalmente para acolher a sede da presidência portuguesa da União Europeia e posteriormente para desenvolver atividade cultural. Atualmente alberga o MAC/CCB - Museu de Arte Contemporânea e Centro de Arquitetura, entre outros espaços culturais.

O Centro Cultural de Belém está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 2002.[3]

Alguns dos espetáculos organizados pelo Teatro Nacional de São Carlos são levados à cena no palco do grande auditório do Centro Cultural de Belém.

História

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A sua construção foi iniciada em setembro de 1988 e concluída em setembro de 1993. Na sua base esteve a necessidade de um equipamento arquitetónico que pudesse acolher, em 1992, a presidência portuguesa da União Europeia, e que, ao mesmo tempo, pudesse permanecer como um polo dinamizador de atividades culturais e de lazer. O seu projeto definitivo foi decidido no início de 1988. Após acolher a presidência da União Europeia, foi transformado num centro cultural e de conferências em 1993,[4] destacando-se no seu programa a música, as artes plásticas e teatrais, e a fotografia.

A sua polémica implantação teve como fundamento o facto de assinalar o ponto de partida dos descobrimentos marítimos, à semelhança da Torre de Belém e do Padrão dos Descobrimentos. O simbolismo associado a esta localização é confirmado pela escolha, na década de 1940, da grande Exposição do Mundo Português. O CCB veio ocupar o mesmo espaço que instalou o Pavilhão "Portugueses no Mundo" e as "Aldeias Portuguesas".

Por concurso internacional, e de entre 57 projetos acolhidos, foi selecionada a proposta do arquiteto português Manuel Salgado e do consórcio do arquiteto italiano Vittorio Gregotti. Dos cinco módulos apresentados no projeto, apenas foram construídos três; o Centro de Reuniões, o Centro de Espetáculos e o Centro de Exposições.

Aos fins de semana, o Centro Cultural de Belém enche-se de visitantes que, para além dos programas culturais habituais, podem usufruir da presença de artistas de rua, atores, e outras manifestações públicas de arte, performances, etc. Albergou entre junho de 2007 e dezembro de 2022 o Museu Coleção Berardo e, a partir do ano seguinte, o MAC/CCB - Museu de Arte Contemporânea e Centro de Arquitetura, inaugurado oficialmente em outubro de 2023.[5]

Durante o fim-de-semana realizam-se visitas guiadas gerais, temáticas, ciclos de conferências, debates e atividades para famílias.

  • O Centro de Reuniões, constituído por 14 salas (entre 24m2 e 314 m2), foi pensado para acolher, de forma privilegiada, congressos e reuniões de qualquer natureza ou dimensão, através de equipamentos e acabamentos de qualidade. A estrutura passou também a incluir os serviços gerais de funcionamento do CCB, várias lojas, um restaurante, dois bares e duas garagens abertas a utilizadores.
  • O Centro de Espetáculos é o núcleo da produção e apresentação de carácter artístico e cultural do CCB. Três salas equipadas para acolher diversos tipos de espetáculo, desde o cinema à ópera, do bailado ao teatro ou qualquer tipo de género musical. O Grande Auditório (1700 m2) acomoda 1429 lugares, o Pequeno Auditório (600 m2) tem uma lotação de 310 lugares e a Black Box comporta 85 lugares.
  • O Centro de Exposições, composto por um conjunto qualificado de áreas expositivas divididas por quatro pisos, e que apresenta e produz exposições de artes plásticas, arquitetura, design e fotografia, alberga o MAC/CCB - Museu de Arte Contemporânea e Centro de Arquitetura. Lojas e uma cafetaria completam a estrutura.

O CCB ocupa hoje uma área de construção de 97 mil metros quadrados, distribuídos por seis hectares. As paredes do complexo têm aproximadamente 36 mil metros quadrados e são revestidas por pedra calcária Abancado de Pero Pinheiro, com acabamento Rústico Gastejado assente em suportes metálicos. Possui vários espaços ao ar livre que podem ser frequentados pelo público, nomeadamente os Jardins do Rio, das Oliveiras e da Água, o Caminho Pedonal e a Praça CCB (1140 m2).[6]

Jardins do Centro Cultural de Belém
Centro Cultural de Belém
O Jardim das Oliveiras
Localização Belém, Lisboa
País Portugal Portugal
Tipo Público
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre os Jardins do Centro Cultural de Belém

O CCB é composto por diversas áreas ajardinadas, de destaque o Jardim das Oliveiras, o Jardim da Água e o Jardim do Rio.

O Jardim das Oliveiras, de utilização pública mais intensiva, encontra-se situado no limite sul. Um conjunto de oliveiras que lhe dá sombra é elemento de destaque neste jardim.[7]

O Jardim da Água, situado na zona norte do edifício e com acesso direto pela Rua Bartolomeu Dias, é uma das entradas do MAC/CCB - Museu de Arte Contemporânea e Centro de Arquitetura.

O Jardim do Rio, uma das áreas ajardinadas de menor dimensão, deve o seu nome à sua vista privilegiada para o rio Tejo.

Com vista para os jardins de relvados e oliveiras, do seu restaurante e cafetaria pode apreciar-se o rio Tejo, ali tão perto.

Curiosidades

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  • 1600 km de cabos elétricos.
  • 15 mil lâmpadas.
  • 280 quadros elétricos.
  • 2600 sensores de incêndios, gás e intrusão
  • 700 sensores de temperatura, humidade e pressão.
  • 19 elevadores e monta-cargas.
  • 1300 portas e portões.
  • 550 ventiladores, caixas e unidades de ar condicionado.

Em janeiro de 2017, Elísio Summavielle, presidente do Conselho de Administração da Fundação Centro Cultural de Belém, anunciou que o CCB iria ter um hotel de cinco estrelas e mais lojas.

Os dois novos blocos (os módulos 4 e 5) vão ser concessionados por 50 anos, renováveis, a quem fizer a melhor oferta. Durante o período de concessão, a Fundação CCB receberá um mínimo de 900 mil euros anuais. As obras em causa, previstas para durar três anos, serão financiadas por privados. O concurso público internacional arrancou a 29 de novembro de 2018.

O hotel estará voltado para o rio Tejo, com a entrada a situar-se na Avenida de Brasília. O edifício receberá escritórios e lojas, que ficarão viradas para a Rua Bartolomeu Dias.[8]

Ver também

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Referências

  1. http://noticias.sapo.pt/nacional/artigo/ccb-recebeu-quase-10-milhoes-de-_5623.html
  2. Lusa (29 de novembro de 2024). «Nuno Vassallo e Silva é o novo presidente do Conselho de Administração da Fundação CCB». DN/Lusa. Consultado em 8 de março de 2025 
  3. a b Ficha na base de dados SIPA
  4. «CCB». Mosteiro dos Jerónimos. Consultado em 14 de Agosto de 2015 
  5. «Abertura do Museu de Arte Contemporânea MAC/CCB». Centro Cultural de Belém. Consultado em 30 de julho de 2024 
  6. - Site do CCB
  7. «Jardim das Oliveiras». Centro Cultural de Belém. Consultado em 17 de junho de 2023 
  8. «CCB vai ter hotel de luxo e espaços comerciais. Obras vão custar 65 milhões» 

Ligações externas

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