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Os '''Gathas''' consistem em 17 cânticos que acredita-se terem sido compostos por [[Zaratustra]], são considerados os textos mais sagrados na fé do [[Zoroastrismo]]. Os ''Gathas'' consistem de 17 cânticos, e são também divididos em cinco grupos, de acordo com a sua métrica original.
Os '''Gathas''' consistem em 17 cânticos que acredita-se terem sido compostos por [[Zaratustra]], são considerados os textos mais sagrados na fé do [[Zoroastrismo]]. Os ''Gathas'' consistem de 17 cânticos, e são também divididos em cinco grupos, de acordo com a sua métrica original.



Revisão das 18h52min de 1 de dezembro de 2016

Os Gathas consistem em 17 cânticos que acredita-se terem sido compostos por Zaratustra, são considerados os textos mais sagrados na fé do Zoroastrismo. Os Gathas consistem de 17 cânticos, e são também divididos em cinco grupos, de acordo com a sua métrica original.

Os primeiros sete cânticos são chamados de Ahuna-vaiti, os Gathas que transmitem Ahuna, o Princípio da Livre Escolha. Os quatro cânticos seguintes são Ushta-vaiti, os Gathas que transmitem Ushta. Os quatro cânticos da frente são Spenta Mainyu, os Gathas da Mentalidade Progressista. O cântico em seguida é Vohû khshathra, o Gatha da Boa Organização. O cântico final, incluindo o  Airyêmâ ishyô, é Vahishtâ-Îshti, o Gatha do Melhor Desejo.


Preservação e sobrevivência do Gathas

A sobrevivência do Gathas até os dias de hoje é resultado de uma história triste com final feliz.

Quando a dinastia Sassânida ganhou a coroa Kayanian, no ano de 224 aD na Pérsia, a língua de Zaratustra tinha se tornado desconhecida e misteriosa.

O Gathas havia sido incorporado numa coleção de escritos posteriores agora conhecidos como Avesta. Esse material só sobreviveu traduzido, comentado e interpretado na língua pahlavi dos sassânidas.

A queda do Império Sassânida no ano de 630 aD e o subseqüente eclipse da religião zoroastriana fez dura a vida dos que continuaram a tradição. Os livros religiosos foram atacados com fúria pelos conquistadores árabes sobrando do Avesta apenas um terço ou menos. Felizmente o Gathas sobreviveu a essa catástrofe.

O contato continuado entre os zoroastrianos que haviam se refugiado na Índia e os que ficaram no Irã entre os séculos XV e XVIII aD, seguido do interesse em estudos orientais por parte de eruditos europeus, ajudou a devolver ao mundo as palavras de Asho Zaratustra. A recuperação do Gathas é relativamente recente. A tradução e os estudos do Gathas hoje disponíveis têm mais ou menos uma centúria. Devemos muito dessa recuperação à curiosidade e paciência dos eruditos ocidentais, orientalistas.

O Gathas no Avesta

A posição dada ao Gathas no Avesta testifica sua importância no conjunto. A saudação, que o introduz, chama de ideais os seus pensamentos e palavras e pede que sejam proclamados. Toda vez que os escritores subseqüentes ao Avesta mencionam o Gathas o fazem com grande deferência. Os cânticos de Zaratustra são apontados como orações rituais a serem recitadas em momentos especiais e tidas como inspiradas por Deus.

Asha é o melhor bem. Ela é alegria radiante. Alegria radiante vem à pessoa que pratica o bem somente por apreciá-lo como bem.

Tanto a organização como a liderança devem basear-se na livre escolha levando-se em conta a retidão e a capacidade. A Boa mente torna possível essa escolha de forma que as ações da vida sejam motivadas em nós pelo Deus de Sabedoria. A Boa organização reabilita os seres oprimidos.

Traduções

Os Gathas foram traduzidos e publicados, pela primeira vez para o português, por Onaldo Alves Pereira.