Acordo Sykes-Picot: diferenças entre revisões
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⚫ | | titulo =International Boundary Study - Jordan – Syria Boundary| data =30/12/1969|pagina=8| publicado =Department of State - USA| acessodata =25/03/2016}}</ref> foi um ajuste secreto<ref>[http://www.firstworldwar.com/source/sykespicot.htm Primary Documents - Sykes-Picot Agreement, 16 May 1916]</ref> entre os governos do [[Reino Unido]] e da [[França]]<ref>{{cite book|last=Fromkin|first=David|authorlink=David Fromkin|title=A Peace to End All Peace: The Fall of the Ottoman Empire and the Creation of the Modern Middle East|publisher=Owl|year=1989|location=New York|pages=286, 288|isbn=0-8050-6884-8}}</ref> que definiu as suas respetivas esferas de influência no [[Oriente Médio]] após a [[Primeira Guerra Mundial]]. Os limites estabelecidos pelo acordo ainda permanecem na maior parte da fronteira comum entre a [[Síria]] e o [[Iraque]]<ref>[http://www.jornaldelondrina.com.br/brasil/conteudo.phtml?tl=1&id=1486701&tit=A-guerra-que-redefiniu-o-mundo A fragmentação do Oriente Médio] Jornal de Londrina</ref>. |
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O acordo foi negociado em novembro de 1915 pelo diplomata francês [[François Georges-Picot]] e pelo britânico [[Mark Sykes]]. |
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O Reino Unido recebeu o controle dos territórios correspondentes, ''grosso modo'', à [[Jordânia]] e ao [[Iraque]], bem como uma pequena área em torno de [[Haifa]]. A França ganhou o controle do sudeste da [[Turquia]], da [[Síria]], do [[Líbano]] e do norte do Iraque. As duas potências ficaram livres para definir as fronteiras dentro daquelas áreas. |
O Reino Unido recebeu o controle dos territórios correspondentes, ''grosso modo'', à [[Jordânia]] e ao [[Iraque]], bem como uma pequena área em torno de [[Haifa]]. A França ganhou o controle do sudeste da [[Turquia]], da [[Síria]], do [[Líbano]] e do norte do Iraque. As duas potências ficaram livres para definir as fronteiras dentro daquelas áreas. |
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O ajuste foi posteriormente ampliado para incluir a [[Itália]] e a Rússia. A primeira receberia algumas ilhas do [[Mar Egeu|Egeu]] e uma esfera de influência em torno de [[Esmirna]], no sudoeste da [[Anatólia]], enquanto que a segunda ficaria com a [[Armênia]] e partes do [[Curdistão]]. A presença italiana na Anatólia e a divisão dos territórios árabes foram em seguida formalizadas pelo [[Tratado de Sèvres]], de 1920. |
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O acordo é visto por muitos como um ponto de inflexão nas relações entre os árabes e o Ocidente, já que contrariava as promessas feitas aos árabes através de [[T. E. Lawrence]], no sentido de criar-se uma nação em território sírio em troca de apoio aos esforços de guerra britânicos contra o Império Otomano. |
O acordo é visto por muitos como um ponto de inflexão nas relações entre os árabes e o Ocidente, já que contrariava as promessas feitas aos árabes através de [[T. E. Lawrence]], no sentido de criar-se uma nação em território sírio em troca de apoio aos esforços de guerra britânicos contra o Império Otomano. |
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Os principais termos do acordo foram confirmados pela [[Conferência de San Remo|Conferência interaliada de San Remo]], em 19-26 de abril de 1920, e pelo Conselho da [[Sociedade das Nações]] em [[24 de julho]] de [[1922]], estabelecendo os mandatos britânico e francês correspondentes às áreas definidas pelo ajuste de 1916. |
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Revisão das 00h09min de 26 de março de 2016
Acordo Sykes-Picot | |
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Zonas de influência francesa e britânica estabelecidas pelo Acordo Sykes-Picot | |
Autoria | Mark Sykes e François Georges-Picot |
Signatário(a)(s) | Edward Grey e Paul Cambon |
O Acordo Sykes-Picot de 16 de maio de 1916[1] foi um ajuste secreto[2] entre os governos do Reino Unido e da França[3] que definiu as suas respetivas esferas de influência no Oriente Médio após a Primeira Guerra Mundial. Os limites estabelecidos pelo acordo ainda permanecem na maior parte da fronteira comum entre a Síria e o Iraque[4].
O acordo foi negociado em novembro de 1915 pelo diplomata francês François Georges-Picot e pelo britânico Mark Sykes.
O Reino Unido recebeu o controle dos territórios correspondentes, grosso modo, à Jordânia e ao Iraque, bem como uma pequena área em torno de Haifa. A França ganhou o controle do sudeste da Turquia, da Síria, do Líbano e do norte do Iraque. As duas potências ficaram livres para definir as fronteiras dentro daquelas áreas.
A Palestina seria colocada sob administração internacional, aguardando consultas com a Rússia e outras potências.
Este acordo é visto por muitos como conflitante com a Correspondência Hussein-McMahon de 1915-1916. O conflito entre os dois acertos resulta do progresso da guerra: a correspondência refletia a necessidade de apoio árabe à Tríplice Entente, enquanto que o Acordo Sykes-Picot procurava recrutar o apoio dos judeus americanos para o esforço de trazer os EUA para a guerra ao lado da Entente, juntamente com a Declaração de Balfour de 1917.
O ajuste foi posteriormente ampliado para incluir a Itália e a Rússia. A primeira receberia algumas ilhas do Egeu e uma esfera de influência em torno de Esmirna, no sudoeste da Anatólia, enquanto que a segunda ficaria com a Armênia e partes do Curdistão. A presença italiana na Anatólia e a divisão dos territórios árabes foram em seguida formalizadas pelo Tratado de Sèvres, de 1920.
A Revolução Russa de 1917 invalidou as reivindicações da Rússia sobre o Império Otomano. Lênin tornou pública uma cópia do Acordo Sykes-Picot (até então secreto), bem como outros tratados, o que causou constrangimento entre os aliados e crescente desconfiança entre os árabes.
O acordo é visto por muitos como um ponto de inflexão nas relações entre os árabes e o Ocidente, já que contrariava as promessas feitas aos árabes através de T. E. Lawrence, no sentido de criar-se uma nação em território sírio em troca de apoio aos esforços de guerra britânicos contra o Império Otomano.
Os principais termos do acordo foram confirmados pela Conferência interaliada de San Remo, em 19-26 de abril de 1920, e pelo Conselho da Sociedade das Nações em 24 de julho de 1922, estabelecendo os mandatos britânico e francês correspondentes às áreas definidas pelo ajuste de 1916.
Referências
- ↑ «International Boundary Study - Jordan – Syria Boundary» (PDF). Department of State - USA. 30 de dezembro de 1969. p. 8. Consultado em 25 de março de 2016
- ↑ Primary Documents - Sykes-Picot Agreement, 16 May 1916
- ↑ Fromkin, David (1989). A Peace to End All Peace: The Fall of the Ottoman Empire and the Creation of the Modern Middle East. New York: Owl. pp. 286, 288. ISBN 0-8050-6884-8
- ↑ A fragmentação do Oriente Médio Jornal de Londrina
Bibliografia
- MAGNOLI, Demetrio. História da Paz. São Paulo: Editora Contexto, 2008. 448p. ISBN 8572443967